terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RÉVEILLON - DARKNESS





A noite é graciosa

Fogos espocam aos montes

Felicitações e ensejos

Delírios e desejos...


Mas o remanso é solitário

Um convite ao lamento

Encerar o ano com lágrimas

Só dor... só sofrimento...


A nau moribunda a naufragar

Indo a pique sem perdão

Consumindo-se em angústia

Como se não tivesse razão.


Enquanto aguarda o soçobrar

Sente a umidade do mar

Afogará suas lamúrias

Não mais verá o dia raiar...


Perdido em seu ruminar

Não percebe a onda volumosa

As formas curvilíneas

As carnes voluptuosas... sequiosas...


Só vence a morbidez da tristeza

Quando a pele é sustida com vigor

Olhos plangentes firmam o foco

Quem é esta a despertar-lhe ardor?


Não tem tempo para raciocinar

A mão vai além da pele fria

Sobe pela perna insensível

Consome a virilha vazia.


O espanto é total... intenso...

O falo arrebatado ao esconderijo

Torna-se troféu conquistado

Um cajado... suave e rijo...


Onde as mãos bailavam displicentes

Chegam lábios sedentos... ardentes

O primeiro beijo é afável... contido

Mas logo o membro é todo engolido.


Será um delírio etílico?

Uma visão antes da morte?

Miragem nascida da solidão?

Cadência de uma mente em dispersão?


As sugadas intensificam-se ainda mais

Fosse delírio ou ilusão

Teria abandonado seu torpor

Estaria solto... vencido pelo calor.


Não! A boca que o suga

É tão real quanto seu tesão

As unhas que se cravam na carne

Um tempero a excitação.


Grunhindo como um lobo dominado

Sente o cio da fêmea que o tem

O odor do sexo selvagem e entregue

Que espera pelo papel que lhe convém.


Novo eclodir de explosões e cores

Festejam a milhas daquele lugar

E ele não mais se importa com o fato

Seu falo refestela-se em gozar.


Olhos cerrados sentindo a chuva

Do sêmen que não para de jorrar

Onde queda o viscoso líquido?

Na boca que o estava a sugar!


Estendida sobre o manto arenoso

A boca faminta repousa vitoriosa

Oferta boca ainda insatisfeita

Sedenta pela língua silenciosa.


Retribuir é preciso... desejado

Suavidade e calor exalando

Aceita o convite da amante

Sobre sua vulva vai se colocando.


Sente o perfume adocicado

A caverna se mostra excitada

Sabe que quando chegar ao fim

Ela estará muito mais molhada.


Devorar aquela flor é sua tarefa

Afundar sua língua sem receios

Perder-se nos tufos pubianos

Enquanto roça os rijos seios.


Solto em sua exploração,

Faz a língua deslizar suavemente

Escorregando-a para o interior

Indo além... porém delicadamente.


Nos movimentos ritmados

Explora a caverna com propriedade

Sempre foge a mesmice

Conhece o apelo da sexualidade.


Suaves golpes acompanham a invasão

A bunda sente os tapas delicados

Registram as marcas deixadas

Pelos carinhos mais esperados.


Um outro reduto o examina

Piscando como estrela cadente

O rabo anseia pelo mesmo tratamento

Aguarda inquieto o toque iminente.


O desejo do rugoso é atendido

A língua chega ao buraco minúsculo

Enfia-se pela conduto resistente

A batalha entre pregas e músculo.


Devorada na gruta e no anel

A amante delira intensamente

Ouve o rumor das ondas

Têm-nas em sua carne fremente.


Com mais furor que o amante

Ela urra como fera encurralada

Foi-se o pendor da intenção

Eclodiu o fogo de sua gozada.


Concretizado o prólogo da entrega

Olham-se com cumplicidade

Ainda falta o ápice do encontro

O complemento da totalidade.


Oferecendo-se qual prêmio maior

Posta-se de quatro qual cadela

O falo vibra antevendo o prazer

Avança animalesco... sem piedade... sem cautela.


Ao sentir a imensa vara esconder-se

Em suas carnes abrasadas

Urra e rebola com sofreguidão

Frêmito final... que delícia de trepada.


O vai-e-vem segue o ritmo da maré

Cadenciado, mas com vigor profundo

Afunda-se na caverna oferecida

Abandona-a apenas por um segundo.


As bolas batem-se contra as coxas

A bunda sente a pressão animal

Vagina engole o instrumento

Que logo avançara sobre o corpo anal.


Drenando as energias da parceira

O falo arregaça as resistências

Constrói a caminhada profana

Que rompe os óbices da opulência.


Conquistada pelo desempenho louvável

A fêmea não retém o fluir do gozo

Fecha-se sobre o corpo avantajado

Curte momento tão intenso e precioso.


Aproveitando o relaxamento da carne

Ele abandona a buceta melecada

Mira o rabo atrevido... ansioso

É hora de começar a enrabada.


Um começo titubeante... difícil

A pica encontra resistência infernal

O cu não facilita a batalha

Deseja a dominação mais animal.


Ultrapassada a cabeça esfolada

O anel se distende e relaxa vencido

O instrumento afunda-se totalmente

No orifício antes solitário e esquecido.


Ferramenta potente não vacila

Rompe as pregas com determinação

O anus pisca cada vez mais

Solta-se em completa defloração.


Desta vez o macho urra com furor

Vaza seu liquido no buraco invadido

Desaba sobre o piso sedoso

Sem ter sido derrotado ou vencido.


Um novo trovoar de foguetório

Cores que dominam o céu marinho

Ao tornar a abrir os olhos

Encontra-se novamente sozinho.


Suspira angustiado... aborrecido

Terá imaginado todo prazer?

Será que nada aconteceu?

Foi tudo fruto de seu querer?


Lança um último olhar para o mar

Sente-se derrotado... abatido

Ainda há pouco estava extasiado

Agora vaga sem rumo... entristecido.


O amanhecer o pega ainda na areia

Seu semblante é decepção... tormento

Por que não vive seus desejos?

Por que apenas sente-os em seu pensamento?


Antes que possa lançar-se do rochedo

Ouve um chamado... um apelo delicado

Quem será que tenta detê-lo?

Quem é este anjo abençoado?


Olhos tomados pelas lágrimas

Coração dominado pela emoção

A amante noturna caminha ate ele

Não foi apenas sonho... somente ilusão.


O corpo maravilhoso é real

Seu momento de triunfo foi verdade

Cinge a fêmea pela cintura... sorri

O ano que começa será só felicidade!





fOTO- Ricardo Pozzo

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