terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RÉVEILLON - DARKNESS





A noite é graciosa

Fogos espocam aos montes

Felicitações e ensejos

Delírios e desejos...


Mas o remanso é solitário

Um convite ao lamento

Encerar o ano com lágrimas

Só dor... só sofrimento...


A nau moribunda a naufragar

Indo a pique sem perdão

Consumindo-se em angústia

Como se não tivesse razão.


Enquanto aguarda o soçobrar

Sente a umidade do mar

Afogará suas lamúrias

Não mais verá o dia raiar...


Perdido em seu ruminar

Não percebe a onda volumosa

As formas curvilíneas

As carnes voluptuosas... sequiosas...


Só vence a morbidez da tristeza

Quando a pele é sustida com vigor

Olhos plangentes firmam o foco

Quem é esta a despertar-lhe ardor?


Não tem tempo para raciocinar

A mão vai além da pele fria

Sobe pela perna insensível

Consome a virilha vazia.


O espanto é total... intenso...

O falo arrebatado ao esconderijo

Torna-se troféu conquistado

Um cajado... suave e rijo...


Onde as mãos bailavam displicentes

Chegam lábios sedentos... ardentes

O primeiro beijo é afável... contido

Mas logo o membro é todo engolido.


Será um delírio etílico?

Uma visão antes da morte?

Miragem nascida da solidão?

Cadência de uma mente em dispersão?


As sugadas intensificam-se ainda mais

Fosse delírio ou ilusão

Teria abandonado seu torpor

Estaria solto... vencido pelo calor.


Não! A boca que o suga

É tão real quanto seu tesão

As unhas que se cravam na carne

Um tempero a excitação.


Grunhindo como um lobo dominado

Sente o cio da fêmea que o tem

O odor do sexo selvagem e entregue

Que espera pelo papel que lhe convém.


Novo eclodir de explosões e cores

Festejam a milhas daquele lugar

E ele não mais se importa com o fato

Seu falo refestela-se em gozar.


Olhos cerrados sentindo a chuva

Do sêmen que não para de jorrar

Onde queda o viscoso líquido?

Na boca que o estava a sugar!


Estendida sobre o manto arenoso

A boca faminta repousa vitoriosa

Oferta boca ainda insatisfeita

Sedenta pela língua silenciosa.


Retribuir é preciso... desejado

Suavidade e calor exalando

Aceita o convite da amante

Sobre sua vulva vai se colocando.


Sente o perfume adocicado

A caverna se mostra excitada

Sabe que quando chegar ao fim

Ela estará muito mais molhada.


Devorar aquela flor é sua tarefa

Afundar sua língua sem receios

Perder-se nos tufos pubianos

Enquanto roça os rijos seios.


Solto em sua exploração,

Faz a língua deslizar suavemente

Escorregando-a para o interior

Indo além... porém delicadamente.


Nos movimentos ritmados

Explora a caverna com propriedade

Sempre foge a mesmice

Conhece o apelo da sexualidade.


Suaves golpes acompanham a invasão

A bunda sente os tapas delicados

Registram as marcas deixadas

Pelos carinhos mais esperados.


Um outro reduto o examina

Piscando como estrela cadente

O rabo anseia pelo mesmo tratamento

Aguarda inquieto o toque iminente.


O desejo do rugoso é atendido

A língua chega ao buraco minúsculo

Enfia-se pela conduto resistente

A batalha entre pregas e músculo.


Devorada na gruta e no anel

A amante delira intensamente

Ouve o rumor das ondas

Têm-nas em sua carne fremente.


Com mais furor que o amante

Ela urra como fera encurralada

Foi-se o pendor da intenção

Eclodiu o fogo de sua gozada.


Concretizado o prólogo da entrega

Olham-se com cumplicidade

Ainda falta o ápice do encontro

O complemento da totalidade.


Oferecendo-se qual prêmio maior

Posta-se de quatro qual cadela

O falo vibra antevendo o prazer

Avança animalesco... sem piedade... sem cautela.


Ao sentir a imensa vara esconder-se

Em suas carnes abrasadas

Urra e rebola com sofreguidão

Frêmito final... que delícia de trepada.


O vai-e-vem segue o ritmo da maré

Cadenciado, mas com vigor profundo

Afunda-se na caverna oferecida

Abandona-a apenas por um segundo.


As bolas batem-se contra as coxas

A bunda sente a pressão animal

Vagina engole o instrumento

Que logo avançara sobre o corpo anal.


Drenando as energias da parceira

O falo arregaça as resistências

Constrói a caminhada profana

Que rompe os óbices da opulência.


Conquistada pelo desempenho louvável

A fêmea não retém o fluir do gozo

Fecha-se sobre o corpo avantajado

Curte momento tão intenso e precioso.


Aproveitando o relaxamento da carne

Ele abandona a buceta melecada

Mira o rabo atrevido... ansioso

É hora de começar a enrabada.


Um começo titubeante... difícil

A pica encontra resistência infernal

O cu não facilita a batalha

Deseja a dominação mais animal.


Ultrapassada a cabeça esfolada

O anel se distende e relaxa vencido

O instrumento afunda-se totalmente

No orifício antes solitário e esquecido.


Ferramenta potente não vacila

Rompe as pregas com determinação

O anus pisca cada vez mais

Solta-se em completa defloração.


Desta vez o macho urra com furor

Vaza seu liquido no buraco invadido

Desaba sobre o piso sedoso

Sem ter sido derrotado ou vencido.


Um novo trovoar de foguetório

Cores que dominam o céu marinho

Ao tornar a abrir os olhos

Encontra-se novamente sozinho.


Suspira angustiado... aborrecido

Terá imaginado todo prazer?

Será que nada aconteceu?

Foi tudo fruto de seu querer?


Lança um último olhar para o mar

Sente-se derrotado... abatido

Ainda há pouco estava extasiado

Agora vaga sem rumo... entristecido.


O amanhecer o pega ainda na areia

Seu semblante é decepção... tormento

Por que não vive seus desejos?

Por que apenas sente-os em seu pensamento?


Antes que possa lançar-se do rochedo

Ouve um chamado... um apelo delicado

Quem será que tenta detê-lo?

Quem é este anjo abençoado?


Olhos tomados pelas lágrimas

Coração dominado pela emoção

A amante noturna caminha ate ele

Não foi apenas sonho... somente ilusão.


O corpo maravilhoso é real

Seu momento de triunfo foi verdade

Cinge a fêmea pela cintura... sorri

O ano que começa será só felicidade!





fOTO- Ricardo Pozzo

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

-BACIA LA MIA BOCCA- Giselle Sato





Bacia la mia bocca adesso
Sto ardendo di passione
Tensione
Bruciando nel fuoco
Così penetrante
Rapido
Non pensare
Bacia la mia bocca adesso
Se non fosse la distanza, semplicemente un istante
Se non fosse la tristezza, semplicemente un momento
Se non fosse l'amore, soltanto una tua paura
Tu mi ameresti?




Foto- Ricardo Pozzo

domingo, 28 de dezembro de 2008

Masturbação - Darkness


MASTURBAÇÃO


FEMININA


As mãos dedilhando os mamilos

Intumescendo sua consistência

Perdendo a noção do tempo

Entregando-se sem resistência.


A libido despertando o desejo

De sentir carícias ardentes

Olhos cerrados a sorver tesão

Antevendo toques fundentes.


Mais ousadas, as mãos avançam

Tocam a púbis ainda adormecida

Sentem o pulsar da prometida

Carícias em deslizes que não cansam.


Inspirada pelo desejo do prazer

Entrega-se ao balé da excitação

Não se prende na hipocrisia

Antevê tão somente sua alegria.


Atrevidamente as mãos penetram

Na caverna umedecida pelo tesão

O roçar dos dedos no grelinho

Levando ao delírio da sofreguidão.


Antes um entregar-se a si mesma

Refletindo seu apelo pelo sexo

Não se confunde com baixezas

Deseja mais do que um ato complexo.


Intimamente inspirada pela liberdade

Solta-se ao ter a carne invadida

Não pode alçar vôo mais pleno

Sabe que não é hora de ser fodida.


Convulsionando afunda os dedos na abertura

O calor que domina sua gruta escancarada

Exala odores que se perdem no ar

Ainda que solitária, ela ousa gozar.


As mãos voltam a tocar os mamilos

Agora rijos quais tábuas de salvação

Desejo ardente que não finda

Por que esta doentia solidão?


Fechando os olhos volta a sonhar

As mãos ainda em seu interior

Concentra-se no prazer... tesão

Esquece o mundo exterior.


Num último convulsionar

Abre-se como a receber uma pica

Carne trêmula em revolução

Extravasa a força de seu tesão.


Mesmo insatisfeita em seu gozar solitário

Aceita a carga do momento transitório

Ainda terá o amanhã para viver

Um entregar-se real... satisfatório.


MASCULINA


O desespero contendo o instinto

Aprisiona a razão em rebeldia

Quer o corpo que o sacie

A carne que não tem neste dia.


Sem poder libertar a selvageria

Despe-se da sunga diminuta

Transforma suas mãos solitárias

Em uma verdadeira puta.


O falo endurecido a desafiar o nada

Sente o aperto seco das mãos

Resignado ele começa a punheta

O que fazer em momentos vãos?


Acelerando o vai e vem

Consegue, finalmente, abstrair

Imagina uma gostosa buceta

A bailar... a descer... a subir...


Poderosos músculos distendem-se vigorosos

A rigidez denota sua excitação

Quer um buraco para invadir

Mas contenta-se com a masturbação.


Decidido, intensifica seu furor

As mãos premem o cacete

Parecem estrangulá-lo com rancor

Envolvendo-o qual um bracelete.


Sem qualquer outro sentimento

Brutaliza sua vontade

Arde em si de tanta excitação

Perde-se num rumo de contrariedade.


A fome mistura-se a sede

O saciar não pode ser vivido

Sua libido é animalesca

Não tem como ser detido.


Agora olha para o membro pulsante

A seiva corre nos condutos cavernosos

Prende a respiração para deter

O líquido viscoso que esta por verter.


Urra como se fosse um leão

As mãos sentem a umidade

O sêmen vaza em profusão

Libertando o visco de sua vontade.


O líquido o deixa contrariado

Tendo gozado sem uma parceira

Sente que não ficou satisfeito

Maldiz a solidão traiçoeira.


Sem ter como atender seu instinto

Joga-se na cama e adormece

Antes que o sono chegue

Sua frustração, ele esquece.



Foto - Ricardo Pozzo

sábado, 27 de dezembro de 2008

DESEJOS- Giselle Sato


- Desejos -

Quero você !
Língua atrevida
Boca, saliva

Infinitas vezes
Dividindo o gozo
Compulsão ...


Paixão, sexo , tesão
Carne, cheiro, vícios

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Desejos e Luxúria - Giselle Sato




Quero-te a saliva e tua língua
Quero-te a paixão e o vício
Por vezes e vezes repetidas

Toca-me o âmago da urgência
Vem e desliza em meu desejo
Vem que minha fome tu sacias

Molda em minha carne o aconchego

Por vezes e vezes infinitas

CHEIRA-ME RETICENTE- GAIVOTA


CHEIRA-ME RETICENTE



Qual caminho poderia explicar,
se procuro pouso in seguro?
Pesam-me dedos na insólita noite
de estrelas cobertas.
No frio estéril, durmo e sonho
Reticente sigo atravessando rios
tocando pedras vivas pra acariciar
deliciosas como frutas macias
etereamente atravesso partes
de minha história in vivida
Piso grama no sapato azul
saboreando perfume volátil
que insistente pede -
Cheira-me?
Acompanho o ar extasiado
canto com passos
era eu a cantiga
era a música
a estrada me levava
sonambulamente
entreguei-me aos braços
que ofereciam prazer
Sou teu nesse delírio incomensurável
em cópula, fundi-me ao sonho
fiz-me uno repetindo...
cheira-me reticente.


** Gaivota **

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Minicontos de Dalton Trevisan- Extraído do livro 234


Ao ver o pacote de bala azedinha na mão da mulher:
- Assim não há dinheiro que chegue.
E um pontapé na traseira do piá de três aninhos.




A santidade do pai é alcançada pela danação do filho.




Domingo, de volta do futebol, ele serve-se de uma cachacinha, liga o rádio
- Sabe, paizinho ?
É o menino de seis anos, todo prosa.
- O que, meu filho ?
- Essa a música que a mãe dança com o tio Lilo.


*****************

Os dois irmãos eram os piores inimigos. Bem me lembro no enterro da velhinha. Eles seguravam a alça do caixão – e não se olhavam. Pálidos, mas de fúria. Nem a cruz das almas comoveu os dois. Se odiavam tanto que a finadinha bulia sem parar entre as flores.

***************

Na cama, diz o marido:
- Você é gorda, sim. Mas é limpa.
- ...
- Você é feia, certo? Mas é de graça.


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- Chorei a última lágrima. Chorei o terceiro olho da cara.


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Haicai – a ejaculação precoce de uma corruíra nanica.


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Essa outra me conheceu ? Acho que tem esse lance. Eu ia passando na estrada, ela vinha vindo. Pedi horas pra ela. Comecei a trocar uma idéia e tal. Feliz Natal, eu
disse. Aí ela viu a faca: “Tá limpo. Num quero que me mata. Num quero é morrer.” Eu usei ela. Fiquei com ela e tal. Dentro dos conformes. Com uma de menor ? Nadinha a ver. Eu peguei e saí fora. Raiva de ninguém, não. Nesse mundo não tem amigo. Você tem de zoar mesmo. Estou pra tudo. Um fumo aí. Mais um bagulho. E umas. E outras. Aí fico meio doidão. Lá vem uma dona e tal. Trocar uma idéia. Feliz Natal. Tá limpo ?



Foto- Ricardo Pozzo

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Justine - Os Sofrimentos da Virtude - Sade - Parte I


"...Depois de ter-me feito colocar os braços no chão, dando-me a aparência de um animal...aproximando uma espécie de monstro, sem exagero, dos peristilos de um e de outro altares da natureza, de tal modo que a cada abalo ela batia com força nessas partes com a mão aberta, como aríete antigamente contra as portas das cidades sitiadas. A violência dos primeiros ataques fez-me recuar; Coração-de-Ferrom furioso, ameaçou-me de tratamento mais duro se me furtasse a estes; a Dubois tem ordem de redobrar, um daqueles libertinos segura os meus ombros e impede que eu ceda sob os trancos que se tornam tão rudes que fico toda contundida e sem poder evitar nenhum golpe. ...Com força...com força, Dubois!... eo clarão dos fogos desse devasso, quase tão violento como o relâmpago, veio extinguir-se sobre as fendas molestadas, sem serem entreabertas.

O segundo fez-me ficar de joelhos entre suas pernas e enquanto a Dubois o atendia como ao outro, ele se dedicava por completo a duas ocupações: ora batia com a mão aberta, mas de um modo muito excitado, nas minhas faces ou no meu seio, ora sua boca impura vinha conspuscar a minha. Meu ´peito e meu rosto tornaram-se num instante vermelho-púrpura... Eu sofria, eu lhe pedia clemência e as lágrimas corriam-me dos olhos; elas o irritaram. Ele exasperou-se e então minha língua foi mordida e as duas cerejas dos meus seios tão roçadas que me atirei para trás, mas fui mantida à força por toda parte e seu êxtase decidiu-se....

O terceiro fez-me subir em duas cadeiras separadas e, sentado embaixo...fez com que eu me inclinasse até que sua boca ficasse perpendicular ao templo da Natureza; ...que homem tão depravado pode experimentar um momento de prazer com coisa assim....Fiz o que queria, reguei-o....

O quarto amarrou-me cordas em todas as partes onde foi possível fixá-las e ficou segurando o feixe na mão, sentando a seis ou sete pés de distância de meu corpo, presa de grande exctação pelos toques e beijos da Dubois; eu estava ereta, e era puxando com força alternadamente cada uma das cordas que o selvagem me atiçava seus prazeres; eu cambaleava, a cada um dos meus tropeções, por fim, todos os cordôes foram puxados de uma vez com tanta irregularidade que eu tombei por terra perto dele, o que era seu único objetivo, e minha fronte, meus seios e minhas faces receberam as provas de um delírio, obra apenas desse capricho."

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FANNY HILL OU MEMÓRIAS DE UMA MULHER DE PRAZER






Fanny Hill

John Cleland nasceu numa época em que o ganhar-dinheiro era uma religião, e tudo tinha para nela se tornar alto sacerdote. Nasceu em 1710, na Inglaterra, filho de alto funcionário amigo de filósofos. Foi à Westminster School, depois foi cônsul na Turquia. Depois entrou na Companhia das Índias e ascendeu até membro do Conselho da Bombaim. A vida de um burguês e colonizador.

Que só durou até seus trinta anos. Brigou com seus superiores e voltou a Londres sem tostão. Começou a escrever de aluguel. Sem muito sucesso. Naquela época havia prisão por dívidas e ele foi encanado não uma mas várias vezes.

Numa dessas férias contra a vontade ele teve a idéia de rever e ampliar uma coisica que tinha escrito anos antes. A história de uma garota de quinze anos que sai do campo para tentar a vida em Londres. Anos depois ela escreve uma carta a uma senhora mais velha. A garota deixou de ser garota, é uma jovem mulher, é casada, e deixou de ser pobre, a vida é razoável.O livro é a carta. O meio para melhorar de vida foi se tornar uma vendedora de alegria aos homens. O autor deu ao livro o nome de Memórias de uma mulher do prazer. Mas ele se tornou mais conhecido pelo nome da garota, Fanny Hill.

Fanny ao chegar à cidade era inocente de tudo. Foi morar na casa de uma certa Sra. Brown, onde já havia outras moças. E nesta casa ela aprende tudo o que não sabia.
Uma das mulheres que lá moram é sua guia neste novo mundo. Phoebe gosta de meninos, é verdade, mas também não despreza a carícia de outra moça – e os momentos em que toca o corpo jovem de Fanny são dos mais animadores do livro.

No trecho que vamos ler Fanny ainda tem medo de perder sua inocência. Teme dores, etc. Phoebe se refere a uma certa Polly, uma das meninas do bordel. Ela seria sustentada por um rapaz, comerciante genovês que pagar para tê-la com exclusividade. Phoebe leva Fanny para um quarto pelo qual por uma rachadora se pode ver o quarto vizinho.

Fanny vê o rapaz genovês, depois a jovem Polly. Dividem cálice de vinho, começam a se acariciar,e logo Fanny invejava os seios da menina, tão firmes que dispensavam espartilho, os bicos a apontar em direções opostas. Chegam ao prato principal:

A essa altura o jovem cavalheiro havia mudado a posição da moça, sobre o sofá, de transversal para ao comprido; mas as suas coxas ainda estavam bem abertas, e o alvo se mostrava muito claro para ele, o qual, ajoe¬lhando-se entre elas, forneceu-nos uma visão lateral daquela sua máquina fogosa e ereta, que ameaçava nada menos do que rachar a vítima tenra, que contemplava sorridente aquele malho erguido, e nem parecia a ele se recusar. O próprio rapaz olhou para a sua arma com al¬gum prazer e, guiando-a com a mão até a fenda convidativa, afastou os lábios para o lado e alojou-a (após algumas investidas, que Polly parecia até ajudar) até a metade. Mas lá ela parou, suponho, devido à sua grossura cada vez major.

Ele então a retira e, após umedecê-la com um pouco de saliva, volta a entrar, e agora com facilidade enfiou-a até o cabo, ao que Polly deu um suspiro profundo, cujo tom era bem diferente dos que expressam a dor; ele investe, ela ofega, a principio suavemente e numa cadencia regular, mas agora o enlevo começava a se tomar violento demais para poderem observar qualquer ordem ou medida, seus movimentos eram extremamente rápidos, Os beijos muito ardentes e fervorosos, para que a natureza pudesse suportar tamanha fúria durante muito tempo; ambos me pareciam fora de si, seus olhos lançavam faíscas de fogo; "Oh! Oh!... não agüento... é demais... eu morro... estou indo..." eram as expressões de êxtase de Polly.

Depois desse momento voyeur, Fanny disse adeus a todos os medos do que o homem pudesse fazer comigo. Ela pensava em achar um homem e oferecer-lhe aquela ninharia, cuja perda agora imaginava ser um ganho que não podia mais esperar proporcionar.




(*)CLELAND, John. Fanny Hill – Memórias de uma mulher do prazer. São Paulo: Estação Liberdade, 1989. Tradução de Eduardo Francisco Alves. Obra em 2 v.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

o Diabo em terra de São José- Sacerdote


o Diabo em terra de São José
O Diabo em terra de de São José
Segunda-feira, 25 de Junho de 2007 por o sacerdote



O Diabo em terra de São José


No pequeno sítio situado no interior de Deus-me-livre, a paz reinava absoluta entre os viventes; o gado pastava tranqüilo entre a branquiária, as aves cuidavam para que os peçonhentos não se aproximassem, as criadas revezavam-se nos afazeres domésticos, enquanto Alice ganhava uma bela forma de mulher.

A pequena família habitante do lugar era temente ao Deus, Todo Poderoso, com uma fé fervorosa jamais vista. Deus era misericordioso para perdoar os pecados e ao mesmo tempo vingativo para consumi-los com sua devastadora ira.

Nos fundos da cercania, situava-se a pequena Capela de São José, erguida pelos braços do patriarca. Rezava a lenda que a Capela fora construída em agradecimento à cura de Alice; a menina nascera com uma doença incurável, capaz de atrofiar os órgãos e ossos da doente e só um milagre poderia libertá-la de tamanho jugo.

Diziam os mais faladores da região, que tal fato se dera em virtude de uma praga daquela que seria a madrinha da menina. Escolheram D. Florinda para amadrinhar a criança, mas depois optaram por um casal rico recém-chegado ao lugarejo. Duplo azar: essa história de desdenhar madrinha e praga pega. “Só muita reza forte pra combater o mal” - Diziam os vizinhos.

Assim, José resolveu negociar com o Santo de mesmo nome: “Ó Santo xará, conceda-me a graça de ter minha filha crescendo livre e dar-te-ei uma Capela e uma imagem do tamanho de minha filinha. E ainda, hei de substituí-la de acordo com o crescimento de Alice. Aceite este trato deste humilde servo e livre o Diabo de nossas vidas”.

Não tardou para que o milagre ocorresse. Afinal, qual santo não gostaria de uma permuta? Vaidosos, esses seres além-mundo! O homem de palavra também não deixou por menos; era só a menina crescer algumas polegadas e lá estava outra imagem no lugar.

Os que passavam próximo à casa de José às 18h, ouviam o entoar do cântico da ladainha em homenagem ao santo milagreiro.

A fé em Deus e no Santo crescia na mesma proporção que o temor ao Capeta. Era só ouvir o nome do Dito cujo que a família gritava: “Te esconjuro, credo, não digam esse nome em casa que atraí o Coisa ruim”.

Aos dezoito anos, curada de todos os males físicos, a menina desabrochou em formosura. Os rapazes suspiravam por seus longos fios dourados e suas curvas exemplares. Mas nada despertava o amor da jovem.

Até que em uma noite de lua cheia, um tropeiro pediu pouso ao dono da casa. Hospitaleiro que só, este concedeu de bom grado.

Ao descer para o jantar, a moça deparou-se com o belo homem sentado à mesa; dono de longos cabelos castanhos, barba fechada, olhos misteriosos e lábios mentirosos.

Pela primeira vez, um calafrio percorreu-lhe a espinha e desejou-o com voracidade. O homem parecia ler seus pensamentos, enquanto repousava, tranqüilo, a caneca de vinho sobre a perna.

O jovem viajante adiou sua partida e pediu a mão da moça em casamento. Seu José estranhou a atitude precipitada, mas aceitou. Afinal, a pior coisa nas redondezas era a fama de solteirona. Na roça, dezoito anos já era idade avançada para o casamento.

A moça não cabia em si de contentamento, mas D. Maria, sua mãe desaprovava com afinco a relação e repetia para a menina. “Minha filha, cuidado. O Diabo é o pai da mentira, ele veio para matar, roubar e destruir. Muitas vezes traz uma bandeja de ouro repleta de fezes. Não gosto desse sujeito. Vejo enganação nos lábios dele”. Mas a menina dava de ombros.

Só uma coisa assustava Alice: os sonhos recorrentes que teimavam em assolar suas noites. Sonhava que seu amado metamorfoseava-se em um estranho ser com chifres e garras e a deflorava com força. Acordava molhada de gozo.

O casamento no sítio movimentou a cidade; os noivos faziam um belo contraste; o bem e o mal, o puro e o profano.

Todos estranharam quando o padre pediu para que o casal repetisse as palavras do sacramento, pois o jovem tropeiro o fez em uma língua para lá de esquisita. Interpelado disse que recitou em hebraico. Contudo, a bruxa da vizinhança insistia que o sujeito falava a língua do Capelão da Macega, alcunha do Capeta na região.

A primeira noite, foi uma exigência do rapaz que se consumasse na Capela do sítio. Adentraram o recinto à zero hora em ponto. Com placidez e calmaria, ele a tomou em seus braços, beijou-a com sofreguidão e amou-a em frente à imagem do Santo; a cada estocada com seu membro viril na franzina vagina da moça, o homem urrava feito um lobo e regozijava-se, rindo zombeteiramente do santo. Conseguira seu intuito: roubá-la de São José.

Amaram-se repetidamente na pequena sacristia; Ela, filha do Santo e ele, filho do Demônio.

O homem deveria partir antes que o galo cantasse três vezes, pois rezava a lenda que depois do tal canto que afugentava os espíritos do mal, o mundo voltava para as mãos de Deus e caso o capeta não partisse, ficaria preso para sempre na terra.

Entretanto, cansado da peleja, o sujeito adormeceu pesado nos braços da amada. Acordou com formato de Cão: olhos protuberantes, pêlos no corpo, rabo e chifres brotando da testa.

A moça assustou-se com tamanha mutação; dormira com o belo e acordara com um monstro. Lembrou-se dos sonhos e implorou:
- Sei quem és, e que veio desfazer a promessa de meu pai. És enviado de minha pretensa madrinha, mas por favor, fique. Apaixonei-me por ti, agora não tem mais jeito.

Ele não queria confessar, mas a verdade era que o Senhor das Trevas havia se apaixonado perdidamente por aquela criatura angelical.

Assim, ele implorou às profundezas que retirassem seus poderes e o mantivessem aqui na terra junto a sua amada. Concedido. A besta transmutou-se em figura humana.

Os dois seguiram vida afora, junto ao fruto do ventre dela que nascera nove meses depois, um menino filho da protegida de São José com o Demônio.

Contudo, temiam a triste permuta realizada entre o Demônio e o Supremo Conselho das Trevas: Concedo-te a humanidade, mas um dia teu filho tornará para nós!

Não teve outro jeito, convencido por José, o Capeta ofereceu a mesma promessa a São José de substituir a imagem do Santo de acordo com o crescimento da criança. Assim as duas imagens idênticas, que só alteram em tamanho, continuam crescendo lado a lado- oferta do Sete Peles e do homem santo, ambas bem aceitas!

ninethe



Foto- Ricardo Pozzo

domingo, 21 de dezembro de 2008

Marcinha se revolta- Pedro Faria


Marcinha se revolta- Pedro Faria



“Ele vai ver, aquele viado” -, pensa Marcinha, enquanto sai do quarto de hóspedes da casa do namorado, à meia noite. Ela tinha tido todo o trabalho de treinar maneiras de fazer strip-tease, e o babaca do Lúcio lhe chamara de puta quando ela lhe mostrara! Mas agora ela, que tinha passado esse fim de semana na casa do namorado dormindo no quarto dos hóspedes e se enfiando na cama de Lúcio para trepadas noturnas, sabia como se vingar.

Caminhou silenciosamente pelo corredor do segundo andar, onde ficava seu quarto, e chegou até o quarto de Lúcio. Olhou muito bem para a porta, proferiu alguns insultos, e avançou para a porta seguinte. Para o quarto de César, irmão caçula de Lúcio, que tinha 18 anos, dois a menos do que ela e três a menos do que seu namorado.

Ela abre a porta, e para sua surpresa, César estava acordado, se masturbando vendo vídeos de sacanagem na internet.

Ao ver Marcinha parada na porta, César quase arranca o próprio pau do corpo.

- Marcia, o que, eu, espera... – Ele balbuciava coisas sem sentido, obviamente assustado e constrangido.

Por sua vez, Marcinha sorri, ao ver que não teria metado do trabalho que pensava que teria.

- Shhhh, calma – diz ela, sussurrando com uma voz sensual. – Deixa eu te ajudar.

César, sem saber o que fazer, não diz nada enquanto Marcinha se aproxima.

Ela se ajoelha diante dele, olha para a tela do computador. No vídeo, uma morena sensual pagava um boquete a um jovem, que aparentava ter a idade dele.

- Gosta disso?

Ele assente, ainda calado.

Ela agarra o pau dele, que mesmo com a situação se mantinha duro, e começa a massageá-lo.

- Humm, que pau grosso! Deve ter um gosto ótimo.

Ela passa a língua, da base até a cabeça. César treme de prazer.

- Sim, ele realmente é muito bom!

Ela faz então um boquete sensacional, se esforçando como nunca tinha se esforçado. Ela lambe a cabeça, faz sucção, lambe o saco enquanto masturba o pau. Num certo momento ela tira a camisa e esfrega os seios no pau dele, abaixando sua cabeça e lambendo a dele. Chupava como se aquele fosse o último caralho do mundo, e ela estivesse o homenageando. César nesse ponto já agarrava a cabeça dele, forçando-a contra si, fazendo seu pau alcançar a garganta. Marcinha aceitava, e gemia a cada movimento de sua língua experiente. Ao primeiro sinal de que César gozaria, ela enfia o cacete dele bem fundo, recebendo em sua boca toda a porra do irmãozinho de seu namorado.

Exausto e satisfeito, César se solta em sua cadeira. Marcinha olha para cima, bem nos olhos dele, sorri um perfeito sorriso de puta, dá um beijinho e uma lambida na cabeça do caralho dele, se levanta e sai, fechando a porta atrás de si.

Ela vai até a cozinha se preparar para a segunda parte de seu plano.

Saindo da cozinha ela vai até o quarto dos pais de Lúcio. Ela sabia que seu José e dona Sônia estavam tendo problemas, e dormiam em camas separadas. Ela vagarosamente abre a porta do quarto deles.

Lá dentro, seu José dormia na cama mais próxima da porta. Marcinha nota que ele dormia apenas de cueca. Ela se aproxima dele, olha para a outra cama para garantir que dona Sônia ainda dormia. Então, ela se deita ao lado de José, beijando seu pescoço e acariciando seu pau por cima da cueca. Ele acorda assustado, mas Marcinha olha em seus olhos e lhe faz um sinal para ficar calado. Ele assente.

Ela então tira sua calcinha e fica por cima dele. Ela se agacha, tira o pau dele de dentro da cueca e começa a masturbá-lo. Quando ele fica duro, ela o passa na entrada de sua boceta molhadinha, e fica o esfregando contra seu clitóris. José ensaia um gemido, mas ela diz a ele para não gemer, porque senão sua esposa acordaria. Ele concorda, e aproveita silenciosamente. Quase não consegue manter seu silêncio quando Marcinha senta completamente sobre ele, fazendo seu caralho ir bem fundo naqueva rachinha apertada dela. Ela sobe e desce lentamente, lambendo e mordendo seus lábios. Ela pega as mãos dele e as coloca em seus seios, já fora da camisa. Acelerando o ritmo, ela acha que não vai conseguir não gemer, mas se segura. Depois de alguns minutos de cavalgada, ela se levanta e abocanha o pau dele, sentindo o gosto de sua boceta, chupando com voracidade, até ele rapidamente gozar em sua boca. Como fizera com seu filho mais novo, ela sorri para José, e dá um beijinho na cabeça de seu pau, antes de se levantar e sair.

De novo ela vai até a cozinha para se recompor.

Voltando para o quarto de Lúcio com um objeto na mão, ela passa por uma porta aberta. Olhando em seu interior, ela vê Bernardo, o pai de dona Sônia, um senhor de 65 anos, dormindo de barriga para cima. Ela se impressiona com o volume em sua cueca: Era maior do que o de Lúcio, César e seu José. Notando que tinha mais uma chance de vingança, ela põe o objeto no chão e entra no quarto.

Hipnotizada pelo tamanho do caralho do velho, ela tira sua cueca e começa a chupá-lo, não acreditando como uma pica podia ter aquele tamanho. Ela tenta enfiar o cacete o máximo possível dentro de sua boca, mas só consegue até um pouco mais da metade. O velho acorda, e vê a moça lhe chupando.

- Eu sabia que você era uma putinha. Pode chupar, lambe essa pica, sua piranha.

Excitada pelas palavras de Bernardo, ela chupa com mais força e mais vontade. Passados alguns minutos, ele a pega, a vira de costas, arranca sua calcinha e enfia de uma vez só seu pau na bucetinha dela. Ela solta um gemido um pouco mais alto, mas não se importava. Estava bom demais. O velho enfiava sem dó, ela achava que seria rasgada ao meio. E enquanto o fazia, a xingava de piranha, de puta, de vadia, de boqueteira. E tudo isso apenas a excitava mais.

Vendo que iria gozar, Bernardo a tira daquela posição e lhe dá seu pau para ela chupar.

- Chupa! Eu quero gozar na sua boca agora.

Ela aceita, depois de ter gozado três vezes com aquela pica dentro dela.

Ela chupa, e ele goza rapidamente em sua boca, um volume enorme de porra. Ela olha para ele satisfeita, lhe dá a já tradicional lambinha na cabeça do caralho, e sai. Bernardo volta rapidamente a dormir.

No corredor, ela pega o objeto que carregava, um copo, e vai até o quarto de Lúcio.

Entrando, ela acende a luz. Ele acorda assustado, e vê Marcinha na porta, segurando um copo cheio até a metade de um líquido branco.

- Vê isso, seu viado? –, diz ela, tentando manter a voz baixa para não acordar a casa toda. – Eu dei pro seu irmão, pro seu pai e pro seu avô. Só queria te dizer isso antes de ir embora, seu corno moralista!

Ela então bebe o copo cheio com a porra de três gerações, bate a porta, e vai embora, enquanto Lúcio, mais dormindo do que acordado, murmura insultos antes do sono lhe arrebatar novamente e lhe dar mais algumas horas de paz, até acordar e perceber que aquilo não tinha sido um pesadelo.

Não tinha como ser.

O copo sujo de gozo ficara sobre sua escrivaninha.


Pedro Faria)

sábado, 20 de dezembro de 2008

PORNO BAR DO ESCRITOR




Mudanças. Ano Novo, vida nova e mil possibilidades.
Estamos renovando, abrindo as portas para novidades. Enfim....aos leitores, a explicação para tantos dias vagos: Aguardem ventos sensuais e deliciosos.

Os moderadores

RÉVEILLON- Darkness


RÉVEILLON

A noite é graciosa
Fogos espocam aos montes
Felicitações e ensejos
Delírios e desejos...

Mas o remanso é solitário
Um convite ao lamento
Encerar o ano com lágrimas
Só dor... só sofrimento...

A nau moribunda a naufragar
Indo a pique sem perdão
Consumindo-se em angústia
Como se não tivesse razão.

Enquanto aguarda o soçobrar
Sente a umidade do mar
Afogará suas lamúrias
Não mais verá o dia raiar...

Perdido em seu ruminar
Não percebe a onda volumosa
As formas curvilíneas
As carnes voluptuosas... sequiosas...

Só vence a morbidez da tristeza
Quando a pele é sustida com vigor
Olhos plangentes firmam o foco
Quem é esta a despertar-lhe ardor?

Não tem tempo para raciocinar
A mão vai além da pele fria
Sobe pela perna insensível
Consome a virilha vazia.

O espanto é total... intenso...
O falo arrebatado ao esconderijo
Torna-se troféu conquistado
Um cajado... suave e rijo...

Onde as mãos bailavam displicentes
Chegam lábios sedentos... ardentes
O primeiro beijo é afável... contido
Mas logo o membro é todo engolido.

Será um delírio etílico?
Uma visão antes da morte?
Miragem nascida da solidão?
Cadência de uma mente em dispersão?

As sugadas intensificam-se ainda mais
Fosse delírio ou ilusão
Teria abandonado seu torpor
Estaria solto... vencido pelo calor.

Não! A boca que o suga
É tão real quanto seu tesão
As unhas que se cravam na carne
Um tempero a excitação.

Grunhindo como um lobo dominado
Sente o cio da fêmea que o tem
O odor do sexo selvagem e entregue
Que espera pelo papel que lhe convém.

Novo eclodir de explosões e cores
Festejam a milhas daquele lugar
E ele não mais se importa com o fato
Seu falo refestela-se em gozar.

Olhos cerrados sentindo a chuva
Do sêmen que não para de jorrar
Onde queda o viscoso líquido?
Na boca que o estava a sugar!

Estendida sobre o manto arenoso
A boca faminta repousa vitoriosa
Oferta boca ainda insatisfeita
Sedenta pela língua silenciosa.

Retribuir é preciso... desejado
Suavidade e calor exalando
Aceita o convite da amante
Sobre sua vulva vai se colocando.

Sente o perfume adocicado
A caverna se mostra excitada
Sabe que quando chegar ao fim
Ela estará muito mais molhada.

Devorar aquela flor é sua tarefa
Afundar sua língua sem receios
Perder-se nos tufos pubianos
Enquanto roça os rijos seios.

Solto em sua exploração,
Faz a língua deslizar suavemente
Escorregando-a para o interior
Indo além... porém delicadamente.

Nos movimentos ritmados
Explora a caverna com propriedade
Sempre foge a mesmice
Conhece o apelo da sexualidade.

Suaves golpes acompanham a invasão
A bunda sente os tapas delicados
Registram as marcas deixadas
Pelos carinhos mais esperados.

Um outro reduto o examina
Piscando como estrela cadente
O rabo anseia pelo mesmo tratamento
Aguarda inquieto o toque iminente.

O desejo do rugoso é atendido
A língua chega ao buraco minúsculo
Enfia-se pela conduto resistente
A batalha entre pregas e músculo.

Devorada na gruta e no anel
A amante delira intensamente
Ouve o rumor das ondas
Têm-nas em sua carne fremente.

Com mais furor que o amante
Ela urra como fera encurralada
Foi-se o pendor da intenção
Eclodiu o fogo de sua gozada.

Concretizado o prólogo da entrega
Olham-se com cumplicidade
Ainda falta o ápice do encontro
O complemento da totalidade.

Oferecendo-se qual prêmio maior
Posta-se de quatro qual cadela
O falo vibra antevendo o prazer
Avança animalesco... sem piedade... sem cautela.

Ao sentir a imensa vara esconder-se
Em suas carnes abrasadas
Urra e rebola com sofreguidão
Frêmito final... que delícia de trepada.

O vai-e-vem segue o ritmo da maré
Cadenciado, mas com vigor profundo
Afunda-se na caverna oferecida
Abandona-a apenas por um segundo.

As bolas batem-se contra as coxas
A bunda sente a pressão animal
Vagina engole o instrumento
Que logo avançara sobre o corpo anal.

Drenando as energias da parceira
O falo arregaça as resistências
Constrói a caminhada profana
Que rompe os óbices da opulência.

Conquistada pelo desempenho louvável
A fêmea não retém o fluir do gozo
Fecha-se sobre o corpo avantajado
Curte momento tão intenso e precioso.

Aproveitando o relaxamento da carne
Ele abandona a buceta melecada
Mira o rabo atrevido... ansioso
É hora de começar a enrabada.

Um começo titubeante... difícil
A pica encontra resistência infernal
O cu não facilita a batalha
Deseja a dominação mais animal.

Ultrapassada a cabeça esfolada
O anel se distende e relaxa vencido
O instrumento afunda-se totalmente
No orifício antes solitário e esquecido.

Ferramenta potente não vacila
Rompe as pregas com determinação
O anus pisca cada vez mais
Solta-se em completa defloração.

Desta vez o macho urra com furor
Vaza seu liquido no buraco invadido
Desaba sobre o piso sedoso
Sem ter sido derrotado ou vencido.

Um novo trovoar de foguetório
Cores que dominam o céu marinho
Ao tornar a abrir os olhos
Encontra-se novamente sozinho.

Suspira angustiado... aborrecido
Terá imaginado todo prazer?
Será que nada aconteceu?
Foi tudo fruto de seu querer?

Lança um último olhar para o mar
Sente-se derrotado... abatido
Ainda há pouco estava extasiado
Agora vaga sem rumo... entristecido.

O amanhecer o pega ainda na areia
Seu semblante é decepção... tormento
Por que não vive seus desejos?
Por que apenas sente-os em seu pensamento?

Antes que possa lançar-se do rochedo
Ouve um chamado... um apelo delicado
Quem será que tenta detê-lo?
Quem é este anjo abençoado?

Olhos tomados pelas lágrimas
Coração dominado pela emoção
A amante noturna caminha ate ele
Não foi apenas sonho... somente ilusão.

O corpo maravilhoso é real
Seu momento de triunfo foi verdade
Cinge a fêmea pela cintura... sorri
O ano que começa será só felicidade!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Buceta Enlatada

Buceta enlatada
por ideologias medievais
Religiosidade decantada
foges dos cios abismais

Por detrás deste cinto
de castidade moral
A cona exala tal absinto
de gosto embriagante e animal

Buceta emparedada
que não me deixas apreciar
Ocultada em veste casta
a mim só resta imaginar

que escondida por uma calcinha
aprovada pelo Reverendo
Repousa suada a bucetinha
louca para sentir um vento

Buceta blindada
por versículos bíblicos
Fico com a imagem sonhada
dos grandes lábios míticos

Da próxima vez
que na praça estiveres pregando
Sua xana em divina nudez
mostrarás com graça e encanto

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O PERFUME- Carlos Cruz- convidado


O Perfume

O odor písceo emanado de vaginas sujas excitava-o sobremodo. Muitas sessões de análise depois, descobriu que tal pulsão era perfeitamente aceitável porquanto natural. Era um homem normal, afinal. Exultante, foi ao supermercado comprar cerveja.

Ao passar pela seção de peixes, o aroma agradável do bacalhau exposto acertou em cheio suas narinas. Era véspera de Natal. Hormônios em ebulição, imediata reação. Não pôde impedir o inteiriçamento do pau nem reprimir seus desejos carnais e - agora sabia - normais!

O espanto do funcionário do supermercado deu lugar a uma estrondosa gargalhada ante àquela cena bizarra: o pobre bacalhau descabeçado era impiedosamente sodomizado pelo homem tresloucado, de rosto transfigurado e sorriso desvairado. O homem normal copulava com o bacalhau. O falo teso ardia nas entranhas do salgado animal, oriundo dos mares gelados da distante Noruega. O homem normal gozou no bacalhau. Um gozo normal.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Delta De Vénus de Anaïs Nin


''Tinham geralmente o mesmo ritmo.



Ele pressentia o prazer dela, ela pressentia o dele.

E ambos conseguiam, misteriosamente,

reter o orgasmo até o outro estar pronto para ele,

Começavam geralmente, num ritmo lento,

que íam acelerando depois cada vez mais,

á medida que sentiam o sangue aquecer

e o prazer subir em ondas até à apoteose,

que os dois viviam ao mesmo tempo,

o penis frequentemente libertando o seu sémen

nas entranhas do ventre de Elena,

que fremia como se tivesse mil línguas de fogo a queimá-la."






do livro Delta De Vénus de Anaïs Nin

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sexo com amor...ou amor com sexo?






Loucuras...
A perna mole
O beijo
O bole, bole...
E você...
Loucuras


Um arrepio passa
Diz que fica, mas passa
Um vento no íntimo
Lingua no âmago
Paises baixos...


Loucura...
Sabores, saliva
Tudo sem roupa
Pudores desfeitos
Sem jeito
Dores...
Loucura...


Uma fome de ânus
Vários anos
Vinte anos
Desejo e ânus
Realizados, colados...
Roubados...



E a música diz...
Meu bem você me dá...
Loucuras...
Ternuras, sabores...
De pastosas cores
Todas semêntes
Todas rentes...
Dementes de amores...



Então vem
Fazer de novo
E o que era dor, prazer
E o que era ruim de gosto, paixão...
Nectar dos Deuses
E amor...
Engasga o coração...




Me Morte

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

CLASSICOS DO EROTISMO-


O erotismo é uma das bases do autoconhecimento, tão indispensável quanto a poesia", por Anaïs Nin

O canto das sereias, a silhueta da moça bonita, o olhar indiscreto do jovem rapaz para a mulher... Imagens simples e cheias de simbolismos e segundas intenções sempre provocaram suspiros e calafrios durante as leituras quase-incessantes dos contos eróticos.

Sim, o erotismo segue em alta. Ganhou mais notoriedade após o recente lançamento de As 100 Melhores Histórias Eróticas Da Literatura Universal, da Ediouro, organizado pelo craque Flávio Moreira da Costa, o mesmo de Os 100 Melhores Contos de Humor da Literatura Universal e Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal, mas nunca entrou em baixa. Principalmente porque a sociedade contemporânea está cada vez mais regida pelo tripé: dinheiro, poder e sexo (não necessariamente nessa ordem).

O discurso sedutor, que provoca a leitura ofegante e a aceleração dos batimentos cardíacos, apresentou-se de forma marcante em alguns autores, como Casanova, presente na compilação de Costa. As 100 Melhores Histórias Eróticas Da Literatura Universal faz um belo apanhado, por sinal, dos grandes textos do gênero: desde a Grécia Antiga, com Platão explicando em "O banquete" a teoria do amor; até textos picantes de Jorge Amado e Aluízio de Azevedo ("O Cortiço").

Para o organizador, se houver sensualidade na própria linguagem escrita, nasce aí um belo conto erótico, evitando o risco de o texto tornar-se meramente descritivo e banal.

A Ediouro também trouxe evidência a esse estilo literário em outra obra: Erótica - Uma Antologia Ilustrada Da Arte Do Sexo, organizado por Charlotte Hill e William Wallace. Considerada a primeira antologia do gênero, Erótica reúne textos que vão da Roma Antiga e do Antigo Oriente até a contemporaneidade de alguns contos mais recentes. Em outros termos, mais de 2 mil anos de belas e envolventes histórias estão reunidas nessa obra. Distribuído em três etapas, "O momento do desejo"; "Os requintes da paixão"; e "O fruto proibido", a obra é uma excelente compilação para quem quer desfrutar de uma boa dose de erotismo.

O Livro De Ouro Da Mitologia Erótica também é outra excelente opção para quem deseja enveredar-se pelo universo do erotismo. A escritora Shahrukh Husain traz, nessa fantástica coletânea, histórias eróticas da Antigüidade e da Idade Média, com os textos atualizados por Shahrukh.

Mantendo-se absolutamente fiel aos textos originais, a organizadora apresenta contos e lendas eróticas pertencentes às mais variadas culturas e tradições, numa interessantíssima mistura de mitologia e sexo. "Do despertar sexual de Inanna à paixão doce-amarga de Krishna e Radha, do ardil utilizado por Hera para reconquistar, em seu casamento atormentado, o ardor de Zeus, à paixão adúltera de Lancelot e Guenevere, esta coletânea de encontros sexuais abrange os diversos aspectos do erotismo, do amor sagrado e apaixonado, à paixão terrena e bem-humorada", anuncia o livro, que também é rico em ilustrações.

Se houver interesse em conhecer mais a fundo a escrita erótica, vale conhece Leituras do Desejo - O Erotismo no Romance, de Marcelo Bulhões, doutor em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e professor de Língua e Literatura Portuguesa no Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp de Bauru.

Na obra, o autor objetiva revalorizar de forma crítica os romances naturalistas brasileiros do século XIX, analisando a configuração da representação erótica e seu significado em nossa tradição literária. Bulhões aponta uma possível correspondência entre a atitude das personagens diante das situações eróticas e a recepção escandalizada da crítica literária, como no caso de "A Carne", de Júlio Ribeiro, ou "Livro de uma Sogra", de Aluízio Azevedo.

Sedutora, a literatura erótica permanece em alta, para deliciar

domingo, 14 de dezembro de 2008

FLORBELA ESPANCA


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...


Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


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sábado, 13 de dezembro de 2008

ETERNOS RITUAIS - ANA VIDAL - poetisa portuguesa



Percorro palmo a palmo o teu desejo
E palmo a palmo sinto-me vibrar primeiro, na lenta perfeição de um beijo
que nos acende o corpo devagar, tão devagar que sinto, mas que vejo
morrer na minha pele o teu olhar...


Depois, nas mãos que inventam sabiamente
novos desenhos, esboços delirantes perdidos tempo e espaço, de repente
Partimos à deriva, viajantes , somos cinco sentidos, simplesmente
por novas dimensões alucinantes.


E assim, de sal e mel embriagados
cumprimos os eternos rituais e ao som de coros loucos, inspirados
dançamos com o vento nos trigais entre a terra e o céu entrelaçados
senhores do universo uma vez mais.

Por fim, quando o desejo é já cansaço e voltamos a nós, devagarinho
ancoramos na calma de um abraço, feito de gratidão e de carinho.
Mas é prazer ainda quando passo, a mão no teu cabelo em desalinho


(in: VIDAL, 2005).

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A mãe que era safada



Leandro era ruivo, magro e tímido: um alvo fácil de olhares curiosos e sorrisos sarcásticos. O pobre se encolheu todo quando a professora pediu que nós o apoiássemos, pois o menino havia perdido o pai e que aquele estava sendo o momento mais difícil de sua vida. Não era, pois a vida de Leandro sempre foi difícil...

Felipe e eu crescemos juntos nesta pequena cidade. Nunca fomos meninos populares, mas fazíamos amizades com certa facilidade e logo nos entendemos com o aluno novo, incluindo o pobre na nossa rotina escolar e pessoal. Depois da aula, íamos ao bosque papear sobre garotas e fumar escondido. Revelamos a Leandro nossa virgindade e nossos planos de conhecer mulher no bordel. Ele não gostava muito do assunto e falava constantemente sobre seu desejo de se tornar padre, mas quando dava na telha de falar sobre sexo, parecia ter muita experiência no assunto. Nos contou que o pai havia morrido vítima de disparo acidental enquanto limpava a arma.

- Leandro? - perguntei depois de dois cigarros.
- O quê?
- Quando vai levar a gente pra conhecer sua casa?
- Qualquer dia eu levo.
- Sua mãe é brava?
- Não.
- Então por que não vamos lá, agora?
- Agora, não. Qualquer dia desses.

O tempo passava e nada do Leandro convidar a gente pra ir a sua casa. Felipe resolveu aparecer lá um dia, sem avisar e eu concordei. Era sábado e fomos logo em seguida do almoço. Tocamos a campanhia e fomos surpreendidos pela mais bela mulher que já vimos em toda a nossa vida. Nem nas revistas de nudez havíamos visto tamanha perfeição da natureza. Ela era muito jovem, com a pele alva, dona de grandes olhos verdes e de uma cabeleira vermelha que caía pelos ombros nus como labaredas. Tinha a boca carnuda, corpo esguio, seios fartos, quadris largos, cintura fina e pernas grossas. Usava um vestido verde-claro, um pouco transparente, que revelava bem as curvas do corpo perfeito.

- Pois não? - perguntou, desconfiada.
- Aqui é a casa do Leandro? – perguntei depois de tomar fôlego.
- É sim! São amigos dele? Vou chamá-lo.

Ela sumiu através de um longo corredor. Rebolava ao caminhar. Olhei para Felipe sem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.

- Estou excitado - Disse Felipe.
- E eu? Meu Deus... eu não sabia que o Leandro tinha uma irmã tão linda.
- Aquele desgraçado vai ver só...

Leandro apareceu soltando fogo pelas ventas e quando nos avistou cochichando baixinho na sala, teve vontade de pegar a arma do pai e acabar conosco.

"Só podem estar falando da minha mãe. É sempre assim, não posso ter nenhum amigo que o inferno se repete. Nunca terei paz na vida, só no dia que minha mãe ficar bem velha ou então... quando ela morrer, o que acontecer primeiro." - pensava o pobre ao notar o volume formado embaixo dos nossos calções.

- O que vocês vieram fazer aqui? - perguntou enraivado.
- O que lhe parece? Uma visita! – disse Felipe.
- Não lembro de ter convidado.

Vendo que o filho constrangia os amigos, Clarice intrometeu-se:

- Leandro querido... não seja tão rude com seus amigos. Apresente sua mãe a eles.
- É mesmo... cadê sua mãe? – perguntei inocentemente.
- Por que você mesmo não se apresenta, “mãezinha”? – Perguntou Leandro ironicamente fuzilando Clarice com o olhar.
- Está certo... sou Clarice, a mãe de Leandro. Perdoem a grosseria do meu filho... ele perdeu o pai recentemente... – disse baixando os olhos.
- E a senhora perdeu seu marido! - falou Leandro, impaciente.

A gente não conseguia acreditar que aquela mulher já era mãe e muito menos, mãe de um rapaz da nossa idade.

- Parem de olhar pra minha mãe como babacas. Vamos sair daqui!

Leandro nos empurrou porta afora, mas ainda conseguimos ver que ela nos sorria e piscava um dos olhos, ao mesmo tempo em que acenava e gritava: "Adeus, meninos... apareçam para uma nova visitinha..."

Chegando no bosque, Leandro muito irritado, mandou a gente se sentar e continuou em pé. Acendeu um cigarro, caminhava de um lado para o outro, passava a mão nos cabelos e de repente, desatinou a falar:

- Acharam minha mãe gostosa? Pois bem, ela É gostosa. É linda! Ficaram excitadas quando a viram? Pois bem... é normal um homem ficar excitado quando olha para a minha mãe, ela é gostosa...eu já a vi nua uma centena de vezes, desde meus seis anos de idade que ela anda nua na minha frente... eu conheço cada centímetro do seu belo corpo... podem se masturbar enquanto falo, eu estou vendo que vocês não se aguentam...

- Seria uma falta de respeito... – Disse Felipe, bastante envergonhado...
- Vamos, tirem essas porcarias pra fora, não falei nem a metade... VAMOS!!!

Até que a idéia não parecia tão ruim, mas a gente não conseguiria fazer isso na frente do Leandro, que fumava e gesticulava como um doido:

- Ela tem os mamilos dos seios bem rosados e os bicos são pontudos... eu mamei nos seios dela até os seis anos, meu pai mamava até pouco antes de morrer... seguidamente, ela pergunta se eu não tenho vontade de mamar de novo para relembrar o tempo em que eu era bebezinho... eu fico tentado, ela provoca, provoca e depois diz que está brincando, que é pecado uma coisa dessas. A bunda dela é grande e quando ela limpa a casa, fica de quatro no chão, com a bunda bem arrebitada para mim. Encara-me com aqueles olhos verdes, sorri com sua boca carnuda e pede pra eu bater na bunda dela: "Vem, filhinho... faz aquilo que eu gosto, faz..." Eu vou lá e dou um tapa bem forte e ela fecha os olhos, parece gostar daquilo... Ela está sempre me provocando, ela testa meus limites, mas sempre foge de mim, alegando que é pecado... Pecado! Pecado! Eu preciso aprender a lutar contra ele. Preciso me armar de força e conhecimento para vencer o Satanás que é a minha mãe... Agora vocês sabem o inferno que é minha vida... Imaginem o que eu passo vendo ela todos os dias, tendo que me segurar pra não pular em cima dela, porque fui gerado no ventre daquela maldita...

Leandro terminou de falar, sentou no chão, cobriu o rosto com as duas mãos e chorou copiosamente... Eu e Felipe olhamos para o amigo com muita pena...

- E seu pai? Ela o amava? – perguntei.

Leandro respirou fundo, olhou para o céu e fez novas revelações:

- Ela é capaz de amar qualquer coisa que respire...meu pai me odiava. Ele me chamava de pervertido, passou a me surrar diariamente quando me pegou uma vez me masturbando... eu estava deitado de olhos fechados e sem querer, falei o nome da minha mãe... ele escutou e tentou me matar asfixiado com o travesseiro, mas ela chegou a tempo e conseguiu me salvar, isso foi aos doze. Ela gostava que eu a visse transando com ele, deixava a porta só encostada e eu não agüentava de curiosidade... eu ficava espiando eles fazerem sexo todos os dias, várias vezes ao dia... Depois quando ele dormia, ela ia ao meu quarto, deitava ao meu lado, encostava o corpo dela no meu, ainda quente e arfante, fedendo a sexo, encostava seus lábios nos meus, bem devagar... e tocava no meu pau... "boa noite, meu filhinho... amo você..." Eu ejaculei muitas vezes na mão dela, depois ela lambia os dedos e se tocava também em cima da minha cama... minha mãe é doente...

Ficamos em silêncio por alguns minutos e depois, Leandro concluiu a conversa:

- Fiquem longe dela, ouviram? Ela precisa de um psiquiatra!

Falou isso com um olhar tão ameaçador, que a gente se encolheu. Depois disso, ele virou às costas e foi embora.

- Puta que pariu, Felipe... uma mãe jamais faria isso com um filho...
- Mas se for verdade, Cássio... ela gostou da gente... viu como rebolava quando foi até o quarto chamar o Leandro?
- E quando ela passou a língua nos lábios naquela hora, você viu, Felipe?
- É nossa chance, Cássio! Temos que encontrá-la em casa sozinha e então... Se o que ele falou for verdade, ela não passa de uma oferecida...
- Mas e se ela for mesmo, doente, como Leandro disse?
- Ora, ela não parece doente coisa nenhuma, Cássio!
- Mas como vamos até lá sem que o Leandro saiba?
- Fácil... vamos no horário de aula... Num dia vai um e no outro dia vai outro, ele não vai desconfiar se aquele que ficar com ele, o mantiver bem ocupado e distraído.
- Claro...Felipe, você é um gênio!

No dia seguinte, encontrei com Leandro na escola e ele perguntou por Felipe. Eu disse que nosso amigo estava com dor de estômago e que naquele dia não iria poder ir à aula. Leandro não desconfiou de nada.

Enquanto isso, Felipe foi até à casa de Clarice, que ao vê-lo, ficou surpresa:

-Não deveria estar na escola, mocinho?
- Sim, Dona Clarice, mas...eu...
- Entre, danadinho... Então, quer dizer que o mocinho está "matando aula?" Então é esse tipo de pessoa com quem meu filho anda? (risos) Meu, anjo... então, me diga logo, o que veio fazer aqui?
- Vim só para ver a senhora...
- Ver-me? Bem, já me viu.
- E também para lhe dizer, com todo respeito, que lhe acho linda e que meu maior sonho é beijar uma boca maravilhosa como a sua...
- Veio aqui para tentar conseguir um beijo?
- Não, claro que não!
- Claro que sim!
- Bem, é verdade. Pode me expulsar daqui se quiser.

Ela o encarou seriamente e o achou muito bonito... Os olhos azuis do menino se fecharam quando ela tocou e contornou os lábios dele com seu dedo indicador. Depois, aproximou seu rosto do dele e com a ponta da língua, refez o contorno, depois, pressionou os lábios contra os de Felipe, que se entreabriram para deixar adentrar aquela língua macia e quente. Instantes depois, Clarice despiu o garoto e iniciou uma sessão de sexo oral. Felipe ejaculou em poucos minutos e ficou muito constrangido, mas ela, muito carinhosa cuidou para que se excitasse rapidamente e lhe penetrasse com toda a força que tinha. Depois de gozar novamente, ela exigiu que Felipe lhe chupasse a vagina até que ela enfim, alcançasse o orgasmo.

Apesar do gosto de seu próprio sêmen, a sensação de estar no meio das pernas brancas e macias de Clarice, lhe excitou novamente e de novo lhe penetrou, desta vez, ele segurou as rédeas daquela potranca fogosa e até arriscou um comportamento um pouco menos submisso, deixando-a louca.

Depois de duas horas, Felipe saiu da casa de Clarice direto para a escola. Como combinado, para Leandro não desconfiar de nada, apareceu lá, alegando que já estava bom e que podia assistir ao final da aula. Eu não me aguentava de curiosidade, pois justo naquele dia, Leandro ficou consoco até bem tarde no bosque, nos deixando a sós somente à tardinha. Assim que nos livramos dele, perguntei angustiado:

- E então? conte-me tudo, seu desgraçado!
- Cara, foi muito bom. - disse Felipe, jogando-se de costas na grama, com uma cara de babaca.
- O quê foi bom, criatura? O beijo? Você conseguiu beijá-la?
- Eu a comi todinha. Duas vezes.
- Ah, Mentiroso...
- Juro! Primeiro gozei na garganta dela e dois a penetrei duas vezes, bem forte...
Era muito apertada e quente... na primeira vez você não agüenta, mas na segunda, já consegue segurar mais tempo lá dentro.

- Caralho! – comecei a rir e a esfregar o rosto com as mãos. Zanzava em volta da árvore e não parava de dizer "caralho". Amanhã será a minha vez, se eu não morresse de tanta ansiedade.

Naquela noite, Leandro chegou em casa e encontrou a mãe muito distraída descascando batatas. Estava com cara de quem havia feito sexo, ele a conhecia nos mínimos detalhes. Sabia exatamente se havia mijado, se estava menstruada, se havia se masturbado e se havia feito sexo... e naquele dia, ela havia feito sexo... sentia o cheiro no ar, ali mesmo na sala. Sentiu ódio e repulsa pela mãe.

- Alguém esteve aqui em casa, hoje? MÃE! ESTOU FALANDO COM VOCÊ!
- Sim, estou fazendo purê de batatas para você, meu amor.
- Alguém esteve aqui, hoje?
- Por que está perguntando isso?
- Não precisa ficar nervosa, eu SEI que teve alguém aqui.
- Só o entregador de gás...
- E você fodeu com o entregador de gás?
- Claro que não... (risos)
- Mentirosa, eu posso sentir o cheiro de sexo que exala de você! Eu te odeio, mãe.
Por que não age como uma mulher de respeito?
- Leandro, pare já com isso! Sou sua mãe, me respeite.
- Sua puta!

Clarice deu uma bofetada na cara dele e depois levantou o vestido, tirou a calcinha e disse:

- Venha ver se fiz sexo com alguém, venha!
- Não me provoque...
- Pode vir, mas depois você vai acertar as contas com Deus no dia do juízo final.
Vai ganhar um carimbo na testa e todos vão saber no purgatório que você fez sexo com sua própria mãe!

- Cale essa boca!
- ENTÃO ME DEIXE EM PAZ!
- Tudo que eu mais quero na vida é paz, sua maldita!
- Não chore, amor...
- Sai daqui, não me toque, sua suja! Cristo, me perdoe, mas como eu te odeio!
- Vem aqui com a mamãe... senti saudades de você, chegou tão tarde da rua... cheirando a cigarro... você é muito novo para fumar assim...

Após relutar um instante, Leandro cedeu e deixou-se aninhar no colo macio de Clarice, ele acariciou-lhe os seios, cobertos pelo tecido fino do vestido e depois, tocou-lhe o sexo quente que todos podiam penetrar e jorrar seu esperma , menos ele. Era um infeliz, um desgraçado...

- Meu leite está escorrendo do seio... por que você não bebe como seu pai fazia?
- Porque eu te odeio...
- Não odeia, não... beba, Leandro... está escorrendo... não sei como depois de tanto tempo, meu leite não secou ainda... é amor de mãe que escorre dos meus seios, beba... beba o meu amor, filhinho amado...

Leandro empurrou a mãe e correu para o quarto, batendo a porta com força.

- Vai rezar, Filho! Reza pela alma do seu pai, pela minha e principalmente pela sua. – Gritou Clarice, gargalhando satanicamente, o que deixava Leandro ainda mais transtornado.

Na manhã seguinte, Leandro estranhou ao encontrar Felipe sozinho, sem a minha costumeira companhia. Ao se aproximar do amigo, percebeu que este disfarçadamente, desviava o olhar, fingindo que não havia lhe visto. Mas Leandro o seguiu por todo o corredor da escola até entrarem na sala de aula. Sentou-se ao lado de Felipe, que não tendo outra saída, cumprimentou-o com a cabeça, meio sem-graça.

- Onde está o Cássio?
- Não vai poder vir, acordou com torcicolo, o coitado.

Enquanto isso, toquei a campanhia da casa de Clarice, que me recebeu com sorrisos. Fiquei excitado na hora, imaginando o que viria a seguir.

- Não deveria estar na escola, mocinho?
- Sou um ótimo aluno, autodidata, sabe? não preciso de aulas.
- Ah, é? Então é espertinho e pensa que sabe tudo só de olhar?
- Isso mesmo. Aposto que sei mais coisas que a senhora.
- Que mocinho mais arrogante! É melhor entrar e me contar direitinho o que PENSA que sabe melhor do que eu.

Clarice me achou um jovem muito interessante e maduro para minha idade. Eu não era tão bonito quanto Felipe, mas era charmoso e usava tão bem as palavras, que às vezes ela se via deliciosamente encurralada. Enquanto nos mantínhamos ocupados, seduzindo um ao outro, na escola, Leandro não conseguia se concentrar na lição. No dia anterior, Felipe havia faltado à aula e encontrou sua mãe estranha; hoje, o amigo parecia sem coragem de lhe olhar nos olhos. De repente, desconfiou que era Felipe quem havia transado com ela. "Desgraçado. E quem sabe hoje é Cássio quem está lá, desfrutando da minha mãe, aquela vadia" Mesmo quando era casada, sua mãe nunca conseguiu se manter fiel ao marido, ela transava com todos os amigos de Leandro e com os amigos do seu pai. Ela era doente, era ninfomaníaca, não conseguia viver sem fazer sexo.

- Como será que o Felipe conseguiu torcer o tornozelo? – perguntou calmamente Leandro ao um nervoso Felipe.
- Ah, sabe como ele é, ontem fomos jogar bola depois que você foi embora e...
- Você disse antes de começar a aula que ele havia acordado com torcicolo.
- Como é? Eu disse...eu...eu quis dizer, torção...
- Bastardo! Eu vou matar os dois, agora mesmo!

Leandro levantou e saiu da sala de aula correndo. Felipe foi atrás, pois não podia deixar que ele chegasse em casa e encontrasse Cássio e Clarice já nas vias de fato. No pátio da escola, Felipe tentou segurar Leandro, mas este foi mais esperto e conseguiu escapar.

- Vocês foram avisados para ficar longe dela!

Leandro seguiu rapidamente em direção a sua casa e Felipe foi atrás para impedir que acontecesse alguma tragédia, mas o outro corria muito rápido e se adiantou muitos metros na sua frente.

Na casa de Leandro, eu e Clarice estávamos nus, praticando sexo oral um no outro, quando fomos interrompidos pela violência com que Leandro arrombou a porta e partiu pra cima de mim, desferindo socos brutais em minha cabeça. Clarice chorava, tentando impedir que Leandro me matasse, ela gritava que eu não tinha culpa, que a culpada era ela, somente ela. Ele não conseguia escutar nada, só tinha uma coisa em mente: matar-nos. Pegou a arma do pai e apontou primeiro na direção de Clarice, que chorava e gritava desesperadamente.

- Filho, pelo amor de Deus, largue a arma!
- Você tem que morrer, mãe... só morrendo, seu corpo terá sossego e o meu também... o fim da sua vida será o início da minha.
- Eu prometo fazer o tratamento, filho! Eu prometo me internar num sanatório...
- Já ouvi isso antes! Você não consegue, mãe... Adeus! Adeus, minha mãe... meu tormento...
- De novo, não, Leandro... foi assim com seu pai... largue essa arma... se você deseja ser padre... como um padre pode ter tantas mortes nas costas...?

Ao terminar de dizer essas palavras, disparou três vezes contra ela. Sentiu-se tomado pela mais reconfortante sensação de alívio. Pela primeira vez, sentiu-se livre da agonia de desejar o corpo da própria mãe... Não demoraria pro corpo finalmente esfriar. Apontou a arma na minha direção. Hesitou um pouco, mas enfim, resolveu atirar para se vingar da traição. Felipe chegou a tempo e se jogou sobre Leandro e impediu que o disparo me acertasse. Lutaram muito, até que num descuido de Leandro, a arma disparou, acertando em cheio sua cabeça. Felipe gritou de pavor, nunca havia presenciado uma morte e de repente estava na companhia de dois cadáveres. Eu estava atordoado, semiconsciente e Felipe tentava me levantar do chão, puxando meu braço...

- Cássio, vamos sair daqui depressa...
- Meu Deus! Clarice! Olha como ela está...

Quando a vi morta, coberta de sangue, chorei copiosamente e me deitei sobre o cadáver ainda quente... beijei a sua boca, os seios sujos de sangue e implorei que ela não morresse...

- Ela já esta morta, cara! Vamos embora, porra!
- Não!!! eu não quero continuar virgem! Eu vim aqui para trepar!
- O que você está falando? Enlouqueceu? Ela esta morta. Vamos no bordel, Cássio e você vai trepar com as putas vivas, caralho! estou gelado de medo!
- Não importa... eu vou fodê-la assim mesmo, nenhuma puta é tão linda quanto ela...
- Então vai tomar no cu, eu vou sair daqui, agora!

Depois que meu amigo foi embora, fiquei alguns instantes tocando aquele pedaço de carne sem vida que um dia foi Clarice. Afastei suas pernas alvas, toquei o sexo vemelho... ainda estava molhada e quente... deitei-me sobre ela e a penetrei... ah, como sonhei com aquele momento, Cristo. Entrei e saí várias vezes até gozar... beijei a boca de minha amante morta, dei um tapinha no seu rosto e disse:

"descanse em paz, mãezinha gostosa". Depois me vesti rapidamente e sai daquela casa me sentindo mais homem do que antes. Foi a minha primeira e única vez.

Verdade ou Conseqüência - VERTIGO


Verdade ou Conseqüência


Eu não acreditei quando o professor leu os nomes da Aline e da Fernanda no nosso grupo de trabalho. Não que essas meninas fossem as mais inteligentes para produzir algo eficiente, mas porque simplesmente eram as mais gostosas da sala. Fui comentar com o Arthur que já tinha até uma explicação espiritual pra tamanha sorte.

– Você acha mesmo que eu fiquei rezando a aula toda em vão, Bruno? – comentou em seu conhecido estilo brincalhão esse grande camarada da faculdade e quarto e último integrante do grupo.

– Vamos combinar com elas de prepararmos o trabalho lá em casa. Depois que elas entrarem, eu tranco e jogo a chave pela janela – rimos. Aline e Fernanda eram garotas concorridas em qualquer grupo.

Diziam que todos os trabalhos com elas eram sempre 'bem feitos', se é que vocês entendem o que eu quero dizer.
No churrasco do segundo período de Publicidade nós dois já tínhamos nos insinuado para a dupla de gatas, o que acabou por produzir alguns efeitos concretos, como uma maior abertura para futuras investidas. Aline era uma moreninha de dezoito anos, pra lá de tesuda, cheia de dengos que diziam ser apenas fachada para uma grande faceta devassa. Fernanda era uma gatinha de mesma idade, cabelos loiros e rosto com sensuais sardas que escondiam verdadeiro furacão adolescente.


Para não ser tudo tão perfeito, tínhamos conhecimento de que elas estavam ficando com uns indivíduos do quarto período. Nada que não pudesse ser contornado.
– Então, fica assim: amanhã, sete e meia lá em casa. Levem os livros que acharem mais interessantes. Moro no Condomínio Santa Mônica, apartamento setecentos e dois. Vocês sabem chegar lá? – perguntou Arthur.

– Sei sim. Fica ali perto da Igreja Santa Mônica, não é? – disse Aline.

– Exatamente. O prédio onde moro é bem ao lado. Rezo todos os dias pra que ela nos
abençoe e tenho visto claros sinais de que as graças estão sendo alcançadas. Esse trabalho vai ser fácil e certamente passaremos com folga. Já tenho até uns artigos baixados que poderemos usar.

– Será que minha presença é tão fundamental? – perguntou Fernanda, gerando angústia em nós dois pelo possível desfalque.

– Claro que é importantíssima a sua presença. Você é uma das mais aplicadas alunas do Abel, como é que não vai? Corta essa Fernandinha. Estaremos te esperando.

– Tudo bem, vou com a Aline. Mas só vou poder ficar até quinze pras dez porque ainda vou encontrar o Alessandro – falou, tocando no nome do namorado.

– Tudo bem. Não levem biscoitinhos porque eu arrumo os aperitivos. E a bebida é liberada até a meia-noite – brincou Arthur, todo despachado, feliz com a confirmação da gostosa.

Trocamos telefones e nos despedimos. Arthur e eu compramos uns salgadinhos, cervejas e começamos a festejar por antecipação a realização do tal trabalho, cujo título era 'A Verdade na Propaganda'. O trabalho era o de menos. O lance todo era a presença das beldades lá no apartamento.

– Bruno –, disse Arthur quando saímos da Faculdade – eu vou preparar esse trabalho todo antes da Aline e da Fernandinha chegarem. Então, quando elas estiverem lá, a gente faz um floreio e parte para o que realmente interessa. Dê uma idéia de como poderemos, digamos, 'interagir'.

– Humm... cara, que tal o jogo da 'Verdade ou Conseqüência'? É sempre uma forma de quebrar o gelo e ao mesmo tempo fazer grandes revelações! E tem tudo a ver com o trabalho que estamos fazendo.

– Meu irmão, você é um gênio!

– O problema é que a Fernanda está o com pé atrás, falando do namorado... – ponderei.

– Cara, não se engane com essas garotas. Acredite que elas podem dar independente do 'estado civil' atual, porque só vai depender do nosso próprio suor. Faculdade é o tempo em que as gatas transam indiscriminadamente e a Aline e a Fernandinha estão muito longe de ser exceção. Vamos ou não vamos 'tirar dez nesse trabalho'?

Sete horas e nós dois ali, com tudo, claro, já devidamente esquematizado como manda o figurino. Livros, cadernos e apostilas sobre a mesa. A geladeira recheada de cervejas e os salgadinhos repousando no forno. O cenário estava tão caprichado que até os pais do meu camarada estariam fora naquela noite. Foi quando tocou o interfone. Era o porteiro informando a chegada das visitas. Eu só ouvia as palavras do engraçadinho do Arthur:

– 'Deixar subir' não, Silvano, 'mandar'! Manda subir. Dê uma ordem! – riu Arthur. – Agora, Silvano, me antecipa aqui... como é que elas estão vestidas? Hummm.... barriguinha de fora? Você tem certeza?! Porra, Silvano, me empresta um daqueles seus remédios de pressão alta.

Logo a campainha tocou e o apartamento do Arthur se encheu de beleza. A roupa básica que escolheram não poderia estar mais adequada aos nossos desejos: blusinhas que deixavam pequena parte da barriga aparecendo, amparadas por calças jeans que torneavam bem as pernas e as deliciosas bundinhas. Eu e Arthur parecíamos dois cachorros olhando para aquelas máquinas de padaria que assam frangos enquanto eles giram.

– Entrem, entrem... – disse Arthur – fiquem bem à vontade. Já havia começado o trabalho junto com o Bruno. Agora é só adicionar o que vocês arrumaram.

Ficamos algum tempo estudando o melhor encaixe do material que elas trouxeram com os capítulos já prontos. Mas não tardou para assuntos sociais entrarem em pauta. Em certo instante Aline comentou que o cara com quem saía achava que ela não deveria ser publicitária, pois, segundo o idiota, ela 'era bonita demais para ser uma vendedora'. E isso a fez levantar dúvidas sobre se queria mesmo seguir aquela carreira.

– Vocês já repararam que foi a raça humana quem inventou a dúvida? É fato que só nós nos preocupamos em saber se as aparências correspondem à realidade – filosofou Arthur, passando as mãos carinhosamente pela cabeça de Aline, ajeitando seus cabelos.

– Olha, são oito e vinte e dez horas eu tenho que ver o Alessandro – disse Fernanda.

– Você gosta dele? – arrisquei a pedrada para ver no que dava.[

– E essa garota gosta de alguém? Ela gosta é de farra – alfinetou Aline, com um esboço de riso.
– Vai ter troco – garantiu a loira à amiga. – Não sei se gosto, mas não minto quanto aos meus sentimentos.

– Que engraçado a Mentira, não é? É uma instituição tão ardilosa que existe até na forma de verbo: eu minto, você mente, nós mentimos – falei com um sorriso despretensioso, minimizando o problema.

O clima foi ficando descontraído e contava a nosso favor o fato de Aline e Fernanda serem duas garotas sem muitas frescuras. Após algumas cervejas e brincadeiras elas já riam efusivamente de nossos trocadilhos e piadinhas. A coisa foi ficando nos moldes que queríamos.

– Como esse trabalho está com um enfoque muito teórico, vamos torná-lo mais prático. Que tal um jogo de Verdade ou Conseqüência aqui entre a gente para demonstrarmos como a Verdade pode modificar situações e pessoas? – argumentei.

Elas acharam interessante aquela proposta marota de uma brincadeira didática.
– Tudo bem. Pra distrair tá valendo – concordou Aline.

– Mas só interessa a Verdade, hein? Ou então vamos assumir a Conseqüência sem desculpas. Vejam bem que está valendo nossa passagem para o terceiro período. Olha a responsabilidade!

Sentamos no chão trazendo as latinhas e os aperitivos. Arthur arrumou um chinelo para fazer o ponteiro. Deixamos inicialmente que a Fernanda girasse. Ele parou de forma que a loirinha faria a pergunta para mim.

– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade.

– Você pegou alguma garota da sala no último churrasco?

– Sim.

– Quem?

– Bom... é só uma pergunta por vez, gata. A sua já foi – respondi gostando de saber do interesse dela. Eu havia trocado uns beijos com uma menina não muito atraente, mas que não era de se jogar fora. Por ora era bom apenas que elas soubessem que eu não havia ficado encalhado naquela festa.

O chinelo rodado por Arthur caiu indicando que agora eu faria uma pergunta para a Fernanda.

– Verdade ou Conseqüência?

– Hummm... Verdade.

– Você ainda vai beijar na boca essa noite?

Essa pergunta a fez sorrir. Ela olhou o relógio tentando verificar a real possibilidade de encontrar o namoradinho antes da meia-noite e respondeu titubeante:

– Espero que sim.

– Esperar não é segurança. Lembra do capítulo seis do trabalho? A certeza elimina dúvidas, mas o "esperar" é deixar o tempo decidir por você. Você está com vontade agora?

– Posso pensar? – perguntou, confusa. Olhou novamente relógio e passou a mão na testa, com pequena pane mental com as palavras "vontade", "agora" e "beijo na boca". Virou o rosto para a Aline e riu buscando esconderijo no ombro da amiga. Pegou a
lata de cerveja.
– Bom, com vontade eu estou, né, claro.

A gata, então, tratou de rodar logo o chinelo para não se perder mais nas palavras. O instrumento, entretanto não a ajudou na fuga, pois parou mostrando que ela deveria responder a uma pergunta do Arthur.

– Verdade ou Conseqüência, gata?

– Humm... Verdade.

– Você faz sexo sem compromisso ou só transa com amor?

O sorriso, antes leve, permaneceu, mas agora tentando encobrir uma clara preocupação. Olhou para a Aline que assoviou olhando pra cima, se eximindo de uma eventual ajuda.

– Olha, se não existir amor, mas tiver desejo eu tô dentro – disparou, rindo ainda mais que a amiga, deitando sobre o colo desta.

Chinelo rodado por mim indicou pergunta da Aline para Arthur.
– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade

– Você já se masturbou pensando em mim?

Pequeno silêncio. Foi a vez de Arthur sentir os nervos tremerem. Ele iria mentir ou não?

– Bom... já, já... – murmurou tenso. Aline sorriu e mexeu com os cabelos.

Chinelo rodopiado. Fernanda para Aline.

– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade.

– Você faz sexo anal? – metralhou com uma gargalhada nervosa vindo anexada.

– Ah, essa não... – disse Aline rindo e escondendo o rosto de uma timidez que não existia.

– Regra do jogo e do trabalho. Está lá no capítulo três, a omissão nada mais é que 'Mentira disfarçada'. E a Verdade, além de ser a melhor opção, deve sempre prevalecer – afirmou Arthur com uma autoridade debochada. – Não é por você já ter dado que vamos comer sua bunda aqui de novo – disparou com seu jeito fanfarrão.

– Será que não? – sugeriu subitamente Fernanda, que fazia umas caretas como se duvidasse das nossas intenções.

– Ô Fernanda... você já sabe essa resposta... – tentou despistar Aline.

– Mas eles não.

– Tá... já. Já fiz algumas vezes.

– E gostou? – continuou Fernanda, incrivelmente jogando ainda mais lenha na fogueira dos desejos, cujo incêndio já estava ficando fora de controle.

– Epa, peraí... de novo?

– A pergunta é minha, garota... entre amigas vale. Diz aí. Sei que gostou. Você gosta disso – e fez gestos com os punhos cerrados e os dois braços paralelos na altura do quadril, indo-e-vindo, como se estivesse metendo em alguém.

– Ah, de vez em quando é bom, né? – admitiu a morena gostosa.

Eu e Arthur olhamos um para o outro e demos uma piscadela. Ele pegou o chinelo e, fingindo ter girado, deixou-o parado de forma que eu deveria bolar uma pergunta para a Aline.

– Ei, assim não vale! – reclamou a delícia fazendo beicinho.

– Capítulo nove, gata. O blefe pode ser usado quando as duas partes saem lucrando.

– Verdade ou Conseqüência? – emendou rápido Arthur, logo após minha explicação, forçando uma resposta ligeira.

– Tá, vou aceitar. Conseqüência.

– Fique só de calcinha e sutiã – determinei.

– Como é?

– Regras são regras. Todos aqui aceitaram, honraram. Veja o nosso trabalho aí na mesa. Descumprimento de qualquer coisa é rompimento com a Ética, com a Verdade. Você sabe disso.

Ela ficou inerte por alguns segundos. O rosto enrubesceu e um sorriso nervoso de canto de boca emergiu verdadeiro. Ouviu-se o barulho de lata de cerveja sendo amassada em sua mão.
Seu olhar aturdido, semelhante ao de um enxadrista perto de levar xeque-mate, revirou a sala procurando alguma salvação. Sem obtê-la, cedeu. Pouco a pouco Aline foi mostrando que seu corpo não era nenhuma propaganda enganosa: a garota era linda mesmo.

Uma cintura esculpida quase que por uma entidade divina, realçando uma bunda muito bem desenhada e convidadtiva, atraente atrás daquela calcinha maliciosamente cavada. Peitinhos delicados, mesmo ainda ligeiramente escondidos pelo pequeno sutiã, saltaram promovendo uma hipnose. Em seu íntimo ela parecia estar bastante feliz pela exibição.

– Verdade ou Conseqüência, Fernanda? – perguntou Arthur, sem nem rodar o chinelo, enquanto Aline ainda terminava de se despir.

– Mas você nem girou...

– Depois das nove da noite as perguntas passam a ser livres, gatinha, regra
universal do 'Verdade ou Conseqüência' – inventou.

– Então... Verdade pra mim – disse Fernandinha.

– Pra mim também – respondi, já partindo para um beijo inesperado, abraçando-a com vontade. Se ela se assustou com a abordagem, não demonstrou, pois não ofereceu nenhuma resistência.

Rolamos no chão com minhas mãos inspecionando aquele corpo tenro que eu pretendia há algum tempo. Ela me beijava com ardor, esquecendo ou ignorando que ainda iria encontrar seu namoradinho naquela noite. Enquanto permanecíamos naquele amasso gostoso por sobre papéis e apostilas, Arthur e Aline já estavam partindo do beijo na boca para as chupadas aleatórias.

Resolvi levantar e levar a minha loira-maravilha para a cama do amigo, já que ele não se importaria muito, enfiado que estava já com a cara entre as pernas da morena.
No quarto, Fernanda se despia muda para mim.


Seu corpo, assim como o de Aline, era a própria definição de beleza. Mesmo que ela não possuísse corpo tão delicioso, suas atitudes a colocavam como uma garota desejada de qualquer jeito. Sem grandes rodeios, sentou-se na cama e passou a procurar meu pau como se soubesse exatamente o que iria fazer com ele. E sabia mesmo!

Notei que ela própria representava uma fraude para a essência do 'Verdade ou Conseqüência', já que com aquele rostinho meigo, lindo e sensível não havia por onde imaginar que pudesse chupar um pau, menos ainda que o fizesse de maneira tão gostosa. Mas pra minha felicidade ela não estava preocupada com isso e sim em gerar prazer. Não por acaso meu gozo já estava próximo.

Estanquei o boquete para poder colocá-la mais para o centro da cama de forma que pude, então, mergulhar naquela bucetinha que tanto almejei. Os fios tinham uma coloração ruiva e o aroma era indescritível, algo como flores de um local protegido por deuses. Chupei gostoso, ora escapulindo com a língua pra dentro, ora massageando a superfície macia.

Ela gemia em sinal de sintonia. "Vem", pediu. Não precisou chamar de novo. Coloquei a camisinha com rapidez e encontrei minha ninfa de olhos fechados, ronronando. Nossas línguas se encontraram simultaneamente à entrada de meu pau em sua bucetinha úmida. Que delícia era aquela garota. "Fode sua putinha, fode", pedia ela com uma voz rouca perto de meu ouvido. "Que vagabunda gostosa você é... melhor que qualquer uma daquela faculdade", dizia.

Comer aquela gata era a realização de um sonho. Ela não decepcionava, mexendo, arranhando minhas costas. Por tantos tremores e gritos incontidos deduzi que ela atingia o orgasmo. Eu estava bem perto também quando ouvi um barulho estridente de toque de celular sem parar vindo da sala. "Pelo tipo de toque é meu namorado", informou. Resolvi ignorar, mas o corno ligava insistentemente e ia acabar atrapalhando a foda do Arthur.

Então, disse para ela esperar que eu pegaria o aparelho para desligar. Corri de pau duro até a sala e me surpreendi com a cena: Arthur metendo furiosamente no cú de Aline, de quatro no sofá, com os cabelos soltos, esvoaçados. "Estraga meu cuzinho" foi a última coisa que ouvi da morena antes de voltar para o quarto com o celular histérico. O visor piscava inquieto com o nome "Alessandro". Então, uma idéia perversa passou em minha mente enquanto entrava no quarto.

– Atende o cara – falei pra Fernanda.

– Como?

– Inventa uma história e diz que vai chegar atrasada.

– Oi, Alessandro? – atendeu a loira enquanto eu tirava a camisinha do pau. Logo passei a esfregá-lo entre seus lábios e o celular. Quando ela estava só ouvindo, o pau estava dentro da boca – Não, não... o trabalho era mais complicado do que a gente imaginava. Mas já estou terminando e aí eu passo aí pra gente se ver.

Enquanto ela falava, eu suspendia seus cabelos e passeava com meu caralho por sua nuca delicada. Ao terminar de mentir, segurou meu pau e mamou ainda com mais vontade, colocando tudo até a garganta e voltando para a ponta. Diante da selvageria gostosa daquele boquete não tive como segurar o gozo, que veio febril, ardente.


Em estado de torpor eu me apoiei em seu ombro para melhor contemplar a porra escorrendo por seu rosto, misturando-se às suas sardas. Não sei se a conseqüência de um belo orgasmo pode fazer com que uma mulher diga a verdade, mas Fernanda, auxiliada pela atmosfera sexual que imperava naquele quarto, falou em voz baixa que me amava.

– Mentirosa!

Néon


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