domingo, 27 de abril de 2008

Traições


Enquanto caminhava pelas ruas de Botafogo Glória ia pensando na vida. Sentia-se leve e feliz. Havia deixado Cláudio há poucos minutos e já estava com saudades.

A princípio achou que não daria certo. Tinham gostos muito diferentes. Ele gostava de dançar, ela de ler, ela queria namorar e ele não sabia o que queria. Mas ambos adoravam sexo. Este foi o ponto decisivo da relação.

Glória nunca tinha namorado um homem “mignon” até conhecer Cláudio. Baixo, magro e perfeito em todos os aspectos. A aparente delicadeza do namorado deixava-a louca de desejo. Literalmente desejava devora-lo de todas as formas. Estava apaixonada.

Pernas, bunda , seios e coxas em abundância compunham a opulenta baixinha. Alegre e muito divertida além de um apetite imenso para as maiores sacanagens.

Resolveu voltar no meio do caminho. Faria uma surpresa e tiraria uma dúvida que
estava atravessada em sua garganta. Cláudio havia praticamente colocado Glória para fora do apartamento.

O porteiro já era conhecido e ela foi subindo sem precisar ser anunciada. Tocou a campainha com insistência. Nada. Ligou e ouviu o celular chamando.
Tocou tanto que não houve jeito. A porta entreaberta, ele com cara de culpa, atendeu fingindo surpresa:- Oi amor, que aconteceu? Estava dormindo.
-Porque não me deixa entrar?

-Espere um pouco, vamos descer e conversar

-Acho melhor você abrir e eu entrar, os vizinhos já estão esperando o escândalo.

Pela porta entreaberta viu uma mulher com cara de assustada tentando se esconder na varanda.

Não havia nada que justificasse a traição. Era uma pessoa comum, sem graça e até mesmo feia:- mande esta vadia sair daqui, cinco minutos para não levar uns tapas e estou contando...

A outra saiu apressada, toda mal arrumada, Cláudio muito nervoso e atrapalhado não esperava esta reação:- E agora Glória? Vergonha. O andar todo está espiando pelo olho mágico.

- Engraçado, na hora de fazer suas trapalhadas não pensou nisso? De onde saiu esta coisa? É tua empregada? A tal diarista que você nunca deixou que eu conhecesse?

- Não. Era só uma amiga que veio me visitar. Você vê maldade em tudo, nem pude explicar

-Ela estava na banheira com você. O chão está todo molhado. Os cabelos da ordinária deixaram um rastro na sua sala. Mentiroso. Não entendo. Porque esta compulsão traidora?

-Não sei explicar. Eu a conheci na aula de dança de salão. É uma menina interessante, veio conversar e quis experimentar a hidromassagem.

-E você não ia fazer esta desfeita para a pobrezinha. Compreendo. Sabe o que é pior? Nunca fiz contigo metade do que tinha vontade sabia? Esta insegurança, sempre desconfiada, seus sumiços...

Cláudio era muito simpático. Atraía mulheres como um pote de mel. Era carinhoso e despertava o instinto protetor em todas apesar de não ser nem um pouco carente:

- Você é um pilantra da pior espécie. Você para mim morreu

-Eu não morri, estou aqui, pode gritar, xingar, fale a vontade. Eu mereço ouvir o pior. Mas antes me explica esta história das tuas vontades insatisfeitas.

- Agora não interessa mais. É tarde. Não vou fazer nada mesmo

-Mas veja bem, de repente era isso que estava faltando. Nunca conversamos sobre este assunto.

-Olha aqui, você nunca se queixou e para mim não era ruim.

-Mas não era bom. O que faltava?

-Ah Cláudio, faltava mais agressividade, sei lá, você ficava me tratando como princesinha delicada, gosto de um sexo mais selvagem entendeu?

-Tipo tapas e mordidas?

- Tipo você ser mais possessivo, tomar posse, gosto de sentir que sou conquistada

-Então tire esta roupa. Vou te mostrar o que eu também gosto

Glória estava com raiva. E muito excitada.
Mal arrancou o vestido e sentiu o abraço apertado, as mãos de Cláudio tocavam seu corpo apertando suas carnes.

O beijo foi profundo, longo, explorando a boca um do outro com urgência e desejo.
Despudorado abriu a vagina, apertou o clitóris entre os dedos arrancando um gemido alto, abafado pela boca que mordiscava seus lábios, face e pescoço, seios...
Glória tocava o pênis duro do namorado com vontade, sentia que ele estava trêmulo e cheio de tesão.

Foi forçada a descer e sentiu o pau invadindo a garganta. Atrapalhada quase engasgou com o esforço de continuar os movimentos.
Praticamente arrastaram-se até o tapete da sala e iniciaram uma sessão de chupões e mordidinhas. Tinham perdido a inibição e eram puro instinto.

Cláudio pegou o vibrador e passou a usar na mulher de todas as formas.
Alternava o brinquedinho com a língua e dedos. Gloria estava no céu. Nunca havia gozado tanto:- Nem sabia que você tinha isto Cláudio, porque não usamos antes?

-Não sei, achei que você não ia entender...esquece...

-Mas usava com as outras...

Pela primeira vez ousaram um anal com o vibrador na freqüência máxima enterrado na vagina. Os primeiros tapas estalaram deixando a bundinha ainda mais empinada:
- Era assim que você queria? Fala minha cadela, minha cachorra gostosa...

-Mais forte. Me come com vontade...

Os primeiros palavrões e xingamentos surtiram efeito. Glória e Cláudio finalmente sentiam-se liberados. Queriam ousar todas as possibilidades sem censura ou sentimentos.

Glória observou o namorado largado e exaurido.
Tão cedo não acordaria, e quando o fizesse ela estaria longe, distante daquele apartamento.

Aquela transa foi apenas para ele sentir o que havia perdido. Apesar do amor, sentiu-se humilhada com a traição e sabia que sempre seria enganada.

Cansada de tantas desculpas e mentiras preferiu terminar de vez a agonia. Bateu a porta do com força e saiu para nunca mais voltar. Levou o vibrador só por vingança.

sábado, 26 de abril de 2008

Na noite carioca


Por: Pedro Faria

Ele a avistou próxima do Copacabana Palace, na Avenida Atlântica. Ela era ruiva, usava uma mini-saia de vinil roxo e um top branco. Seus seios eram pequenos e seu cabelo era curto.
Ela era perfeita.
Sem dizer nada, ele parou seu carro próximo à ela e abriu a porta do passageiro. Ela fez sinal para sua amiga, que assentiu e voltou a se oferecer aos carros que passavam. A ruivinha entrou no carro e fechou a porta.
- Qual é o seu nome, querido? -, perguntou ela, tímida. Ou era muito nova na profissão, ou fingia muito bem.
- Papai. Apenas me chame de “papai”.
- Aonde vamos, papai?
- Fique quieta, querida.
- Sim senhor. Ela não disse mais nada.
Eles dirigiram por vários minutos. Durante o caminho, “papai” colocava a mão nas pernas da pequena ao seu lado, e ia subindo até a entrada de sua vagina, e pensava no que faria com ela. Ele já tinha tido várias putas como essa, magrinhas e branquinhas, de peitos pequenos. Lembravam a ele sua filha. Para falar a verdade, ele ainda preferia sua pequena Irina, porém ela se certificou que ele nunca mais a tocaria, cortando seus pulsos na banheira.
“Primeiro a foderei, depois talvez eu a estrangule ou esfaqueie. Ainda não sei qual dos dois”, era o que ele pensava durante sua viagem. Ela, por outro lado, ficou quase que completamente calada, fora alguns gemidos que soltava quando o dedo dele roçava em seu clitóris.
Chegaram à uma área florestada, na Tijuca. Estavam completamente sozinhos.
Ele removeu a capota do carro e mandou ela se sair. Ela se levantou, calada, e ele logo a seguiu. Abraçou-a próximo a si, segurando em suas nádegas.
- Agora você vai agradar o papai, não vai, querida?
Ela olhava para baixo. Ele segurou seu queixo, levantou sua cabeça e olhou em seus olhos. - Não vai, querida? - Sim, papai. -, foi sua resposta. Ele ficou mais alguns segundos esfregando-se nela. Então, sentou-se no banco traseiro e mandou ela se ajoelhar.
Abriu sua calça e retirou seu pênis. Notou os olhos dela se arregalando. “Um bom toque”, pensou ele. Não era tão grande assim. Ele sabia que ela estava fazendo um teatrinho. E adorava.
- Agora, chupa o papai, chupa.
Reclinou-se e fechou os olhos enquanto ela timidamente segurava seu pau, movendo o prepúcio para cima e para baixo.
- Sim, sim -, murmurava ele.
Ela passou a punhetar mais rápido, lambendo ao redor da glande. Depois, começou a chupar, enfiando o pau até o fundo de sua garganta.
Ele adorou. Ela mantia seu pênis em sua garganta, e fazia movimentos de engolir. Ele, reclinado em bancos de couro já acostumados a receber corpos de putas mortas, pensava em mil maneiras de vióla-la, após sua morte.
“Fazer um buraco em sua bochecha e foder ali mesmo... é uma boa. Ou então comer seu cú até as pregas rasgarem. Mas tudo ao seu tempo”.
Enquanto isso, ele, deitado de olhos fechados, sentia algo que nunca havia sentido antes. A maneira com a qual ela chupava, era celestial! Ele sentia que seu pau ia explodir, de tão bom que estava.
Visões de morte permeavam seu pensamento. Era um psicopata, e adorava isso. Mal sabia aquela pobre putinha, que iria morrer depois de ser fodida.
Sentindo um êxtase até então nunca sentido, ele abriu os olhos e olhou para baixo.
Era no mínimo engraçado.
Os olhos da menina haviam mudado. Tinham se tornado negros, completamente. Sua testa adquiriu rugas estranhíssimas, quase que inumanas.
Quase não, inumanas mesmo. E o mais estranho não era isso.
A boca dela tornara-se um buraco negro. Ele se viu quase meio corpo para dentro dela, porém não sentiu isso. Sentiu o maior dos prazeres que já havia experimentado até então.
Ele se viu afundando cada vez mais, e pensou na ironia que era a vida.
“Não parece uma maneira tão ruim assim de morrer”, pensou ele.
“Ah, mas é”. Ele ouviu isso em sua mente, uma voz tão horrível, que mesmo essas poucas palavras lhe causaram um terror que nunca sentira antes.
Após ouvir isso, a dor começou.
Ele começou a gritar. Parecia que estava entrando em um triturador de lixo. Seus pés foram primeiros, estilhaçados. Suas canelas, joelhos, coxas. Quando chegou a vez de seu pau, a dor já se misturava em um turbilhão em seu cérebro, e ele não distinguia mais nada. Ela, por seu lado, gemia e soltava sons de prazer.
Enterrado até o pescoço, triturado da cintura para baixo, ele olhou nos olhos dela. Negros como a noite.
“Eu como por fome. Mas você, eu comerei por diversão”.
E ele afundou completamente naquele poço da morte, já morto quando sua cabeça entrou por fim na boca daquele demônio.
Ela se levantou, boca de tamanho normal, olhos verdes e testa lisinha. Olhou para o carro do homem a quem acabara de ingerir.
E sorriu, saciada e contente, antes de voltar para seu ponto, curiosa para saber se sua amiga também se dera tão bem naquela noite.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

By Fru Fru


Rapto

Seus dedos mergulhados em mim,
taça transbordante

lembro, como se fosse ontem.

Meus dedos dentro da sua camisa,
aperto seu mamilo até doer, passeio por seus pelos...

- shhhhhhhh...como eu queria que fosse a língua...

minhas mãos pequenas, dentro da sua calça...
(como elas são pequenas, pra segurar o que tem dentro da sua calça)

minha boca roçando o canto da sua boca...
sua boca tomando a minha...
sua língua... nunca provei mais gostosa...
a sua língua me molha inteira...

tudo em você me transborda...

- shhhhhhhhhhhhhhh
faz você no meu ouvido
e mal consigo abafar meus gemidos...

aperto seu pau e digo:
- quero tudo na minha boca...

você quase goza...

Ai, se não fosse um taxi,
já estava em seu colo e sem roupa.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Imprópria

Na adolescência minha mãe acreditava que eu era uma menina muito nervosa, ansiosa demais. Eu roía as unhas sem cerimônias, mas o motivo era muito diverso. Soubesse ela que unhas compridas machucavam quando eu me masturbava pensando em outras meninas, ou que quando comecei a tocá-las, e a ser tocada, percebi o quanto era importante ter as pontas dos dedos mais lisos...

Ah, o tempo... Não sei dizer no que ela acredita hoje... Se apenas finge não ver o óbvio, ou se pensa que sou só mais uma dessas mulheres tristes e bem-sucedidas. Uma quarentona sem filhos e família que trocou tudo pela carreira e pra parecer mais um homem que a filha que dá netos. Eu, parecendo um homem? Certo.

Gosto dos homens, geralmente do jeito que são. Quantas vezes já não fui procurada por ter aquilo que nenhum homem jamais terá? Nem tenho conta pra isso. Carinho e cumplicidade, saber o que fazer na hora certa. Não é coisa para homens, sejamos sinceras.

Há! Tenho esse sério problema, não? De me perder nas lembranças quando estou transando. Nossa! Preciso dar um jeito nisso. Não que seja ruim lembrar as coisas, ou pensar um pouco nesse momento, mas, sei lá... É estranho!

Tá, Vivian, pensa no que estava fazendo agora, mulher! Ela já vai voltar da cozinha... Mas, também, você tinha que derramar a garrafa de vinho?

... e como não? Ela me ergueu no balcão (menina atrevida!), a mão debaixo das minhas saias, explorando a Branca todinha (tá, você tem um nome pra vagina, e daí? Não vá pensar nisso agora, mulher!). E que beijo, garota! Fui perdendo o ar, quase desfalecendo, segurando os seios excitados de menina nova. Eu ia gozar ali, sem nem sentir mais que um pouco de pele da garota, e pumba! A garrafa ao chão, meu vestido todo manchado! Ai que ódio!

Clara foi toda prestativa; foi atrás das coisas de limpeza, me mandou pra cama e não deixou que eu fizesse mais nada. Obedeci! Adoro essas manias de meninas de controlarem a situação que não precisa de controle, ficam tão lindas, e sérias. Antes de me deixar partir, ainda me pegou por trás, tocando-me e me beijando. Que louca!

Agora estou aqui, que não sei se espero apenas, ou se me preparo para qualquer coisa; se mostro o quanto a Branca está cheia de tesão por essa doidinha...

Ai, Clara, Clara. Se sua mãe soubesse que você sobe pra meu apartamento pra fazer muito mais que conversar sobre o estágio no escritório... Doidinha.

Hum... Aqui vem ela, só de avental, né? Sabia que tava pensando em algo. Vem cá, roça em mim, roça! Deixa eu te sentir molhada. Toca, brinca! Hora da tia Vivian mostrar algumas coisas...

sábado, 19 de abril de 2008

Sardas

O indicador estava dolorido de tanto acionar o teclado do telefone, mas a busca de Hélio ainda não findara. Loira, cerca de 25 anos, pele branquinha e, importante, sardas. Sardas a salpicar o colo e as costas, feito ilhotas em um arquipélago de melanina. As sardas eram fundamentais. Outros detalhes eram secundários. Fernanda lhe revelara sua constelação de manchinhas no dia em que aparecera no escritório trajando um tomara-que-caia. Nunca soube ao certo se ficara obcecado pelo colo pigmentado de Fernanda ou se a ocasião tão somente apertara o gatilho da paixão.
Fernanda, colega de trabalho, mulher que Hélio julgava inconquistável devido a sua insignificância e nulidade como ser humano. Considerava-se um homem sem atrativos estéticos, financeiros, sujeito sem glórias, destituído de personalidade ou carisma. Um nada, um covarde. Um covarde que amava platonicamente.
Muitas garotas de programa interrompiam a ligação, creditando a Hélio taras inimagináveis, contudo, após exaustivas buscas, encontrou uma sardenta disposta a ser sua Fernanda. Chamava-se Amanda, certamente, nome de guerra.
As portas do elevador abriram-se no quinto andar de um fétido prédio na Barata Ribeiro, antigo 200. Hélio deslizou pelo corredor cujas intermináveis portas lhe presentearam com a sensação de Teseu no labirinto. Na 512, acionou a campainha. Uma loira miúda, corpo camuflado por um roupão amarelo, atendeu. Não tinha cara ou trejeitos de prostituta, pelo menos assim concluiu Hélio que estereotipava a velha profissão.
Amanda o convidou a entrar em uma quitinete microscópica onde mal cabiam a cama de casal e um armário de portas empenadas. Sugeriu que Hélio ficasse “à vontade” e, enquanto zanzava pelo quarto tagarelando sem parar, deixou cair cinematograficamente o roupão, revelando um corpo alvo, cândido, quase pueril. Lá estavam as sardas tão ambicionadas por Hélio. Sardas de Fernanda. Para Hélio, bastava.
A prostituta ajoelhou-se na cama ao lado de um Hélio que insistia em permanecer vestido. Desempenhado com maestria seu papel, ela abriu levemente as pernas, revelando uma boceta rosadinha, depilada, combinado com o rosáceo dos seios.
— Gosta?
— Sim... Você tem um vestido tomara-que-caia?
— Quer uma fantasia, hein? safado...
— Quero que você se fantasie de Fernanda.
Por algumas horas Hélio passeou de mãos dadas com Amanda, que se passava por Fernanda e levava na certidão o registro de Maria Cláudia. Andaram pela orla de Copacabana, tomaram sorvete num quiosque, viram o sol se pôr às costas da Ponta do Arpoador, visitaram a feira hippie. Amanda/Fernanda/Maria Cláudia estava encantadora em seu vestidinho. O homem realizou naquele fim de tarde, princípio de noite, o sonho de namorar seu simulacro de Fernanda, ainda que pagasse por isto.
Mas ao chegar a portaria do antigo 200, Hélio percebeu que não mais amava Fernanda, não dera a mínima para a boceta rosada de Amanda e se apaixonara por Maria Cláudia.
O encanto foi quebrado por uma mão estendida, cobrando o combinado pelo programa. Pagou o prometido, virou as costas para a Amanda profissional do sexo sem sexo e quase percebeu sua voz a debochar.
— Tolo...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A CASA DO PENHASCO

Sofia morava em uma casa imensa, enorme palacete à beira de um penhasco que dava vista para o mar. Suas paredes lisas desciam íngremes em direção às águas tempestuosas do mar que batia nas rochas lá embaixo com grande estrondo.
Ela adorava o som das ondas batendo nas rochas e costumava ficar horas sentada em frente á janela de seu quarto que ficava nos fundos da mansão ou no terraço que se abria do imenso quarto. Ela mesma escolhera aquele por ser grande, iluminado e bem afastado do dormitório de seus pais e dos aposentos da criadagem. Sem falar do terraço onde podia tomar sol nos dias de verão e olhar o mar sem fim, o por do sol e as mudanças da lua em sua trajetória pelo céu. Ah, as estrelas, havia milhares delas, brilhantes e distantes.
Sofia era uma moça simples, de beleza sutil. Sua mãe vivia dizendo que ela devia engordar ficar mais sensual, que devia pensar em se casar em breve.
Ela já havia conhecido seu pretendente, um belo jovem filho de um grande mercador e ficara contente por ele ser bonito e gentil. O casamento ainda iria demorar um pouco, o que era um alívio. Ela não gostava da idéia de ter intimidades com alguém que mal conhecia.
Estes pensamentos flutuavam em sua mente, enquanto seus olhos percorriam o horizonte que estava rubro como sangue, ao entardecer daquele dia. Logo a lua viria redonda, amarela e brilhante surgindo do horizonte, lentamente, hipnotizando os que vissem tal cena majestosa.
Já havia jantado e logo mais todos iriam se recolher aos seus aposentos e tudo ficaria em silêncio, só ela e a Lua em mais uma noite quente. Suas roupas estavam coladas ao corpo quase juvenil, mas que já tinha curvas bem femininas e pronunciadas. Ela estava pronta para amar. Sim, ela sonhava com o amor, com o que acontecia entre homens e mulheres.
Havia sido criada praticamente isolada das pessoas. A casa era bem longe da cidade.
Fora educada por uma velha preceptora que, finalmente, havia terminado sua educação e partira, voltando a morar com sua filha única em Londres.

O tédio a invadia, uma languidez que a deixava mole.
Resolveu tomar um banho. A tina já estava cheia com água morna, deixada há pouco por sua criada.
Lá fora o céu já estava escuro e a lua despontava no firmamento. Lá longe, vindo do horizonte alaranjado um pequeno vulto vinha voando em direção ao penhasco iluminado pela claridade da lua.
Solitário.
Silencioso.
Sedutor.
Mortal.

A água estava uma delícia, como sempre. A criadagem era muito bem treinada e já trabalhava há anos para a família. Todos a haviam visto crescer, tornar-se mulher e tinham um carinho especial pela filha única do casal. A senhora não havia mais podido ter filhos depois do parto complicado de Sofia e o senhor sentia-se frustrado por não ter tido o filho homem que continuaria sua obra, mas estava feliz com o noivo que arranjara para ela. Bom rapaz, trabalhador logo teria sua própria fortuna. Sua filha estava em boas mãos.
As mãos ensaboavam a pela macia com certa luxúria, nestas ocasiões de lua cheia ela ficava um tanto inquieta com as sensações que seu corpo passara a sentir desde sua adolescência e que cresciam a cada dia. Suas pernas abriram-se quase que automaticamente enquanto dedos ávidos procuraram o local certo. Ela fechou os olhos e entregou-se ao prazer que assolava seu corpo, sua pele arrepiou-se inteira quando ela chegou ao orgasmo e gemidos abafados saíram de sua boca de carmim.

No terraço escuro, pela janela aberta, dois olhos brilhantes e vermelhos observavam-na sorrateiramente, com cobiça, com profundo desejo. A fome corroía-lhe as entranhas. Mas antes de matá-la, iria divertir-se um pouco com ela. Linda garota, cabelos longos e brilhantes, castanhos, caindo molhados nas costas nuas enquanto ela se levantava e se secava com a toalha macia, lentamente, saboreando o prazer de se tocar em cada pedaço de seu corpo maravilhoso.
Quando saiu da banheira, sentiu pela primeira vez a sensação de estar sendo observada e um calafrio percorreu-lhe a espinha. Não, não era possível que algo assim acontecesse, o terraço ficava na parte mais lisa do penhasco. Devia ser impressão.
Secou-se e vestiu uma camisola bem leve e transparente, penteou os longos cabelos e resolveu ir ao terraço olhar como a lua estava naquele momento.
Ao abrir a porta, um grande morcego negro voou penhasco abaixo e sumiu na escuridão. Ela nunca havia visto um morcego daquele tipo em suas terras antes. Apenas os pequenos e marrons que comiam as diversas frutas que havia em seu pomar. Mas aquele era enorme, assustador.
Resolveu entrar e dormir. O calor era um pouco sufocante apesar da brisa que entrava pela janela e resolveu deixá-la aberta para que o ar entrasse mais livremente refrescando o ambiente.
Deitou-se em sua cama de lençóis brancos e macios. Apagou a lamparina e a penumbra invadiu o quarto deixando a luz da lua entrar macia e prateada.
Fechou os olhos e tentou dormir quando um barulho no terraço chamou sua atenção. Era um rufar de asas. Leve e quase imperceptível. Levantou-se imediatamente e correu em direção ao terraço quando seu sangue gelou nas veias. Um homem pálido e de longos cabelos negros vestido em roupas bem cortadas e uma capa que o protegia do vento noturno estava parado em frente à porta. Ele era belo, apesar da palidez exagerada e do brilho estranho e avermelhado em seu olhar.
Ela tentou correr de volta para o quarto, mas o olhar do estranho homem a hipnotizava, a mantinha presa ao chão.


Ele aproximou-se lentamente e com suas longas unhas rasgou a fina camisola em tiras, arrancando-a em um solavanco que a levou ao chão. Ele pegou-a no colo e entrou no quarto escuro. Empurrou-a na cama com força abrindo-lhe as pernas com violência o que a fez gemer sem querer ao sentir-se exposta daquela maneira a um homem, e pior, um estranho.
A boca dele percorreu desde seus pés pequenos e delicados, subindo pelas pernas até chegar a seu púbis de fartos pelos, a língua ágil tocando nos lugares certos.
Não havia como resistir e ela entregou-se a ele de corpo e alma em orgasmos poderosos e seguidos.
Ela não opôs resistência quando o membro dele, duro e gelado, a penetrou de uma só vez arrancando-lhe um grito de dor e prazer. O sangue escorria entre suas pernas, sua virgindade não existia mais, mas ela não se importava, estava cega e subjugada pelo estranho e só queria senti-lo entrando e saindo dela num ritmo frenético. Quando ele jogou seu esperma negro dentro dela as presas brilhantes apareceram e se grudaram ao pescoço, rasgando a pele delicada, o sangue cobrindo os lençóis antes imaculados. De nada adiantaram os gritos desesperados que saíam de sua garganta despedaçada. A boca do vampiro grudou-se ao ferimento e sugou, sugou o sangue morno e cheio de adrenalina do prazer que ele lhe proporcionara. Assim era muito mais gostoso, o sangue ficava com um gosto irresistível.
E as presas continuaram sua destruição despedaçando, desmembrando. O coração ainda pulsante em suas mãos enquanto o comia inteiro.
A massa disforme e vermelha em cima da cama, em nada lembrava Sofia, a bela garota. O sangue praticamente todo drenado. O resto, manchando o branco antes tão alvo dos lençóis macios.
Um sorriso cruel surgiu no rosto de Bóris, o vampiro sem piedade.
Estava saciado, satisfeito.
Dirigiu-se à porta do terraço e suas longas asas abriram-se na escuridão e ele pulou, voando raso sobre as águas escuras deixando para trás destruição e dor.

By Ana Kaya, the vampire.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Carreira

Foi pego de surpresa. Ao entrar no elevador ela estava lá. Linda, alta, a morena escultural, e sorrindo, sempre lhe sorrindo. Sorria como se conhecesse todos os seus pensamentos e seus desejos. Sorria como se soubesse de seus medos e limitações, da sua timidez, e do embaraço que lhe causava.

A porta fechou, estavam sós. Ele repassou mentalmente todo o diálogo ensaiado, como falaria, os trejeitos, os gestos, tudo. Até a forma do beijo, a posição das mãos, a procura em seu corpo, o toque em seu sexo aveludado, em sua umidade, seu fogo interno. Mal ouviu quando ela lhe cumprimentou. Respondeu bom dia, mas sua voz não saiu. Estava ruborizado. A garganta lhe apertava, e se asfixiava ao sentir o perfume que ela usava. O mesmo perfume que já conhecia, o perfume que estava sempre presente em sua imaginação. Não se conteve, não conteve a ereção.

Ela continuava a sorrir, agora lhe devassando com o olhar, que parara em suas calças. Ela, a morena dos seus sonhos, notara-lhe o volume, e sem nada dizer, segurou-o com as duas mãos pelo rosto e deu-lhe um beijo, o melhor beijo de sua vida. Ele entregou-se ao momento, suas pernas tremiam, seu sexo pulsava dentro das calças. – Que se foda o diálogo, pensou. Não há mais nada para ser dito. Agarrou-a pela cintura, a mão esquerda na bunda, a direita prendeu no pescoço, por sobre os ombros. Puxou-a mais para si. As línguas em embate ferrenho, ora em sua boca, ora na dela. E ela gemeu. Sonhara com este momento. Tudo o que queria dela era que ela lhe revelasse o gemido, o gemido de prazer. Estava feito. Faltava apenas desvendar um último segredo.

Pôs a sua canhota por entre as coxas dela, que ofegou. Subiu e a descobriu sem calcinha, molhada, macia, e aveludada. Sim, era como imaginava, macia, quente e aveludada. Aventurou-se dentro dela com os dedos, e ela lhe mordiscou o lábio, sussurrando entre dentes: - Safadinho, era isso que você queria? Si..sim, disse, não se contendo, gozando dentro das calças. Ela abraçou-o forte, riu-se, satisfeita com o resultado, e ordenou-lhe: Quando chegarmos lá em cima, vá ao banheiro, arrume-se e se apresente em minha sala, menino. Tens muito que aprender, mas vejo que tens futuro. Ganharás uma promoção. A partir de hoje não serás mais office-boy.

domingo, 13 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Língua

tua língua ávida
suculenta e ansiosa,
seduz o corpo quente
estirado na cama,
passeia distraída
por entre pernas,
invade orifícios
camuflados,
percorre desvairada
deserto em pêlo,
procura lasciva
a fonte do gozo,
suga o sumo
que jorra violento
no céu da boca.
Extasiada, ainda
lava o cara
num banho
de gata.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

UMA VEZ APENAS - ALIAN MOROZ - Escritor Convidado


As regras eram aparentemente simples . Haviam acertado muito antes de ajeitarem o encontro. Miriam estava com uma sensação emaranhada, tremelicante. Fábio nem tanto, mas admitia para si mesmo a empolgação. A desculpa fornecida em casa já liberara o caminho. A esposa acreditava sempre, afinal, era ele, um dos mais respeitados professores da Faculdade de Filosofia e Letras de Guararapes. Miriam olhou para o relógio com um olhar atravessado, logo depois de estacionar o carro em um dos Centros comerciais da cidade. O sobretudo balançava ao sabor do vento gelado, característico da época.. Tinha ainda um tempo antes de encontrar Fábio. Remete-se então a uma cafeteria perto da entrada, bem ao lado da loja de sapatos. Fábio está contornando o último desvio e está em vias de estacionar o pequeno automóvel. A mão estica ao encontro do aparelho celular.

–Miriam...sou eu.! Estou aqui no estacionamento inferior. Tá, eu espero , mas não demore, sabe como é... de repente passa algum conhecido ...

O ponteiros caminham e Miriam bate no vidro do automóvel de Fábio. Ele destrava a porta enquanto ela entra rapidamente. Os olhares não se encontram. Timidez? Remorso? Talvez não, a vontade era maior. Ele aciona o motor e segue para o portão secundário. Menos movimento, menor a chance de ser visto. Um aroma de café enche o interior do carro.

–Arrependida?

Ela não responde .

–Droga!–pensa ele - Isso é pergunta que se faça. Sou um imbecil mesmo.

Miriam o olha de esguelha.

–Nós combinamos , então está feito. Confio em você.–comenta Miriam

Ela está com os cabelos presos , mas Fábio sabe o quanto ela fica sensual quando solta aqueles fios compridos ,deslizantes, douradamente deslizantes sobre os ombros.

Conhecera Miriam já no segundo ano em que estava lecionando na Faculdade. Ela já era veterana, e foi uma das poucas a recebê-lo com cortesia. A antipatia profissional entre letrados parece ser congênito.

Miriam esboça um sorriso enquanto lembra sobre o casamento com Lucas. Dois filhos, vida estável, almoços de domingos com parentes e amigos , enfim uma sociabilidade mediana completa. O marido era um homem correto, bom pai e amigo. Fábio o conhecia e isso atrapalhara um pouco os planos. Miriam tinha um desejo ao qual homens bons, ou corretos, não poderiam ajudá-la, não que Fábio não o fosse , mas durante as conversas que tiveram nos intervalos de aula, motivaram esse encontro furtivo. Ela , como professora, mulher feita , tinha o direito de satisfazer suas vontades , nem que fosse por uma vez apenas.


Em alguns minutos estavam adentrando pelo jardim do suntuoso motel perto da rodovia. Os olhares não se cruzaram novamente. Uma repentina timidez apossou-se de ambos. Fábio, homem experiente que já vivenciara dentro de quatro paredes todos os prazeres possíveis , foi tomado pelo sentimento lívido. Fora um pedido da amiga . Queria ,ela, desfrutar de tudo que seu corpo fosse possível sentir em forma de prazer.

Entraram pelo quarto, com paredes rosáceas. Ela foi para o banheiro e ele caminhou até o frigobar em busca de algo forte. O som a meio tom rebuscava os pensamentos

Miriam demora, ele vai buscá-la. Para sua surpresa ela está ainda vestida, encolhida no canto direito do lavabo.

–Você quer ir embora?–indaga ele.

Os olhares finalmente se cruzam.

–Não...–responde ela com voz rouca.

Ele estende a mão ap encontro dela e a puxa para si.

–Tem certeza?

–Sim Fábio. Eu quero tudo ...

Ele a segura pelos cabelos , soltando-os abruptamente, ergue-a no colo e a leva para a enorme cama redonda. Joga-a sobre a mesma e livrando-se das roupas com enorme agilidade deita sobre ela,abrindo caminho entre os panos e sobretudos com aroma de café. Sua língua trabalha por todo o corpo dela indo parar em seu sexo. Miriam não conseguia descrever a sensação de ser invadida pela língua de Fábio. Os seios enrijeceram quando ele acertou o ponto importante e desconhecido e ela gemeu.,como nunca gemera antes. Perdera a noção do tempo e espaço e quando se deu por conta estava sentindo Fábio sobre ela ,comprimindo seu corpo contra o colchão.

–Mais forte ! Mais forte!

Era sua essa voz? Perguntava Miriam em vão.

–Vira , pediu Fábio , vou te ensinar uma coisa , vai doer um pouquinho , mas logo você vai adorar.. Ela acreditou e urrou de prazer. Pedia cada vez mais alto–Mais forte , eu quero tudo!! Os corpos colaram em um suor pegajoso,e Miriam entendeu o que era prazer e dor.


Tudo era mágico,o membro de Fábio inteiro em sua boca lhe dava uma sanha de sugá-lo inteiro para dentro de si. Isso era o prazer, de verdade , sem pudor; tinha direito ,era mulher, era independente ,era boa esposa , boa mãe , era de carne e osso.


Muitos meses se passaram antes que Fábio e Miriam trocassem um olhar novamente. Ninguém estranhou esse afastamento, visto que ambos nunca foram chegados. Ele continuou contando verdades para a esposa e ela teve o seu momento, forte o bastante para levar uma vida normal e continuar a cuidar da família; afinal era, Professora Miriam, uma mulher tímida. . ,.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Flat - Juliano Guerra Pereira / Escritor Convidado


Flat


Respirações ofegantes, gemidos. Escuro, aqui. Ouço o som conhecido de uma cama rangendo, gritos entrecortados que vão se tornando mais agudos. Algumas palavras murmuradas na súbita calmaria. O abandono, posso ouvir os egos feridos se arrastando um pra cada canto do colchão.


Lanço os punhos contra a madeira dura – “Quero sair!”, bobagem. Escuro, aqui. Ouço a porta se abrindo e fechando, devagar, depois o som do chuveiro sendo ligado. Isso dura pouco tempo, daqui não dá pra saber quanto. Conto até quarenta e sete. A porta se abrindo, passos fortes, imagino um búfalo entrando, ela solta um gritinho rouco. Ouço a cama cedendo ao peso dos dois, com alarde.


Esse gosta de dizer palavrões, de dar ordens, também. “Tira essa calcinha”, ele diz. “Vem cá, sua puta, vem me chupar, vem”. Ouço os gemidos abafados dela, aquele “hm” que se faz quando o sorvete está bom. Ele pragueja o tempo todo: “Vai, piranha”, “Porra, é isso, é isso”. “Fica de quatro”. A cama se adaptando, a cama se adaptando o dia todo. O som da carne contra carne, cada vez mais rápido. Urros graves como os de um boi ferido vão se acelerando até resultarem num só, longo. Ela não fez som algum, nada.


No escuro, vejo as formas dela. Como deve ser, cria de Afrodite. Imagino-me sobre ela, seus seios alvos na minha boca. Ela me pedindo coisas: “Isso, agora tu quer me comer por trás?”. Eu relutante, ela implorando: “Por favor, come a minha bunda”. É assim toda noite, no escuro.


Súbito, o som inconfundível de um tapa. Um grito. “Seu filho da puta!”. Encolho as pernas rápido, me concentro para ouvir melhor. Mais tapas, depois um som duro. Ouço o baque surdo de um corpo contra o chão. O corpo dela contra o chão. Alguém cuspiu. O som da carne contra a carne, cada vez mais rápido. O urro de boi, asqueroso. Então um choro, baixinho. A porta batendo. O choro.


Abro a porta do armário embutido, acendo a luz, pego alguma coisa pra comer. Mais tarde volto pra escutar um pouco. Mas ela vai sobreviver. Isso acontece de vez em quando. É assim desde que eu me mudei.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Mais velhas - Final



Mari pulou rapidamente da cama redonda, como uma ratinha cega seguindo o flaustista de Hamlin em direção à morte.

Ju a esperava sentada no box do banheiro com aquele sorriso sedutor de tirar o fôlego. Agachada, de pernas abertas, deixava a água escorrer pelos cabelos louros, contornando os seios generosos e brancos, coloridos com manchinhas roxas (consequência das brincadeiras anteriores). Ela parecia se deliciar com a cachoeira artificial sobre sua cabeça.

- Ju... desculpa te trazer nessa espelunda, sem banheira...
- Relaxa, Sapinha, vem cá! - Disse ela, levantando-se e estendendo a mão para a amiga.

Ao olhar para os bicos rosados, que se assemelhavam a duas torneiras pingando água, Mari sentiu sede. Ju abraçou-a pela cintura e a beijou. Mari retribuiu, mas não conseguia pensar em outra coisa, senão tocar, beliscar e abocanhar o par de seios hipnóticos.

Mari chupava os seios de Ju que por sua vez, massageava devagar o clitoris de Mari, sem penetrar-lhe os dedos. Conforme a excitação da amiga, Ju aumentava o ritmo da massagem, arrancando da outra, gemidos de prazer e agonia.

Mari adorava gozar em pé. A intensidade do orgasmo fora tamanho, que ela não conseguiu suportar o peso do corpo e escorregou pela parede até o chão. Estava exausta, mas Ju, insaciável, acomodou-se entre as pernas de Mari, numa posição 69, e sugou o gozo da amiga. Só sossegou depois de gozar na boca cansada da morena, que não tinha forças sequer para engolir a própria saliva.

- Você está babando, Sapa! É uma sapinha, mesmo! – comentou Ju, rindo.

Mari queria parar o tempo e evitar a despedida, mas o fim era inevitável e ela só desejava não ter que ouvir “aquilo” que detestava... “Dela não, por favor... Dela, não...” – pensava, olhando para as teias de aranha que enfeitavam o teto do banheiro.

- Sapinha, essa noite foi maravilhosa, você é uma tentação... mas tenho que ir pra casa, meu marido já deve estar maluco...
- Tudo bem, Ju. Eu te levo em casa. Assim que eu conseguir levantar...
- Sabe... meu marido e eu temos vontade de transar com outra mulher... ele vai te adorar, tenho certeza. Você é muito gostosa.
- Ju, eu sou lésbica, não gosto de homem, linda. – disse, com um nó na garganta.
- Ahhh... que pena...

Aconteceu outra vez... sempre que saía com uma bissexual, a história se repetia. Sempre sentia-se usada, pois no fundo, elas só queriam testar a possibilidade de um ménage para apimentar a relação com seus homens. Com Ju não havia sido diferente. Era hora de colar os caquinhos e se conformar.

domingo, 6 de abril de 2008

Nosso Primeiro Ménage



Olá, leitores da Revista Swing & Ménage Sex Total. Para narrar minha história, por razões óbvias, usarei nomes fictícios de pessoas e lugares.
Digamos que eu e minha esposa nos chamamos Mário e Paula. Tenho trinta anos, sou branco, 1,73m de altura, magro. Ela tem vinte e cinco anos, mas com corpinho de vinte e um: alta, loira, seios fartos com mamilos apontando para o céu, boca carnuda, olhos verdes grandes e sedutores, uma linda bundinha empinada. Um tesão! Casamo-nos jovens, ela com vinte, eu com vinte e cinco anos. Sempre curtimos muito o sexo. Transávamos quase o tempo todo: no quarto, na sala, na cozinha, no banheiro, no quarto de ferramentas, na piscina, na varanda, no carro, no elevador, na obra abandonada, no motel barato, no cinema, no estacionamento, embaixo da ponte, atrás do muro, no terreno baldio... Era sexo sem parar.
Também gostávamos muito de assistir a filmes de sacanagem, especialmente do gênero "gang-bang". Aquele monte de paus revezando-se e fodendo a atriz na boceta, no cu, na boca, esfregando em seu corpo, gozando na cara até deixá-la completamente coberta de porra era muito excitante, alimentava nossas fantasias e fazia o sexo - que já era bom - ficar ainda melhor.
O tempo passou e, em uma noite especial - completávamos um ano de casamento - após mais uma foda fenomenal, decidimos nos dar um presente: realizaríamos uma de nossas fantasias. Como não podia deixar de ser, concordamos em fazer um ménage à trois masculino: eu a compartilharia com outro homem. Passamos, então, ao processo de seleção. Entramos em vários chats de sexo, conversamos com muitos babacas que só queriam zuar com a nossa cara, adolescentes curiosos e homens desinteressantes, carentes de atrativos. Semanas depois, cansados, desanimados, achando que nunca encontraríamos o parceiro ideal, eis que surge Jorge e seu sugestivo nick: Pirocudo Comelão. Mulato, alto, trinta e oito anos, "despachado", e bom de papo, demonstrou ser experiente no tipo de sacanagem que buscávamos. Envolveu-nos. Cativou-nos. Enviou fotografias. Disse tudo o que faria com Paula que, por sua vez, ficou interessadíssima. Percebi que finalmente a putaria ia rolar.
Combinamos o encontro no Bar Bacante, localizado na zona sul de São Paulo. Na data acertada, logo pela manhã, Paula me abraçou, roçando sua bocetinha peladinha na minha perna, qual uma cadela no cio, e disse no meu ouvido com aquela voz lânguida: "É hoje, meu amor. É hoje que você vai ver sua putinha dando pra outro, gozando no pau de outro macho." Meu pau endureceu na hora. Ela, então, deu-me um gostoso beijo na boca e saiu de casa rebolando, dizendo que iria comprar "roupas especiais". Horas mais tarde, quando regressou, quis ver o que havia comprado, ela não permitiu, disse que era surpresa.
Foi o dia mais longo de minha vida, as horas custavam a passar. Paula, a todo instante, provocava-me com frases do tipo: "Você vai ver, vou ficar muito puta pra ele. Vou chupar o pau dele bem gostoso, colocá-lo inteiro na boca, vou mamar o pau dele até ele gozar. Você vai deixar eu beber a porra dele, vai, meu amor?" Eu sempre respondia que sim. "Quero dar a bundinha pra ele. Quero que você abra minha bunda e mande ele meter com força, enquanto você só olha. Vou rebolar bem gostoso com o pau dele todo dentro do meu cuzinho. Você vai gostar de ver sua putinha rebolando em outro pau, vai, meu amor?" Eu sempre respondia que sim. E assim, vagarosa e torturantemente, o dia deu lugar à noite.
Estávamos ansiosos. Ansiosos e nervosos. Afinal, era a primeira vez. Não conhecíamos o tal "Jorge Comelão", sabíamos apenas o que ele havia transmitido durante nossas conversas no MSN. Ademais, a sensação de estar fazendo algo proibido dava um quê de conspiração à porra toda. Era como se estívessemos prestes a cometer um crime, o que aumentava ainda mais o tesão. Isso fez com que eu já estivesse pronto duas horas antes das 21:00 h, o horário combinado. Paula olhou para mim, fez aquela cara de safada que eu tanto adoro e disse: "Tá ansioso, tá, meu amor? Tá doido pra ver sua putinha dando pra outro, não?" Despiu-se, pediu para eu aguardar na sala e abriu o chuveiro. Liguei a TV mas não consegui me concentrar na novela. Meu pau latejava, duro como pedra. Meia hora depois, ela me chamou: "Vem, meu amor. Vem ver sua putinha vestida para matar." Corri para o quarto e tive que me segurar para não agarrá-la e comê-la ali mesmo. Paula estava simplesmente estonteante: espartilho, meia sete oitavos, cinta-liga, luvas, uma minúscula calcinha, tudo vermelho. Quase gozei quando ela falou: "O que acha, amor? Ele vai gostar?"
Chegamos, intencionalmente, meia hora antes do combinado. Precisávamos nos certificar que o cara era o cara. Ele não sabia como éramos. Por outro lado, nós o reconheceríamos caso ele fosse realmente o homem das fotos. O bar estava bastante movimentado, a maior parte das mesas ocupadas por casais. Pedimos uma cerveja que entornamos em dois minutos. A expectativa era enorme. Dali a poucos minutos, chegaria o homem que iria comer minha amada Paula. Pedimos outra cerveja. E mais outra. Estávamos na quarta quando ele chegou. Era o cara das fotos em carne, osso e piroca. Entrou e correu a vista pelo interior do bar. Olhei Paula nos olhos e mandei a fatídica pergunta, na lata, dando-lhe a última chance de voltar atrás: "Quer desistir?" Ela fez cara de espanto e deu a resposta que eu queria ouvir: "É claro que não!" De um salto, levantei da cadeira e fiz um sinal para Jorge, que se aproximou sorridente. Apertos de mão, beijos no rosto, ele sentou-se. Muitas perguntas, histórias e cervejas depois, já parecíamos velhos amigos, conversando, bebendo e rindo muito. Em dado instante, percebi que algo acontecia, Paula estava com aquela carinha de safada que eu tanto apreciava. Deixei a chave do carro cair no chão, abaixei para pegá-las e vi o que a toalha encobria: Jorge acariciava a bocetinha de Paula com uma das mãos, por dentro da calcinha, enquanto a vadia tocava uma punheta no pau dele que já estava para fora da calça. Fiquei de cacete duro no ato e sugeri que pagássemos a conta e fôssemos para um local mais tranqüilo. Todos concordaram.
No carro, a caminho do motel, Paula e Jorge ocuparam o banco traseiro e continuaram a sacanagem, enquanto eu olhava pelo retrovisor, cheio de tesão. Ela dava-lhe uma bela chupada, a língua percorria toda a extensão do pau que era totalmente abocanhado logo em seguida. Enquanto isso, ele enfiava os dedos na boceta. Eu sabia o quanto ele devia estar gostando, Paula mamava uma pica como ninguém. E foi assim, quase explodindo de tesão, que chegamos ao motel.
Mal entramos no quarto, os dois se agarraram em um beijo ardente, as mãos dele percorrendo as costas de Paula, apertando sua bunda. Depois, Jorge passou a chupar e morder o pescoço e os seios de Paula. Ela adorava ser mordida, delirava de tesão, pedindo-lhe para morder com mais força. Eu somente olhava e me masturbava, confesso que estava adorando ver minha putinha nos braços de outro. Jorge foi descendo a língua pelo lindo corpo de Paula até chegar a bocetinha, onde deteve-se, chupando com sofreguidão. Ela gemia alto, olhava pra mim e perguntava: "Tá gostando, meu amor? Tá gostando de ver outro chupando a bocetinha da sua puta? Ele chupa gostoso! Posso gozar na língua dele, posso, meu amor?" Eu apenas meneava a cabeça afirmativamente, sem nada dizer. Faltavam-me palavras. Estava muito excitado mas também com muito ciúme. De fato, havia um conflito dentro de mim: o marido ciumento sentia-se traído, ao passo que o puto degenerado sentia o maior tesão. Os sentimentos se alternavam rapidamente. Mas, naquele momento, o tesão falava mais alto, impunha-se qual um avassalador furacão somado ao calor fluido e irresistível ejaculado em ondas por um vulcão furioso. Éramos animais, éramos bestas feras sedentas de sexo, ávidas pelo prazer essencial. Os gritos de Paula interromperam meus devaneios.
- Ah! Ah! Ah! Vou gozar! Aahh! Aaahhh! Aaaaaaahhhhh!!!.......
Paula gozava. Gozava aos berros. Gozava como uma cachorra no cio, as mãos segurando tenazmente os cabelos de Jorge, comprimindo seu rosto contra sua boceta encharcada. Os espasmos e os gemidos diminuiram paulatinamente, até cessar. Jorge, com o rosto brilhando, molhado pelos fluidos vaginais de Paula, olhou para mim e perguntou: "Posso foder a bucetinha da sua puta?" Não respondi. Havia deixado bem claro no bar que Paula daria as ordens, comandaria a foda. Ela me olhou com aquela expressão misto de súplica e safadeza e pediu com aquela voz sensual: "Deixa, amor, deixa ele foder sua putinha? Deixa?..." "Deixo!", quase gritei. Paula ficou de quatro. Jorge posicionou-se por trás, encostou a cabeça do pau na boceta e meteu tudo, de uma só vez. Paula urrou de prazer. Jorge iniciou os movimentos cadenciados de entra-e-sai, aumentando gradualmente o ritmo, enquanto Paula rebolava e gritava:
- Mete, seu filho da puta! Mete com força, porra! Fode minha buceta! Bate na minha bunda! Isso! Com força!
Olhou para mim:
- Tá gostando, amor? Tá gostando de ver sua putinha dando pra outro? Tá gostando de ver seu amorzinho rebolando em outra pica, tá?
- Estou!!! - gritei, masturbando-me freneticamente, o pau latejando de tão duro.
- Posso gozar no pau dele, posso, amor? Ele mete gostoso, sabia? O pau dele é uma delícia! Quer que eu goze no pau dele, quer?
- Quero! Goza, porra! Goza gostoso, sua puta! Goza!
- Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Aahh! Aaahhh! Aaaahhhh! Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh!!!.......
- Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uuhh! Uuuhhh! Uuuuhhhh! Uuuuuuuuuhhhhhhhhh!!!.......
O cara gozou junto com ela, encheu a camisinha de porra. Paula, então, surpreendeu-me: retirou o preservativo do pau de Jorge, olhou para mim e perguntou: "Posso esfregar a porra dele no rosto, amor?" Eu não acreditava que ela fosse fazer aquilo. Decidi pagar para ver: "Pode". Paula deitou-se, espremeu a camisinha sobre o rosto, derramando a porra toda. Depois, esfregou na cara e lambeu os dedos. "Hum...Que delícia." Não resisti. Em outras circunstâncias, provavelmente eu sentiria nojo. Mas ali, naquele momento, mais uma vez o tesão falou mais alto: lasquei um beijo na boca de Paula, toda lambuzada da porra de Jorge. Depois, meti com força em sua boceta. Bastaram poucas metidas para eu gozar, um gozo farto, forte, delicioso.
Demos um tempo, bebemos algumas cervejas, conversamos banalidades e fomos tomar banho, os três. Foi a deixa para a putaria recomeçar. Eu e Jorge disputávamos o belo corpo de Paula com nossas mãos, línguas e dentes. Ora eu a beijava e Jorge mordia seu pescoço e ombros, ora Jorge chupava seus seios enquanto eu lambia suas costas. Descemos. Lambi sua boceta e Jorge seu cuzinho. Dávamos linguadas frenéticas, Paula novamente gritava de prazer. Sem nos secar, voltamos para a cama. Ela esfregava vigorosamente a boceta melada na cara de Jorge e chupava meu pau, saborosamente. À certa altura, langorosa, fez outro pedido inegável: "Amor, quero dar a bundinha pra ele. Lambe meu cuzinho, deixa ele bem lubrificadinho pra ele meter, deixa?" E lá fui eu. Ela de quatro, abri sua gostosa bunda com as mãos e lambi. Lambi, lambi, lambi, até deixar seu apertado anelzinho bem lubrificado. Então, cavalheirescamente, ainda separando as nádegas dela com as mãos, fiz o convite: "Vem cara, vem meter no cuzinho dessa puta! Ela está doida pra te dar o cuzinho, faz tempo. Arromba ela!" Jorge não se fez de rogado: encostou a cabeça da piroca no cu de Paula e foi empurrando, enquanto eu observava, de perto, o pau dele ir sumindo, sumindo, até desaparecer. Paula mexia os quadris alucinadamente, rebolava com gosto. Mais gritos:
- Mete com força! Mete, caralho! Fode meu cu! Fode! Enfia tudo bem fundo! Arromba ele! Mete na sua puta!
E Jorge, segurando as ancas de Paula, metia sem dó, produzindo aquele ruído de carne batendo em carne que misturava-se aos urros de Paula. Súbito, aconteceu algo que eu não esperava: os gemidos de Paula foram aumentando de intensidade, prenunciando o orgasmo. Mas não podia ser! Ela nunca havia gozado dando a bundinha para mim! Não, isso não! O ciúme voltou à toda, veemente e impetuoso. Meu coração disparou, o sangue subiu todo pra cabeça, comecei a tremer, meu corpo parecia estar em chamas, minha boca ficou seca. Ela não ia fazer aquilo comigo, não havíamos combinado aquilo, ela não podia! Fui até onde estavam minhas roupas e peguei minha pistola 765 que havia escondido sob elas. Os dois, compenetrados que estavam, não perceberam meu movimento. Ela já não me olhava, não me provocava, eu não estava mais ali. O fogo em meu rosto foi aumentando concomitantemente aos gemidos de Paula, até que... ela gozou! Aliás, eles gozaram! Gozaram juntos, um orgasmo como eu nunca havia visto igual, um orgasmo que ela nunca havia tido comigo. Mirei a nuca de Paula e atirei. O projétil lançou sua cabeça para o lado, mas não o corpo, Jorge a segurava firme pelos quadris. Ele, por sua vez, deu um salto para trás, caindo no chão, de costas. Que cena patética! Rastejou até a parede, como um rato assustado, enquanto eu o acompanhava com o cano da arma. Dois tiros. No peito. Terminava, assim, naquele suntuoso quarto de motel, nossa primeira experiência no fantástico mundo das fantasias sexuais. Sei que explicações são dispensáveis, mas para que a história não pareça também uma fantasia, fornece-lhas-ei: usei pistola com silenciador, alterei as placas do carro antes de sair de casa e ninguém viu nossa cara no motel. O difícil mesmo foi colocá-los no carro, deixar Jorge Pirocudo Comelão no valão e guardar minha adorada putinha numa das gavetas do IML, onde exerço o cargo de legista-chefe. Mas, felizmente, deu tudo certo.
Apesar de haver sido uma experiência inesquecível e muito agradável, passaram-se quatro anos sem que tocássemos no assunto. Acho que ela ficou brava devido à minha broxada no final da foda. Agora, não sei bem o porquê, o desejo voltou. Talvez seja aquele negro alto que esteve em meu local de trabalho para reconhecer um corpo. Tenho certeza que vi Paula estremecer quando viu o homenzarrão. Ela está cada vez mais linda, ainda que pareça um pouco fria.
Bem, aqueles que estiverem a fim de sexo "caliente" e descompromissado e não tiverem medo de realizar as suas e as nossas fantasias, mandem um e-mail para casalsexyliberal@uauau.com.br. Negros, dotados e grupos de homens são bem-vindos.

Carlos Cruz - 29/03/2008

* História livremente inspirada nos tais "relatos dos leitores", encontrados aos milhares em revistas e sites eróticos. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas terá sido mera coincidência.

sábado, 5 de abril de 2008

Expantando os demônios [parte 2]

Mais um gole no vinho que está acabando. Ela sentada entre as pernas encostando - se ás costas sentindo o pau ereto. O menino engole o vinho de vez, tira a camisa que cobria os seios, não tinha o problema de desabotoar o soutien ela não se dava o trabalho de usar.
Ficaram ali encostados um num outro se conectando, sem muita conversa. O que agia ali era mesmo o movimento das mãos acariciando e sugigando os seios, boca no pescoço, bunda se esfregando corretamente. A sintonia acabou quando ela se virou e sentou na outra borda da banheira, deu dois sorrisos maliciosos e começou a masturbar ele com os pés, masturbou até ele começar afundar na banheira, até haurir gemidos, até se derreter.

- Vamos pra cama – disse ela de um jeito de sair voando da banheira.

- Agora.

Saíram não se enxugaram caíram na cama ele por cima dela. Beijaram-se rapidamente, estavam suspirando pelos ouvidos, ele a sugava pra dentro, a tarde não era comum, nem o sexo. Quando ele tirou a calçinha molhada ela empurrou a cara dele entre as pernas, quando ele encaixou a boca nela fechou as pernas até ele não respirar, abriu deixou que ele tomasse um pouco de ar, depois puxou a cabeça dele novamente entrou em orgasmo nessa mesma hora, sentiu tanto prazer que descontou fechando as pernas até ele sufocar.

- to afogando, me rendo! – disse ele erguendo as mãos.

Riram demasiadamente, quem riu mais foi ela devido aos quinze minutos de chupada

- Enfia – disse ela depois de ter começado a decolar da cama.

Não agüentando mais pegou o pau dele e penetrou nela, meteu, meteu... Foi indo até ela gritar.

- chega ao útero!

Seu suor transbordava pelo rosto, a barba pingava suor que caia em cima dela, entrou cada vez mais, o sexo foi tão profundo que ela esqueçeu que estava na menopausa.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Orlando II

Desde os seus dezesseis anos tinha esse costume, suas quintas eram recheadas de prazeres profanos, punia-se por ter essa vida dupla, lembrava-se da primeira vez que ouvira: “seja homem, seja homem!” - e das outras tantas, da família, da sociedade, mas não conseguia se afastar daquela perversão.
Por muitas vezes sua mãe lhe perguntara onde passava aquelas horas e depois veio Lidiane, que tentava prendê-lo nas quintas, talvez pela insegurança, por pensar que haviam outras mulheres. Pobrezinha, ingênua, presa em sua debilidade e religião. Ela cheirava jasmim, e se entregava por inteiro, sem cobrar nada mais que fidelidade.
Já as docas eram mal cheirosas e sujas, aqueles homens eram a escória, ladrões, bêbados, drogados, cafetões e patifes, queriam mais do que ele podia dar e mesmo assim apetecia-lhe fazer parte daquele cenário. Quando descia próximo aos trapiches, o odor do pescado e da maresia faziam arder as narinas, eriçar os pêlos todos, cada dia um homem diferente, cada dia um prazer inigualável.
As meia calças rasgadas, o cigarro jogado no canto fino da boca masculina pintada, o jeito quase desengonçado de andar naqueles sapatos baratos, o afastar das pernas, o penetrar sem cuidado e incessante, tudo o inebriava, tudo conduzia ao gozo único.
Quando o sexo terminava, eles tentavam esboçar um sorriso, mas o que lhes interessava eram os espólios do gozo remido. Será que gostavam de ser tocados? Ou faziam pelo dinheiro?
Por vezes não transava com eles, apenas pagava para ouvir o que os afligia, o que os afetava, e o que os excitava.
Orlando era uma boa alma, dava conforto aos que o procuravam, seu sexo era bom, e era um amigo nas horas difíceis, o único defeito dele era se esconder, e se escondia tão bem que o chamavam de “O fantasma”, não pedia ajuda, não falava de si, apenas ouvia, aconselhava e se servia. Sua fama pelas docas se espalhou e por vezes apareciam homens que o queriam apenas por prazer, recusavam-se a receber uma moeda sequer.
A única lei era não mostrar seu rosto, ou falar de si mesmo. Nos últimos dois anos, seus parceiros eram quase uma constante.
Le Petit, que deixou sua vida estável, mulher e filho para viver nos prostíbulos próximos ao porto. Pâmela, que sustentava homens jovens para seu bel prazer. Nina, que apanhava de bêbados e os curava de seus desesperos. Seu preferido era Narciso, o mais jovens, até se parecia com ele quando começara a freqüentar aquele lugar, menino perigoso, subversivo, queria ver-se nos olhos de seus amantes. Fora advertido e ameaçado por Orlando várias vezes, por tentar quebrar a única regra estabelecida.
Numa dessas noites de quinta, o rapaz conseguiu retirar seu amante das sombras e ao ver-se indefeso e exposto, num ato quase involuntário, Orlando retira uma navalha no bolso traseiro da calça, a lâmina brilha e Narciso não tira os olhos dos olhos dele, parecendo não temer o corte e em um só golpe, Orlando castra-se ainda ereto dentro de seu inocente amante.
Cai depois do ato e desfalece, todos os seus amantes se poem em volta de seu corpo, ele ainda respira, quando a ambulância chega ao local. De alguma forma salvaram Orlando, que não pode ter seu órgão transplantado, e que de alguma forma, se sentiu aliviado por isso.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Passeio da mão em fome

Passei de leve a mão em seus seios

Eram suaves e radiosos

Ela aderia ao meu toque com um ar blasé

Como se dissesse: sou linda e triste

Me conquiste!

Em seu desespero calado, nua

Contornei sua cintura

Passei a mão nas duras coxas

Alvas, serenas...

Parece que sempre estiveram ali

Esperando minha contemplação

Olhei os cabelos em cuidadoso desleixo

Deusa, quase desejo

Cheia de pureza e sabedoria

Olhos de centenas de dores

Juventude ida, íris feitas de vales

, cortados

Que me fitavam sem me ver...

A amei no primeiro instante

Como o mar ama a gaivota

Que lhe devota a vida

Perguntei então seu nome

“Camille”, ela repetia

“Camille”, de dentro de seu afeto em fome

“Camille”, de dentro do seu alabastro

Camille era seu nome...

Néon


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