quinta-feira, 10 de abril de 2008

UMA VEZ APENAS - ALIAN MOROZ - Escritor Convidado


As regras eram aparentemente simples . Haviam acertado muito antes de ajeitarem o encontro. Miriam estava com uma sensação emaranhada, tremelicante. Fábio nem tanto, mas admitia para si mesmo a empolgação. A desculpa fornecida em casa já liberara o caminho. A esposa acreditava sempre, afinal, era ele, um dos mais respeitados professores da Faculdade de Filosofia e Letras de Guararapes. Miriam olhou para o relógio com um olhar atravessado, logo depois de estacionar o carro em um dos Centros comerciais da cidade. O sobretudo balançava ao sabor do vento gelado, característico da época.. Tinha ainda um tempo antes de encontrar Fábio. Remete-se então a uma cafeteria perto da entrada, bem ao lado da loja de sapatos. Fábio está contornando o último desvio e está em vias de estacionar o pequeno automóvel. A mão estica ao encontro do aparelho celular.

–Miriam...sou eu.! Estou aqui no estacionamento inferior. Tá, eu espero , mas não demore, sabe como é... de repente passa algum conhecido ...

O ponteiros caminham e Miriam bate no vidro do automóvel de Fábio. Ele destrava a porta enquanto ela entra rapidamente. Os olhares não se encontram. Timidez? Remorso? Talvez não, a vontade era maior. Ele aciona o motor e segue para o portão secundário. Menos movimento, menor a chance de ser visto. Um aroma de café enche o interior do carro.

–Arrependida?

Ela não responde .

–Droga!–pensa ele - Isso é pergunta que se faça. Sou um imbecil mesmo.

Miriam o olha de esguelha.

–Nós combinamos , então está feito. Confio em você.–comenta Miriam

Ela está com os cabelos presos , mas Fábio sabe o quanto ela fica sensual quando solta aqueles fios compridos ,deslizantes, douradamente deslizantes sobre os ombros.

Conhecera Miriam já no segundo ano em que estava lecionando na Faculdade. Ela já era veterana, e foi uma das poucas a recebê-lo com cortesia. A antipatia profissional entre letrados parece ser congênito.

Miriam esboça um sorriso enquanto lembra sobre o casamento com Lucas. Dois filhos, vida estável, almoços de domingos com parentes e amigos , enfim uma sociabilidade mediana completa. O marido era um homem correto, bom pai e amigo. Fábio o conhecia e isso atrapalhara um pouco os planos. Miriam tinha um desejo ao qual homens bons, ou corretos, não poderiam ajudá-la, não que Fábio não o fosse , mas durante as conversas que tiveram nos intervalos de aula, motivaram esse encontro furtivo. Ela , como professora, mulher feita , tinha o direito de satisfazer suas vontades , nem que fosse por uma vez apenas.


Em alguns minutos estavam adentrando pelo jardim do suntuoso motel perto da rodovia. Os olhares não se cruzaram novamente. Uma repentina timidez apossou-se de ambos. Fábio, homem experiente que já vivenciara dentro de quatro paredes todos os prazeres possíveis , foi tomado pelo sentimento lívido. Fora um pedido da amiga . Queria ,ela, desfrutar de tudo que seu corpo fosse possível sentir em forma de prazer.

Entraram pelo quarto, com paredes rosáceas. Ela foi para o banheiro e ele caminhou até o frigobar em busca de algo forte. O som a meio tom rebuscava os pensamentos

Miriam demora, ele vai buscá-la. Para sua surpresa ela está ainda vestida, encolhida no canto direito do lavabo.

–Você quer ir embora?–indaga ele.

Os olhares finalmente se cruzam.

–Não...–responde ela com voz rouca.

Ele estende a mão ap encontro dela e a puxa para si.

–Tem certeza?

–Sim Fábio. Eu quero tudo ...

Ele a segura pelos cabelos , soltando-os abruptamente, ergue-a no colo e a leva para a enorme cama redonda. Joga-a sobre a mesma e livrando-se das roupas com enorme agilidade deita sobre ela,abrindo caminho entre os panos e sobretudos com aroma de café. Sua língua trabalha por todo o corpo dela indo parar em seu sexo. Miriam não conseguia descrever a sensação de ser invadida pela língua de Fábio. Os seios enrijeceram quando ele acertou o ponto importante e desconhecido e ela gemeu.,como nunca gemera antes. Perdera a noção do tempo e espaço e quando se deu por conta estava sentindo Fábio sobre ela ,comprimindo seu corpo contra o colchão.

–Mais forte ! Mais forte!

Era sua essa voz? Perguntava Miriam em vão.

–Vira , pediu Fábio , vou te ensinar uma coisa , vai doer um pouquinho , mas logo você vai adorar.. Ela acreditou e urrou de prazer. Pedia cada vez mais alto–Mais forte , eu quero tudo!! Os corpos colaram em um suor pegajoso,e Miriam entendeu o que era prazer e dor.


Tudo era mágico,o membro de Fábio inteiro em sua boca lhe dava uma sanha de sugá-lo inteiro para dentro de si. Isso era o prazer, de verdade , sem pudor; tinha direito ,era mulher, era independente ,era boa esposa , boa mãe , era de carne e osso.


Muitos meses se passaram antes que Fábio e Miriam trocassem um olhar novamente. Ninguém estranhou esse afastamento, visto que ambos nunca foram chegados. Ele continuou contando verdades para a esposa e ela teve o seu momento, forte o bastante para levar uma vida normal e continuar a cuidar da família; afinal era, Professora Miriam, uma mulher tímida. . ,.

2 comentários:

  1. Muito interessante,sem os exageros tão comuns nesse tipo de texto.

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  2. Um texto erótico bem escrito não precisa ser apelativo. Elegante, sensual e muito bom.

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Néon


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