terça-feira, 31 de agosto de 2010

Espanhola - Giselle Sato




Andaluzia


Do sobrado ela olhava a cidade, a catedral batia as horas e o coração apertado de mágoas e saudades dóia. A cama vazia, lençóis revirados, lembranças apaixonadas da noite anterior. Ele partiu na madrugada, foi sem despedidas, promessas esquecidas na mesa de uma taberna escondida onde goles de vinho adocicaram bocas e linguas.
Brincaram como crianças percorram as vielas mal iluminadas, perfeitas para beijos trocados. Mãos apressadas fustigando o corpo quente, alma desmanchando sem censuras ou medos. Anseios.

Despudorada mulher que se deu inteira, recebendo nos braços fortes muito mais que alívio para o desejo, foi além e entregou-se ao porto que julgava seu.
Noite dos tempos, passado e presente se misturaram em gemidos e posse. E durante todo o tempo em que estiveram juntos, do momento em que se despiram até o instante mágico em que o acolheu entre as pernas trêmulas de tesão e prazer... Ela o amou como nunca havia amado antes.

Morreu mil vezes, aspirando a pele suada, o cheiro moreno como droga maldita, fez com que ela esquecesse avisos e se entregasse pedindo mais e mais. A barba mal feita, delícia! Por quantas vezes ela sonhou com desvarios e lassidão...

E todas formas e maneiras, com o ardor impetuoso dos famintos, foram felizes ainda que por instantes fugidios.
Lá fora as estrelas eram como as pontas dos seus seios nas mãos do amante. Os olhos negros foram a última coisa que viu antes de adormecer.

Solidão. Os primeiros raios de sol cingem a cidade e ela ainda está nua. Mantém o olhar perdido, esperança morta nas pedras que compõe as ruelas de Sevilha. Uma lágrima teimosa escorre salgada e molha os lábios. Ela lembra do mar, das marés que vão e vem... Lentamente começa a se vestir.

♪ Flávio Venturini - Espanhola ♫

Oswaldo Montenegro - Bandolins

Bandolins- Oswaldo Montenegro





Bandolins

Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...

E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim

Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...

Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim

E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...

Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim

Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...

Meninas malvadas - Giselle Sato








Um dia, o desejo supera a razão. Não há porque continuar adiando para sempre as fantasias e não ter coragem de ir adiante.Fiz minhas escolhas e reformulei toda a vida. Sem medo de ser feliz.

Sou uma mulher bonita, 40 anos, independente e vivo sozinha. Sábado no Rio de Janeiro, noite morna de verão. Vesti um pretinho básico, salto alto, batom e perfume. Uma última olhada no espelho e estava pronta para a noite.

Escolhi um ‘’ point’’ gay pertinho de casa, cheio de gente bonita e animada. Grupinhos e alguns casais. Estava lotado e fiquei aguardando mesa. Recebi um chopp do garçon e só entendi quando a menina acenou um convite.
Era uma graça, no máximo 20 anos, lourinha miúda e sorridente. Dividia a mesa com duas moças que também acenaram. Sorri agradecida, caminhei até o grupinho, sentei na cadeira vaga:-Obrigada. Estava quase desistindo. Meu nome é Vanda, tudo bem?

-Oi, sou,Marina.Estas são Thereza e Inês.

-Gaúcha?

-O sotaque denuncia mesmo. De Porto Alegre, conhece?

- Claro, adoro o Sul. Primeira vez no Rio de Janeiro ?

-Sim, e estou amando os lugares e principalmente as cariocas- Senti que Marina estava jogando o maior charme. Sedutora, tocou meu braço com a desculpa de elogiar uma pulseira de berloques.

Logo estávamos conversando como velhas amigas Thereza e Inês resolveram dar uma volta na praia e apreciar o luar. Desculpa perfeita para ficarmos a sós. Respirei aliviada, tudo estava indo bem e a menina me atraía demais.
O clima estava gostoso entre nós, elogiei o perfume: -É da Victoria, morango com ‘’champagne’’,meu favorito.

-sou louca por este cheirinho de frutas, combina com a sua pele. Nome de mar e pele doce. Dá vontade de experimentar.

-Posso te dar uma provinha- Colocou o dedo na minha boca.Lambi deliciada as pontinhas. Ela deu um gemidinho, toda sensual. Fazendo charme:

-Gostou? Atendeu suas expectativas guriazinha?

-Muito. Quero saber se todo seu corpo é gostoso deste jeitinho.

Ela sorriu e colou a perna na minha. Ficamos nos olhando sem falar nada, respirando juntinho. Convidei :-vamos para minha casa? É perto. Vamos?

-Pensei que nunca ia me convidar.

Caminhamos por Ipanema de mãos dadas trocando beijinhos como duas adolescentes, Marina usava um vestido curto, tinha o rosto de moleca levada. Aproveitamos um cantinho escuro e trocamos um beijo de verdade.
Nossas bocas chupando a língua uma da outra. Senti os dedos tocando intimamente. Ela afastou a calcinha molhada.
Suave, depois mais forte, me dissolvi em Marina. Melando, gozando, desejando mais e mais.
Abaixei as alcinhas do vestido de Marina e um seio perfeito encaixou na minha boca. Deliciosa, cheirosa, com gosto de menina.

Trêmula de tesão não percebi o perigo chegando:-mas que cena mais “escrota”, tu não perde tempo ..

As amigas de Marina estavam paradas nos olhando de cara fechada, tentei ser simpática:-estávamos indo pra minha casa beber alguma coisa, está tudo bem?

-Não está nada bem "minha tia", Marina acabou a palhaçada. Isto não estava no "script". Não mandei você se atracar com ela, mandei? Passa a bolsa e o relógio titia.

A mais alta e bruta nos afastou com toda violência, estava claro que além do assalto ela estava enciumada, puxou Mariana para longe de mim e mostrou a faca ameaçando:

-Vamos pra sua casa "titia".. Anda logo, se fizer gracinha te corto toda. Não estou brincando.

O sotaque havia sumido e elas pareciam drogadas. Passamos pelo porteiro sonolento que não deu a mínima.
No elevador, Inês, que era a cabeça do bando beijou Marina:-Está vendo? É disso que ela gosta, boquinha de neném, não é minha linda? Que você estava pensando? Que ela ia ficar com você? Não se enxerga não?

Marina estava agarrada com Inês quando entramos no meu apartamento. Elas ficaram admiradas com a decoração e o luxo. Meu laptop foi logo arrancado da tomada, abriam gavetas e reviravam os armários:-Olha o luxo da casa. Coisa de primeira. Cadê a grana? Os dólares?

-Eu não guardo nada em casa. Levem o que quiser, não tenho maiores valores.

O primeiro soco acertou minha boca e senti o rosto inchando. Os seguintes,procurei me esquivar sem sucesso. Inês era forte e batia sem parar.
Thereza amarrou minhas mãos com o fio do laptop. Marina começou a cortar minhas pernas e braços com a faca afiada. Elas riam e brincavam entre si:- ‘’Last chance’’, onde estão os dólares? o cofre...fala logo ou vai morrer.

Decidi acabar com a tortura:-No closet, o cofre está no closet ...no meu quarto- Minhas roupas empapadas de sangue.

-Sabia que você estava mentindo. Mentirosa.

Inês socou minha cabeça e correu para o quarto. Ouvi os gritos de alegria quando descobriu o cofre. Trancado.

-Têm segredo. Quais são os números?- Retornou ainda mais irritada. Uma garrafa de tequila nas mãos.

-Dou os número mas você me solta primeiro

-Mato você agora e dane-se o cofre.

-Tem dólares, euros e jóias.

As três me arrastaram até o closet com a faca na garganta. Abri o cofre recheado .Além do dinheiro e das jóias, meu closet também guardava Jiji.
Minha jibóia de estimação. 4 metros de puro mau humor e maldade.
Quando a presença da cobra foi notada, aproveitei a confusão e corri para longe trancando o trio. Grossas portas de madeira abafaram os gritos.

Calmamente liguei para Eduardo, meu secretário e braço direito:-Estou com as ratinhas na gaiola, vamos ter que guardar. Não, não estou machucada, eu não dei o sinal, você sabe que eu gosto. Avise Carlos que vamos decolar em duas horas para a fazenda.

Aquelas meninas tinham sido muito malvadas. Pilantras disfarçadas de turistas. Assaltaram e mataram várias mulheres. Usaram a mais bonitinha e o falso sotaque como isca. A polícia andava atrapalhada e resolvi ajudar.

Sempre tive vontade de ver minha cobra comendo um ser humano. Liguei o circuito interno de TV e a tela encheu com Jiji e Thereza, a menor de todas. O corpo havia sido parcialmente esmagado. A cobra parecia ter dobrado de tamanho, uma cena terrível e ao mesmo tempo fascinante.Thereza ainda estava viva mas não tinha forças para gritar.

Mariana estava encolhida num cantinho e Inês parecia uma boneca quebrada. Jiji havia despejado sua ira na pior e guardado o petisco para o final. Depois dizem que cobras não possuem sensibilidade.

Eduardo chegou afobado para iniciar a limpeza. O privilégio de morar em um prédio com dois apartamentos por andar, elevador privativo e vagas fechadas eram fundamentais. Privacidade é essencial para minhas caçadas.

Jiji seria levada para a fazenda com o futuro alimento, a apetitosa Marina. Inês e Thereza me enojavam.
Os jacarés estão sempre famintos e não deixam qualquer vestígio.
Tudo resolvido. A noite realmente tinha sido muito interessante e prometia ser ainda mais divertida com a linda Marina.Jiji só seria alimentada em trinta dias, até lá teria bastante tempo para conhecer minha nova amiguinha.

Palavras ao vento- Giselle Sato


Palavras ao vento





Sou tão frágil e tão forte. Água e sal.
Contradição constante em inconstâncias

Recorto segredos e promessas
Palavras escondem verdades
Mesclando açúcar e fel

Minha alma alquebrada
Escorre em fina agonia
Morre entre goles azedos.

Maré cheia e vazante
Recusas sem acolhidas
Silencio no vazio púrpura


Mentiras ocultas na lua a que me apego.
Sentimento matizado em ocre e terracota

Vampira - Giselle Sato






Meu corpo queima, dor , desejo e fome
Estranha simbiose que nos torna únicos.
Amantes, errantes, animais em transe.

Prolongo a espera em lenta agonia
A alma perdida entre os renegados.
Aponte a direção que te mostro o caminho


Compartilho o silencio com que te sacias.
Te sigo pela eternidade. Somos atemporais.

sábado, 28 de agosto de 2010

AMOR NÃO SE ESQUECE- JPalmaJr




tem gente que esqueceu o amor em um banco de praça, como um pacote sem uso...tem gente que deixa o amor escondido...como nas gavetas fechadas de um armário esquecido...nem sabe mais onde a chave ficou...tem gente que jogou fora o amor...também joga fora ternuras, meiguice, céus e estrelinhas como se fossem coisas sem uso...tem gente que deixa o amor se arrastando, querendo voltar pro coração...e que sempre diz NÃO!...como se o amor não pudesse voltar pra casinha dele, feito cãozinho viralata que é...tem gente que deu o amor para a adoção, pobre menino de olhos inocentes que todo mundo quer levar pra morar consigo...tem gente que não sabe que o amor não vira gente grande, porque amor vem morar na gente quando a gente é criança, dá às mãos à nossa alma e continua no peito, feito botão de esperança...tem gente que deixa murchar o amor, mas é só regar com cuidado, com um olhar encantado que ele volta a sorrir...amor é uma Primavera que nunca deixou de florir...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010



Quem não tem um amor devotado,
do tipo fiel como um cão,
se vira é com a paixão
de gato safado e pingado.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cyd Charisse


Woody Allen afirmou certa vez que a cada seis meses assistia Cantado na Chuva como uma espécie de carregador de baterias. O filme é um clássico dos musicais e tem uma cena no mínimo antológica: Gene Kelly bailando sob toneladas de chuva artificial ao som da canção título. Longe de ser um Allen, também volta e meia dou minhas espiadas em Cantando na Chuva mas, o meu maior interesse no filme é a presença arrebatadora de Cyd Charisse.
O expectador precisar ter paciência pois La Charisse só dá as caras lá pelo meio da fita (Salve os DVDs e suas seleções de cenas) em um devaneio de Gene Kelly. Ela é a namorada de um gangster e dentro de um vestido verde executa um número ousado para a época, de uma sensualidade impar que deve ter corado os pudicos dos anos cinquenta.
Ah, as pernas! As pernas de Cyd Charisse são um capítulo a parte. Longas e tornadas como uma escultura neoclássica, as pernas de Charisse são a maior representação do cântico dos cânticos bíblico. “As voltas de tuas coxas são como joias, trabalhada por mãos de artista”. É evidente que Salomão não conhecia Cyd Charisse quando escreveu tais palavras. Não sabe o que perdeu.


Recentemente fuçando no Youtube descobri um vídeo de Cyd Charisse da década de 80. Á época ela já não tinha o mesmo vigor atlético da dançarina que encantou gerações e deixou muito marmanjo babando no paletó na salinha escura de incontáveis cinemas do mundo contudo, continuava linda e, aos 65 anos, as inesquecíveis pernas ainda estavam em plena forma.
Cyd Charisse nos deixou em 2008.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Escorre- Camille


Teu gozo quente em meus seios
Minha umidade escorrendo
Pelos e delicias
Beijos e caricias
Tomando meu corpo de assalto
Mãos pesadas, cruas instigando
O ponto perfeito, meu jeito
Nem mais, nem menos
Deliciosamente amoral
Prazer sofrido, sentido, perdido
No beijo que me engole a alma.

domingo, 15 de agosto de 2010

Sobre solidão, mentiras e enganos - Giselle Sato




Não sei se de tanto assistir a hipocrisia, deixei de acreditar em renovação e promessas. Há tempos ouço pessoas reclamando que sempre dão um crédito a mais, embora saibam que raramente há mudanças em uma personalidade formada. Quando somos jovens e a vida está moldando, as chances de aprender com os próprios erros são maiores. Se o tempo já fez o estrago, não adianta insistir, tornou-se hábito arraigado até o último fio de cabelo. Por teimosia ou vaidade, poucos dão o braço a torcer e capitulam. Tem quem bata no peito e confirme com orgulho seus defeitos, doa a quem doer sentem-se felizes e não estão preocupados em quantas portas terão que derrubar. Portas ou pessoas.

Sabemos que a benevolência é uma aliada perigosa, principalmente quando oferecemos a outra face e perdoamos os desafetos. Talvez sejamos nós, tão desesperados pela aceitação, redenção ou alguma pendência, nossos maiores algozes. Não há desculpas para o mal que abrigamos em nossa vida. Deixamos nos levar por situações dúbias, mal orientados por falsos aliados e não há atenuantes. O desfecho nada promissor é fato, infelizmente quase sempre pagamos para ver. E perdemos no velho jogo de dados viciados.

Nas idas e vindas do destino, sempre existirá o crédulo e o esperto que pensa estar enganando a todos. Entra em cena o fator tempo, a máscara sempre cai e a verdade vem a tona feito onda, arrastando e levando aos trancos e barrancos tudo e todos.

Atualmente são tantas carências e medos que aceitamos de boa fé os engodos, talvez a solidão enfraqueça a cautela. O vazio é tão ameaçador que é fácil nos tornarmos cegos. Perdidos nas sombras, tentando enxergar através da neblina traiçoeira, ávidos por companhia, sempre arranjamos desculpas para não reagir. E sofremos. De qualquer maneira é uma agressão, por mais floreada que seja e em nada contribui.

Imagino que devam existir mil histórias, mas hoje resolvi falar dos que estendem a mão e perdem os braços. Daqueles que se sentem culpados por ter bom caráter e um coração decente, incorrendo de erro em erro, alvo de piadas pela boa fé.
Que atire a primeira pedra quem não passou por situação semelhante, deixando-se levar por amizades virtuais ou lobos em pele de cordeiro. Não existe fórmula mágica de salvação, mas o sino da intuição toca alertando e nem sempre damos ouvidos.

Só para constar, perdi as contas das voltas que ganhei, do tanto que chorei amizades perdidas, dos planos que assisti desmanchando-se em mentiras e falsidades. Claro que aprendi alguma coisa com todas as situações adversas, não mudei o jeito de ser apenas penso primeiro no meu bem estar.
Agora penso:vai me fazer bem de verdade ou estou mascarando? No fundo sempre soube a resposta, ela vem daquilo que sou e preciso aprender a respeitar: Minha essência.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Memórias de KALINA- O retiro






Algumas vezes gosto de assistir vídeos eróticos. Acho que são fonte de inspiração e adoro novidades. Estava no meu quarto com o notebook no colo e a mão dentro da calcinha, quando lembrei que era véspera de carnaval.
Festa da carne, de liberar a libido e fazer mil loucuras em nome da folia. Eu nunca fui a um baile, desfile ou ensaio de escola. Carnaval para a minha família, é sinônimo de retiro espiritual e oração pelos perdidos. Uma verdadeira chatice que meu pai não dispensa, fora a castidade, o jejum e as sentinelas. Verdadeiro pavor! Só de pensar me dava arrepios e tudo que eu precisava era pensar em um plano para saltar fora e cair na folia.

Há dezenove anos era assim, minha esperança era que mamãe tivesse alguma idéia salvadora. Encontrei a danadinha esticada no sofá da sala de TV, para variar assistindo um filme de ação com um americano bonitão:- Aproveite, daqui em diante só orações e silencio- Ri e me joguei no outro sofá. Ela nem se abalou, levantou a perna engessada e apontou para as muletas.

- O que é isso? Quando aconteceu?- Até o início da tarde, ela estava perfeita.

- Escorreguei no salão. Não vou poder ir com vocês, repouso absoluto, ordens médicas.
Minha mãe não sabe mentir, e aquilo era pura armação:- Mas que idéia a sua! Porque me deixou de fora?

- Kalina, duas acidentadas seria um pouco demais. Até seu pai desconfiaria. Sinto muito filha, mas este ano, vou tirar o atraso, já comprei até fantasia.

Minha mãe não considera nada além do próprio umbigo, mas já que não havia jeito, jurei que tentaria não me chatear mais que o usual. Fingi que não estava morrendo de inveja e aproveitei pra alfinetar:- Já que vai se esbaldar, pelo menos tenha a decência de fugir das câmeras ou será o fim do seu reinado.

- Não se preocupe querida, será um carnaval prive em uma ilha em Angra. O tema é festa dos deuses. Eu serei Afrodite. Acredita?

- Está mais para Medéia sua egoísta! – Saí batendo os salto e ouvi as risadas dela por um longo tempo. Bruxa!

No dia seguinte, após 4 horas de viagem chegamos ao sitio e fomos recebidos por velhos amigos. Já que fui obrigada a fazer parte do retiro, resolvi aloprar geral e fazer uma verdadeira orgia. Não ia deixar pedra sobre pedra, papai ia se arrepender e eu me divertir bastante. Eram quatro casais e alguns jovens membros da congregação, minha velha amiga Valéria como sempre estava no comitê de boas vindas.

Pobre menina tonta e abnegada, de vestido comprido e mangas longas em pleno verão! Desci no meu jeans apertadinho e blusinha de alças, papai não obrigava ninguém a mudar trajes e costumes, apenas ressaltava as qualidades daqueles que mudam por opção. Logo fui abraçada e beijada, os empregados levaram minhas malas e Valéria como sempre pediu pra dividir o quarto comigo. A mansão tem dez suítes mas desde crianças ficamos juntas, só que desta vez eu estava analisando friamente a situação:

- Claro que sim! Imagine. Vamos logo, preciso tomar um bom banho antes do almoço.

Entrei no meu quarto bem arejado e me senti mais tranqüila. Tudo arrumadíssimo, a cama de casal com a colcha branca e cheia de travesseiros macios do jeitinho que eu gosto. Comecei a tirar a roupa e jogar tudo no chão, sem me preocupar com minha amiga que me olhava como se nunca houvesse me visto antes:

- Amiga, não deveria tirar as roupas no banheiro?

- Porque? Somos mulheres e você já me viu nua antes.- Fui falando e me aproximando dela.

- É que agora somos adultas. Não fica bem.- ela estava corada de vergonha.

- Besteiras. Sabe que me depilo todinha? E você? – Provoquei e ela nem olhava minha vaginha lisinha.

- Eu não, pra que?

- Ah não! Você ainda é completamente virgem? Valéria!

Ela balançou a cabeça confirmando: - Eu também sou amiga, só que tem outras coisas gostosas que me dão prazer. Preservar o cabaço não significa não ter prazer. Nossa! O que fizeram com você? Lembra que da última vez que ficamos aqui eu toquei seus peitinhos e você os meus?

Valéria parecia horrorizada e resolvi me aproximar e abraçar com carinho. Ela é bem corpulenta, seios enormes e morre de vergonha por sentir-se gorda demais. Fiz carinho no rosto bonito e dei um beijo na bochecha:

- Ainda somos amigas, puras e não precisa ficar assim comigo. Vamos tomar um banho juntas?

- Não!

- Porque não? Lembrar os velhos tempos, não te vejo há quase três anos. Desde que você foi pra Europa estudar, vamos pra banheira e colocamos o papo em dia. Por favor. Somos mulheres, não é pecado querida!- Ela deixou que eu a conduzisse até o banheiro e abri as torneiras para encher a grande banheira. Nunca agradeci papai por atender meus caprichos, precisava começar a fazer isso com urgência.

Valéria receosa não sabia onde colocar as mãos, então eu puxei o zíper do vestido feioso e o corpo branco feito leite se revelou. A lingerie era grande e eu tratei de tirar depressa, e os pelos pubianos eram fartos demais, mas eu gosto de coisas diferentes. Ela sabia o que eu queria e acho que era pura farsa de falsa puritana, quando entrei na água e a puxei ela veio calmamente.

Peguei o sabão liquido e despejei lentamente, o cheirinho de lavanda inundou o ar, então ofereci a ela a esponja. Fiquei de costas para Valéria e pedi que me esfregasse um pouquinho. Ela fez tudo rapidamente, peguei a mão dela e eu maldosamente abri as coxas e guiei até minha bucetinha:

- tem que passar em todos os lugares querida. Passe bem devagar- Valéria timidamente escorregou a parte macia da esponja e eu dei um gemidinho. Ela começou a esfregar mais forte e eu mudei de posição, agora estávamos uma de frente pra outra. Minhas pernas em volta das dela. Toquei os seios tão desejados com suavidade e me aproximei:

- É pecado Kalina. Pare com isso.

- Não é não, ainda somos puras e não há mal em um pouquinho de carinho. É só carinho.
E beijei Valéria, acho que ela nunca havia sido beijada porque minha língua praticamente forçou seus lábios a se abrirem. Ela gemeu quando toquei seu clitóris e apertei levemente, isto sempre desarma qualquer mulher.
Aquela boquinha me seduzia, ela rapidamente aprendeu e trocamos longos beijos.

Era hora de tirar a linda da banheira. Nos enxugamos em silencio e de mãos dadas fomos para minha cama. Beijei um pouco mais para que ela relaxasse, depois lambi o pescoço até chegar aos peitos imensos onde me fartei. Os bicos eram grandes e rosados e ali fiquei mamando como uma criança, sugando forte e ela tremendo e tentando conter os gemidos. Mordisquei com carinho e suguei com vontade, depois beijei e passei meus seios em cada um deles. Lambi o biquinho durinho naquele colo quente e macio.

Quando saciei minha fome, deslizei até o sexo peludo, abri com as pontas dos dedos e achei o caminho. Valéria era linda, a buceta gordinha, o clitóris grande e os grande lábios grossos me encheram de tesão. Lambi a entrada da vagina, enfiei a língua o mais fundo que pude e senti o primeiro orgasmo. Chegou forte e ela quase chorou. Estremeceu e soltou o corpo retesado. Com a cabeça na coxa de Val, perdi a noção do tempo, como se eu pudesse entrar dentro dela.

Com o rosto completamente melado não parei de chupar aquele grelinho até que ela perdesse o fôlego e implorasse para eu parar. O que não fiz, é claro... Sabendo que Valéria não saberia retribuir como eu gosto e no pouco tempo que tinha para ensinar, encaixei nossas bucetinhas e comei a esfregar com vontade. Grelo com grelo, mel com mel, uma aflição sem tamanho até que gozei e gozei... Ela estava com cara de gata safada e pela primeira vez rimos juntas.

Minha menina fez um carinho no meu rosto e seios, explorou meu corpo lentamente, toda delicada bem de levinho. Gemi quando senti seus dedos na minha buceta, abri mais as pernas e Val tocou cada cantinho, coloquei minha mão na dela e fiz os movimentos que tanto gosto. Gozei de novo e ela pareceu contente com seu feito. Nos beijamos profundamente,muito mais soltas e excitadas. Abracei minha amiga bem forte e sussurei no seu ouvido:

- Valéria foi lindo, adorei.

- Kalina, estou muito confusa. Eu gostei demais também mas não sei se é certo.

- Esqueça meu doce, vamos dar tempo ao tempo e aproveitar estes dias juntas. Tem muita coisa que voce ainda não sabe, mas eu quero te ensinar.- Peguei o rosto tão meigo e beijei com carinho, minhas mãos tocavam todo o corpo de Valéria. Os seios fartos e leitosos me deixavam doida de desejo.

- Sabe Kalina, sinto vergonha, você é tão linda e eu .... – Não deixei ela terminar.

- Sempre morri de tesão nestas tuas coxas grossas, nos seus peitos, pare com isso...Você é linda, gostosa, não vê que estou maluca por você? Ah!Deixa eu te mostrar...deixa...

- Eu quero te chupar tambem, quero te dar prazer...

- Agora é você meu amor, relaxe que eu estou tendo muito prazer em te dar prazer.- Ela me puxou e beijou com carinho. Tão espontânea e feliz.

Sem me conter e porque sou uma ninfomaníaca assumida, colei a boca mais uma vez na buceta de Valéria, lambi e chupei até que ficasse bem limpinha. Ela estava recostada nos travesseiros e mordia a fronha em desespero, minha língua ia e vinha sem parar. Que menina gostosa e como ela gozava rápido! Bucetinha de virgem é prazer dobrado para mim. Como eu gosto de ser a primeira vez de uma mulher. Adoro tanto quanto sentir o grelo crescendo na minha língua e as coxas delas tremendo de paixão. Elas sussurram meu nome e imploram, pedem e eu dou...dou sempre muito mais. Dou porque amo sentir o gosto de cada gozo e a forma como elas se entregam.

Batidas na porta nos trouxeram à razão, gritei que já íamos e fomos correndo nos trocar. Durante o almoço, papai fez o sermão chato de sempre e os amigos do retiro confraternizaram dando graças pela distancia do carnaval. Foi quando percebi uma ponta de lascívia no olhar de um velho amigo de papai, ele não conseguia disfarçar e eu rapidamente respondi com um sorriso maroto.

Na varanda conversamos sobre a paisagem e coisas bobas, o grupo provava frutas e refrescos e todos pareciam ocupados. Valéria estava me vigiando discretamente, minha bonequinha loura e linda, os cabelos lisos iam até os quadris largos e os olhos eram duas bolas de cristal. O vestido branco fazia com que parecesse ainda maior, e ela exibia um apetite voraz que eu adoraria que repetisse na cama mais tarde. Valéria me dava um tesão incrível e não via a hora de voltarmos para o quarto. No entanto, minha natureza é pródiga e o homem alto e charmoso do almoço também não me saía da cabeça. Alto, postura rígida, tinha vindo da África e estava fascinado com nossa fazenda. Era alemão, viúvo e quase tão importante quanto papai.

Hans, um cinquentão que todos bajulavam, finalmente veio pro meu lado e terminamos batendo um longo papo sobre tudo. Senti a atração imediata e o olhar de cobiça que nunca me enganou.

Com a desculpa de mostrar nossa estufa de orquídeas raras, levei Hans pelo caminho mais longo e trocamos um beijo com direito a uma siririca de tirar o fôlego. Os dedos longos tocaram por fora, ele sabia que eu era virgem e jamais ousaria tirar minha virtude. Deixei que o homem enfiasse o dedo molhado no meu cuzinho e ele mostrou o pau enorme e duro, pronto para uma metidinha rápida. Por pura maldade não permiti.
Havia gente indo e vindo pelos jardins mas eu sei os pontos certos para uma escapadinha, queria Hans mais tarde para dividir com Val. A idéia de ver aquele pau comendo a bundinha da minha amiga era demais.

Levou algum tempo, ele ficou com muita raiva mas finalmente combinamos que quando a casa dormisse, ele poderia vir ao meu quarto. Hans tinha muito medo de papai mas nem sempre a cabeça de cima pensa melhor. Valéria chegou com cara emburrada e eu fui logo apresentando os dois e saindo apressada. Para que ela ficasse calma, trocamos um selinho morrendo de medo de sermos pegas. De mãos dadas voltamos para casa, o que é normal entre boas amigas e ninguém vê maldade.

Precisava instruir minha linda menina e nada como uma aula real, embora adore teorias é na prática que eu me farto. Gosto tanto de homens como de mulheres, gosto de sexo, gosto de prazer, de dar e receber. Para ficar comigo ela vai ter que aprender ou desistir...

Mas esta é outra história. A iniciação de Valéria nos prazeres ocultos. Hummm...Amei o título, mas podem escolher o que bem desejarem. Até Setembro!

GOSTO DE TEUS LÁBIOS-JPalmaJr





gosto dos teus lábios
quando sorriem
gosto deles
quando são leves
como a bruma
e tocam os meus
com a alma
gosto dos teus lábios
molhados
quando se espalham
pelos meus
e me engolem
na voragem
do desejo
como que querendo
se esconder...
gosto dos teus lábios
quentes de amor
e com gosto de mel
que é o teu melhor sabor
gosto de teus lábios
quando dizem meu nome
desesperados
quando tu voas
ao encontro dos céus
mesmo presa
sob meus braços...
gosto de teus lábios
exploradores
de minhas mãos
e de meu peito
e que me guardam
dentro de si
como se eu fosse
teu maior segredo...
gosto de teus lábios
porque gosto da
sensação de te engolir
gosto de teus lábios
simplesmente
porque pertencem a ti
mesmo pintados
do mais rubro carmim
e porque eles
gostam de mim...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

EM FAMÍLIA

Marcos estava apreensivo. O filho atingira a idade em que os apelos carnais começam a entrar em ebulição. Como abordar o assunto? Deveria agir como seu pai havia feito há tanto tempo? Dominado pela dúvida, ele relembrou o momento crucial de sua passagem de menino para homem.
Tudo aconteceu meio de sopetão. Não houve conversa ou preparação, seu pai o pegou, levou para um passeio e quando se deu por si, estava num quarto estranho com uma mulher bem mais velha sem saber o que exatamente deveria fazer. A matrona o olhou enternecida. Sendo quem era, ela demonstrava mais senso do que o pai. Afinal, ela compreendia a incapacidade dele em reagir àquela situação.
Por estar sendo regiamente recompensada ou por saber que aquele momento poderia comprometer toda vida sexual dele, o certo é que a mulher agiu com extrema cautela. Não o intimidou com uma postura agressiva ou demonstrou qualquer vestígio de ironia. Esperou que ele se recuperasse da surpresa, sentou-se sobre o leito sem olhá-lo diretamente. Assim que sentiu que sua respiração tinha voltado ao normal, falou-lhe com serenidade:

-- Não sabe por que está aqui, não é?
-- Sei.
-- Hum, pensei que estivesse surpreso.
-- Estou.
-- Mas então...
-- Sei o que meu pai quer que eu faça, mas não sei como.
-- Por isso estou aqui. Vou ensinar-lhe tudo que precisa saber.
-- Tá bom.
-- Relaxe.

Relaxar! Como se faz para relaxar quando não se tem idéia do comportamento que se espera que seja adotado? Antes que a resposta surgisse em sua mente, a mulher assumiu o comando das ações. Jogou-se em seus braços, com delicadeza, mas determinada a lhe apresentar todos seus encantos.
O beijo foi intenso e faminto. A língua da mulher teve que abrir passagem pelos lábios cerrados do rapaz. Assim que sentiu o vazio bucal, ela passou a avançar com o músculo sem que o rapaz pudesse impedi-la. A sensação era um tanto enjoativa, mas aos poucos ele foi sentindo que sua masculinidade se manifestava com impetuosidade.
Enquanto sentia a língua devorar sua entranha, o corpo era tocado por mãos suaves. O caminho que elas percorriam iam de seu peito até o volume acentuado em suas calças. A massagem o deixou tenso. A rigidez do membro atingia uma proporção incomoda, ele precisava libertar-se.
A matrona não lhe deu tempo ou espaço para esboçar contrariedade. Habilmente as mãos descerraram o zíper fazendo o membro esticar-se para fora da braguilha. Mesmo estando contido pela cueca, a mulher sentiu a virilidade do rapaz. Um sorriso lascivo assumiu seu semblante.
Incentivada pelas caricias, a libido aflorava com violência ameaçando a explosão precoce das forças do jovem, mas a experiência da mulher não permitiria que tudo terminasse tão insossamente. Ela sabia como agir para que seu ímpeto não abreviasse o prazer que pretendia ofertar.
Assim foi que ela abandonou-o sobre a cama, mirou-o atrevida e la e lascivamente passando a língua pelos lábios entreabertos. Começou a despir-se lenta e provocadoramente. As mãos, que antes corriam pelo corpo do rapaz, passaram a percorre o próprio corpo em movimentos ousados que ia desnudando suas curvas voluptuosas. Apesar de madura, ela ainda mantinha os atrativos da juventude.
O olhar do rapaz acompanhava cada gesto, cada lance com vivacidade. Assim que observou os rijos e firmes seios abandonarem a diminuta peça que o cobria, deixou um suspiro perder-se de seu íntimo. Mal teve tempo de recuperar-se e notar que uma das mãos avançara até a parte de baixo e massageava a intimidade da mulher ainda vedada pelo lingerie.
Olhando-o fixamente, ela colocou um dedo ente os lábios, manteve a oura mãos tocando sua vulva e gemeu como se fosse uma gata a ronronar. Os movimentos de seu quadril expunham sua avantajada bunda que mal se continha na peça minúscula que a cobria. Os olhos famintos devoravam cada curva que tinha a seu dispor.
Provocativa, ela o desafiava com palavras sussurradas roufenhamente. Perguntava-lhe se estava gostando daquilo que via, convidava-o a experimentar seus seios, oferecia-se para que ele a tocasse com suas mãos tremulas, enfim, ela o mantinha sob seu poder.
Ele obedeceu aos seus comandos. Mesmo estabanado, aproximou-se sorvendo os seios oferecidos. As mãos tocaram a bunda e ele sentiu a suavidade da pele da mulher. Surpreendeu-se que ela ainda tivesse a mesma consistência de uma jovem. Não que ele já tivesse tocado alguma outra mulher, não com a intenção que o dominava naquele momento, mas já havia se esbarrado ocasionalmente em uma ou outra colega de escola.
A maciez da bunda o deixou ainda mais excitado. Massageou-a insistentemente enquanto sorvia os seios intumescidos. Ela jogou a cabeça para trás como dando a entender que aprovava sua performance. Delicadamente ela o fez ver que não deveria permanecer apenas nos seios. Colocou as mãos sobre sua cabeça e foi forçando-o a descer para outras partes do corpo.
Levou-o até que sua boca estivesse sobre a vulva. Mesmo estando coberta pela calcinha, ele sentiu o odor pronunciado invadir suas narinas e se mesclar ao seu próprio cheiro. Aquilo era mais fascinante do que tudo que ele aja experimentara. Não estava certo do que ela desejava que ele fizesse, mas não precisava de uma indicação direta. Aproveitou que suas mãos ainda estavam em sua bunda e forçou a pequena peça para baixo.
O pano cedeu a força permitindo que seus olhos se fascinassem com a visão mais espetacular que le tivera. Inexperiente, ficou indeciso sobre como proceder, mas ela sussurrou-lhe que a beijasse como haviam feito ainda há pouco. Apesar da insegurança, ele tocou os lábios externos com os seus. Abriu a boca como se esperasse sentir uma língua invadi-la, mas não se demorou a perceber que deveria ser a sua a avançar.
Pressionando, levemente, a cabeça do rapaz, a mulher indicou-lhe os movimentos e sua intensidade ao mesmo tempo em que se movia cadenciadamente. Ela poderia ter experimentado o gozo pleno que as carícias lhe proporcionavam, mas não foi para isto que havia sido paga. Assim que percebeu que estava pronta para o clímax, afastou o rapaz, deitou-se com as pernas escancaradas convidando-o a penetração.
A tensão poderia provocar uma explosão antecipada, mas com jeito ela refreou o afã do rapaz. Mostrou-lhe como agir para que sua excitação não o levasse ao auge antes de ter saboreado todo manjar. Estando umedecida ao extremo, a penetração foi suave e direta. A inexperiência do amante fez com que as bolas se chocassem com a virilha quase que de imediato. Contendo-o, ela lhe indicou a velocidade adequada. Ambos iniciaram o doce movimento do sexo.
Antes de ter reviver seu primeiro gozo, Marcos despertou de suas recordações. As lembranças serviram para lhe mostrar como agir. É certo que antes de levar o filho até um dos puteiros da cidade, iria conversar, mas não tinha como ser diferente, o filho ia aprender da mesma maneira que ele.
Caminhou lentamente na direção do quarto do filho. Eram amigos o bastante para não haver restrições quanto a entradas sem aviso no quarto alheio. Ao chegar próximo à porta, ouviu sussurros contidos e alguns gemidos suspeitos. Será que o filho estava vendo algum filme pornô? Não querendo causar constrangimento, olhou através da abertura da fechadura.
A cena que flagrou o deixou estupefato. Uma bunda rechonchuda e atraentemente provocadora subia e descia sobre o membro rijo do filho. Não precisou apurar a visão para saber o que se passava. Somente quando presenciou a cena foi que se lembrou que o filho deveria estar estudando com a prima. Pelo que viu, o “estudo” devia envolver exercícios práticos.
O tesão em assistir a cena foi maior do que a surpresa. O pequeno orifício anal da sobrinha atraiu seus olhos. O movimento de sobe e desce fazia o pequeno anel piscar como se estivesse esperando por um outro membro para preenchê-lo. Mecanicamente levou a mão ao membro e passou a massageá-lo por sobe as calças.
Passara tanto tempo tentando encontrar uma maneira de abordar o assunto com o filho e ele praticava absorto com a... mas que disparate, a moça que ele estava fodendo era sua sobrinha, filha de seus cunhados, prima do filho... se o filho estava sendo atrevido, o que dizer dele? Com o membro nas mãos, ele batia uma solitária punheta cobiçando o cuzinho da sobrinha.
Absorto em se masturbar, não percebeu que a porta cedeu ao peso de seu corpo. O leve ruído provocado pelo deslizamento da porta chamou a atenção da moça. Desejando ver quem os observava, ela abandonou a posição em que se encontrava, atirou-se sobre o corpo do primo ofertando-lhe a buceta enquanto apoderava-se de seu cacete. Disfarçadamente, ainda que fosse desnecessário, ela lançou um olhar furtivo para a porta. A silhueta incompleta do tio em movimentos inconfundíveis a fez sorrir.
Quando voltou a olhar para o quadro, Marcos admirou-se da posição em que se encontravam. O filho ainda estava encoberto, mas a sobrinha mamava a vara com tanta impetuosidade que ele imaginou sentir o contato daquela boca gulosa. Por um segundo ele teve a sensação de que ela o viu, mas logo descartou a possibilidade, ela estava tão envolvida com o membro do filho que não prestava atenção em mais nada.
Altas horas, madrugada fria e solitária... Marcos olha através da porta que separa a sacada do imponente dormitório que ocupa. Desde que sua esposa falecera, ele nunca sentira o ambiente tão vazio. A cama desprezada já não lhe apetecia há muito. suas noites eram dominadas por momentos insones; os poucos momentos de alienamento traziam pesadelos que ele não conseguia espantar.
O som quase imperceptível da porta se abrindo o fez voltar-se na direção contraria. A delicada, provocante e desnuda silhueta da sobrinha emergiu da penumbra que dominava o quarto. Seu coração acelerou, sua respiração tornou-se inconstante, seus olhos verteram lágrimas inexplicáveis. Sua excitação fora tanta que estava sonhando com a presença daquele diabo travestido de anjo.

-- Ainda acordado, tio? O tratamento foi pronunciado com tanta lasciva que foi impossível não notar suas verdadeiras intenções.
-- Ainda por aqui? Seu pai vai ficar preocupado.
-- Avisei que ia dormir aqui.
-- O Marcelo...
-- Dormindo como um anjo, afinal é o que ele é.
-- O que deseja?
-- Não é capaz de adivinhar?

Sim. Ele era capaz não só de adivinhar, mas também de desejar, e muito, aquilo que estava subentendido naquela visita inesperada. Mas ela era sua sobrinha, uma menina que mal completara dezenove anos enquanto ele...

-- Eu sei que você, não se importa de tratá-lo assim, não é? Bem, eu vi você nos espiando.
-- O que?
-- Tudo bem. O Marcelo nem percebeu.
-- Vocês estão se metendo...
-- Metendo, trepando, dando, seja lá como você entenda, mas é só isso. Não rola envolvimento entre nós. É puro tesão.
-- Vocês são primos!
-- Quer saber o que mais, nós temos intimidades há muito mais tempo do que vocês possam imaginar. É claro que antes nem sabíamos o que estávamos fazendo, mas era tão divertido quanto hoje é bom.
-- Não deveriam...
-- Por que não? Ele é homem, eu sou mulher, qual o problema?
-- Seus pais não iriam gostar...
-- E você?

O desafio foi tão direto que Marcos não soube o que responder. Principalmente considerando que estava ficando cada vez mais excitado. Não só a visão do corpo jovem, mas o odor que ela exalava, os movimentos que descrevia enquanto falava, ele estava a ponto de agarrá-la, tapar sus boca com beijos libidinosos e esquecer quem eram.

-- Vi você batendo uma punheta enquanto nos espiava. Será que deseja ficar só nisso?

Outro desafio. Outra acha atirada na fogueira da tentação. O suor começava a escorrer por seu rosto. Ela sentia seu estado excitado. Não tinha como disfarçar que ela o enfeitiçara.

-- Venha, venha provar da fruta que tanto deseja.

Aos diabos suas considerações moralistas. Aquela ninfeta estava ali, nua, oferecendo-se a ele, o que poderia fazer além de tomá-la nos braços e se perder em seu mundo encantado? Antes que pudesse ou quisesse reagir, sentiu o corpo nu ser pressionado contra o seu ao mesmo tempo em que línguas invadiam as bocas e as mãos se deliciavam em movimentos céleres num explorar mutuo. A avidez dominou seus instintos sepultando a razão num jazigo inexpugnável.
As bocas famintas se alternavam em movimentos e atos desconexos, mas cadenciados. Seios sentiram o apetite irrefreável da boca que os sugavam; nucas foram marcadas por dentes intrépidos; costas arranhadas por unhas que se transformaram no manifesto do estertor que dominava os âmagos.
De compleição mais desenvolvida, ele a segurou pela cintura, rodopiou-a com delicadeza e, em pé mesmo, desfrutaram de um sessenta e nove absorvente. Ao mesmo tempo em que a língua máscula mergulhava em sua vagina arrancando-lhe sussurros de prazer, sua boca engolia o membro envolvendo-o com frenesi.
Atendidos os preâmbulos incentivadores, ele a colocou de quatro, ajeitou-se atrás de sua anca e, quando ela esperava que ele a penetrasse em movimentos ritmados, puxou-a contra si fazendo-a sentar-se em seu colo. O membro penetrou fundo na sequiosa bucetinha. Não fosse o estimulo recebido, ela sentiria suas entranhas arderem com a invasão.
Sentada sobre o membro, ela começou a subir e descer em ritmo alucinante. Seus olhos estavam fechados e sua boca entreaberta. A respiração permitia o inspirar suficiente para que não perdesse os sentidos, se bem que não estava adiantando muito pois seus estado era tão abrasivo que ela não atinava com mais nada. A única sensação que lhe chegava aos sentidos era provocada pelos golpes firmes do membro em sua buceta.
O gozo logo eclodiria, mas ele não queria limitar seus prazeres. Ser era para arder no fogo da tentação, quer fosse por inteiro. Num movimento tão rápido que ela não chegou a esboçar qualquer reação, ele tirou o membro da vagina e mergulhou-o no cuzinho. Neste momento ela acusou o golpe mais ousado. As pregas romperam-se ao mesmo tempo, a dor foi lancinante, mas não voltou a se repetir. O tratamento de choque serviu para que as estocadas produzissem apenas prazer.
Dominada pelo tesão e pela surpreendente atuação de seu macho, ela crispou suas unhas na coxa máscula, jogou a cabeça para trás e gritou o mais alto que conseguiu. Seu gozo fluiu numa apoteose triunfal. Os espasmos ainda a dominavam quando sentiu o canal de se anus ser invadido pela tepidez viscosa da porra que jorrava do membro do amante. Mais contido, ele não chegou a gritar, mas apertou-a com tanto vigor que suas mãos ficaram marcadas na rechonchuda bundinha.
Tão logo sentiu suas forças voltarem, ela o encarou contrariada:

-- Da próxima vez vai gozar em minha boca. Como pôde desperdiçar esta maravilha jogando-a dentro de meu cu?
-- Quer que eu goze em sua boca?
-- Vou engolir cada gota que jorrar deste cacete delicioso.
-- Se seu desejo é este, pode começar a realizá-lo.

Ela não acreditou ao mirar o avantajado membro. Seu tio devia estar mesmo a perigo. Mal gozara e já estava com a ferramenta em riste. Atenuando sua irritação, ela se ajoelhou entre as pernas do tio e começou a mamar o cacete. Desta vez, ela não iria largá-lo enquanto não tivesse sorvido toda seiva que jorrasse.
Marcos se entregou ao prazer que a chupada lhe proporcionava. Enquanto ela o mantinha enlevado e imerso em um universo há muito abandonado, sorriu pelo inusitado da situação; ele preocupado com a iniciação do filho enquanto o rapaz se deleitava com a companhia da prima. Bem, pelo menos ele não teria que receber suas primeiras lições de uma matrona.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

FETICHES




FETICHES
Thiers R >


Que me traga a pele

rabiscada por unhas

que me morda a agonia

semblante dolorido que fere e arranha

que me iluda, minta e maltrate

que me rasgue e goze

mais uma vez esta música

como performance da alma..

que me grite em boca felina

transito feroz chupado por beijos,

sou sabor

em noite de lua cheia,

serpente que consome

enrosca e digere

roucos gritos de prazeres

escuridão de úmidos lençóis

calam meus fetiches.





> > > > >

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SE NUNCA. .JPalmaJr

se nunca te tocaram o cabelo como se um anjo lhe pousasse, eu vou fazê-lo...desfiarei os fios com carinho, como se contasse estrelas, como se tecesse o linho...se nunca te pousaram os dedos sobre a pele como a brisa leve de janeiro, eu vou fazê-lo, como quem cuida da asa da borboleta para não se romper sob pressão, só vou sentir teus pelos se eriçando demonstrando teu tesão...se ninguém te beijou as partes com desvelo, eu vou fazê-lo, como o pai que beija a sua criança com cuidado...se nunca te brincaram qual menina, vou descobrir os teus segredos, te tirar os medos para o homem que vai chegar...vai te tomar como mulher, mesmo que venha com a calma das marés....e te envolver no mar bravio de seus braços de desejo...se nunca te puxaram pelas crinas, se nunca te beijaram em fogo intenso, se nunca te puxaram para si como quem puxa o ar de que precisa...se nunca te amaram como quisestes, como anjo decaído, como alma perdida ao paraíso, eu vou fazê-lo, pois preciso disso...

domingo, 1 de agosto de 2010

Andrea Bocelli with his Fiancee "Les Feuilles Mortes' (Autumn Leaves)"





Momento de pura inspiração para um domingo morno...
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Mulheres - Martinho da Vila






J´ai déjà eu des femmes de toutes les couleurs
De divers âges, très amoureuses
Certaines, je suis resté un temps avec
À d´autres, peu je me suis confié
J´ai déjà eu des femmes osées
Timides et rodées
Mariées, carentes, solitaires, heureuses
J´ai déjà eu des divas et même des prostituées
Femmes intelligentes et déséquilibrées
Femmes confuses, de guerre et de paix
Mais aucune d´elles ne m´a rendu tant heureux
Comme toi









Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Com umas apenas um pouco me dei

Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada, do tipo vivida
Casada, carente, solteira, feliz
Já tive donzela e até meretriz

Mulheres cabeça, e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve fim

Você é o sol da minha vida, a minha vontade
Você não é mentira, você é verdade
É tudo que um dia eu sonhei para mim
Ó meu amor.
e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve fim
Você é o sol da minha vida, a minha vontade
Você não é mentira, você é verdade
É tudo que um dia eu sonhei para mim

Ó meu amor.

Néon


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