quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Letras em Teu Corpo - Flá Perez

Como Chico Buarque,

fazemos poesia e amor até bem tarde.
E ela acorda cedo de manhã.

Beija minhas costas, me acarinha .
Eu a puxo de volta, vasculho seu corpo,
encosto todo meu desejo nela.

Mulher que penso submissa, abelha rainha ,
se desvencilha e sai apressada.

Durante o dia sinto seu cheiro em minhas mãos, nos lábios,
refaço cenas, passo a passo.

À noite, quando chego da minha lida, a encontro na cama,
cabelos molhados, adormecida.

Por um tempo velo seu sono,
- algum tremor passageiro, algum sonho –

Não me contenho:
exploro, farejo, beijo.

Minha felina se estica,
abre seu sorriso mais lindo,
abre as pernas e me recebe.

Quente, quente, quente!.
Então começamos tudo de novo...

Ah! vida meio vagabunda essa da gente!
Que não acabe nunca!

(Repostagem de 03/11/007, com vídeo).

Cesar Veneziani declamando no Politeama:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Réu Confesso




Eu sou puta!
A vida me fez assim
Mentira!
Eu gosto,
É grana fácil,
Um sentimento de poder
Vêr aqueles homens darem a vida para (me ter)
As últimas moedas,
Os dólares da promoção,
Ou somente os ombros,
Carinho e atenção
Eu sou puta!
Minha labuta nem é labuta,
Pois que, gozo como filha da puta
Sinto prazer e dor.
Eu sou puta,
Mas quem não é?
A dona de casa que fantasia
Enquanto transa, como o ator da novela das oito
Ou a estudante
Que jamais dá totalmente,
Para não perder virgindade,
Chupa minhas obscenidades
E diz que ainda é pura
Eu sou a puta da vez,
Porque de puta estamos a mil
Nesse planeta azul de cara Brasil
Então relaxe e goze
Você pode!

Me Morte

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O APAGÃO - Madamme Mmey






Tudo começou no blecaute que atingiu a todos nos na noite da terça-feira, dia 10 de novembro de 2009. A partir desse dia minha doença se tornou crônica, uma febre que não passa, uma dor que causa prazer, determinação, loucura, devaneios e tantos outros sentimentos que não consigo descrever.

Eu estava descendo o elevador da empresa onde trabalho, tinha perdido a hora, eram mais de 22:00h e por isso era a única a sair. Tinha que me apressar, ir para casa naquela hora não era uma tarefa muito agradável, uma vez que os casos de assaltos aumentavam dia a dia na cidade.

O engraçado foi que olhei para o relógio do celular justamente as 22:13h, horário em que as luzes se apagaram. A porta do elevador tinha aberto no terceiro andar, eu vinha do décimo e ia sair no térreo. Alguém entrou, não prestei atenção pois olhava as horas naquele momento, a porta fechou e...As luzes se apagaram.
-Caramba! Tem gerador no prédio?

A pessoa que estava ali ficou muda, não se dignou a um monossílabo sequer. O clima começou a ficar tenso e eu senti minhas pernas moles.

-O senhor trabalha aqui? Nada. Fui até a porta e tentei abrir. Fechada. Deus! Será que era algum assaltante que eu dei o azar de cruzar justo no elevador?

-O senhor poderia responder por favor, está me deixando nervosa...

Senti o vulto se aproximando de mim e por pouco não desfaleço. Ele segurou meus dois braços e me empurrou firme até a parede. Eu estava imprensada ali sentindo sua respiração. Ele encostou seu corpo no meu, forçando contra a parede e segurou minha cabeça para que ficasse colada à dele de frente, sentindo respiração com respiração, lábios com lábios, nariz com nariz...Era uma situação muito inusitada. Suas pernas empurravam as minhas, suas coxas me seguravam ali, seu tórax pressionava os meus seios. Ele segurou minha cabeça com uma das mãos e com a outra mexeu delicadamente na minha orelha.

-Por favor moço...Minha voz sumia na garganta.

Ele desceu o dedo da orelha até meu pescoço, depois enfiou o indicador na minha boca fazendo um movimento circular, deixando-o molhado de saliva. Tirou-o e enfiou por baixo de minha blusa, buscando meu seio por baixo do sutien. Ele passou o dedo molhado no meu biquinho e enfiou sua língua entre meus lábios, me deixando mole e sem reação. Eu tremi antevendo o que viria. Ia ser estuprada com certeza. Ele, percebendo meu tremor, ergueu minha blusa e começou a beijar delicadamente meus seios, enquanto com as mãos acariciava o contorno de meu corpo, por cima da calça jeans.

-Por favor...Ele ergueu-se até minha orelha e respirou fundo ali. Minha calcinha ficou encharcada. Eu estava sentindo tesão, que droga...Eu não sabia quem era, não via seu rosto, mas desejava seus lábios, ardia em desejo de sentir seu corpo me amparando naquela parede.

Ele percebeu porque saiu para trás e começou a tirar minha roupa.

-Não. Não, por favor...Sem se importar com meus protestos ele tirou minha blusa e depois abaixou minha calça até o chão, tirando com rapidez enquanto abria sua calça.

Eu não podia ver direito, mas senti quando encostou seu pênis na minha vagina, era assustador como aquele contato me deixou com tesão. Ele abaixou e enfiou a cabeça entre minhas pernas iniciando uma série de chupadas no meu clitóris que me fizeram perder a noção do perigo. Segurei sua cabeça e gozei feito uma louca. Ele não deixou que eu terminasse e saiu, abriu minhas pernas e me colocou erguida em torno de sua cintura. Mirou seu membro na portinha de minha vagina e enfiou com vontade. Enfiava até o fundo e tirava, numa frenética série de estocadas que me levaram ao delírio. Eu gritava de tesão, enquanto ele ejaculava dentro de mim. Eu sentia os jatos quentes de seu sêmen me entupindo e isso me dava um tremor incontrolável. Eu perdi a noção do tempo.

Quando terminei de gozar ele continuou com seu pau dentro de mim por longos minutos, me deixando assim, presa por seu corpo. Engatados, quietos, permanecemos ali...Depois saiu e fechou sua calça.
Ele pegou minhas roupas e me vestiu. Blusa e calça, como se fossemos íntimos. Abraçou-me por trás e ficamos ali, juntos. Eu sentia seu corpo atrás de mim, me agarrando com firmeza. Ele estava encostado na porta do elevador e agarrado ao meu corpo, não deixava que eu me movesse. Não sei quanto tempo ficamos assim, até que as luzes voltaram e tentei me virar para vê-lo. O elevador abriu a porta e ele me empurrou firmemente e saiu correndo. Só pude ver de longe que era alto, jaqueta de couro preta e cabelos curtos. Eu o vi desaparecer no corredor e apertei o botão para o térreo. Na garagem ainda tentei ver se tinha alguém, estava tudo silencioso. Peguei meu carro e fui embora.

Nunca mais fui a mesma. Rezo todos os dias para que aconteça um novo apagão...

FIM



Madamme Mmey tem uma nova e sedutora maneira de contar histórias eróticas. Escritora, construiu esse pseudônimo para exercitar livremente esse estilo, sem as amarras do dia a dia e julgamentos preconceituosos.

Literatura erótica, segredos íntimos e confissões:
http://madammemmey.blogspot.com

Twitter
https://twitter.com/madammemmey

Email

melissanjinha@hotmail.com

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Lascívias viáveis - indrisos


por Vertigo

Alguns desejos são traídos pela lógica,
outros, conquistados pela inocência.
Todos atraídos pela vontade de ontem.

Em cômodos, estes pecados se travestem,
incômodos trazidos por meias promessas.
Tolos pactos impregnados de noite.

Por fim, alças caem dentro de trapaças.

E orgasmos surgem no auge da mentira.





Uma submissão para satisfazer egos,
Que pela dor alheia, goza.
É só mais uma ato no mundo de Eros.


Vultos cênicos afloram em ciranda,
Esmagados pelo luar que os circunda.
Ainda resta a ignorância ali pelo escuro.

Profissionais do prazer se sentem vivos.

Eles matam dogmas com a mansa faca imoral.
_____________

sábado, 6 de fevereiro de 2010

(PARAL)... ELAS!

As vestes translúcidas
Quais nuvens transparentes
Mal tocando as peles
Acetinadas dermes delicadas
Vedando sensações
Colhendo emoções
Em instantes de enlevo
Em momentos de prazer...

Os olhos bailam serenos
Observam-se inebriados
Brilhos de um sonho
Refletindo desejos carnais
Traduzindo o apelo
Que domina a mente
De sentir-se devorada
Por chamas sensuais...

Mal velados pelas sedas
Os corpos graciosos
Objetos idílicos
Centro das atenções
Despertando as chamas
Fazendo arder o instinto
Um convite sem som
Paixão indisfarçável
Incontido querer...

Assim, apenas se estudando
Permanecem a deriva
De uma viagem indistinta
Onde nada é constante
Não existem possessões
Apenas carinho... vontade...
Segredos que se revelam
No apelo mudo da alma
Que une duas amantes...

Passam-se as areias
Na ampulheta atemporal
O leito olvidado
Paredes desnecessárias
Véus desconexos
O ambiente se desfaz
Tudo é sentido
Tudo é ardor
Fogo voraz
Incitando ao sexo...

Os olhares se rendem
As mãos se libertam
Os toques suaves
As carícias primárias
Ideais desnudados
Em dedilhar delicado
As peles se eriçam
Os pelos prenunciam
As mãos não se deterão
Elas conhecem o caminho
Sabem qual o destino
Do empenho em seguir
Sem nexo... sem pressa...
Total desatino...

O correr do alheio
Preenche os vazios
As partes sucumbem
Ao frenesi da ousadia
As mãos avançam
Os seios intumescidos
Sentem o contato
Recebem os afagos
São os primeiros vivazes
Aqueles que acolhem
Os estertores audazes...

Onde as mãos se ausentam
As bocas se apresentam
Os seios estimulados
São, agora, umedecidos
Os lábios os beijam
As línguas os consomem
Os arfantes peitos
Registram as nuances
Repelem o temor
Querem mais... mais...
Entregam-se sem pudor...

Mesmo distantes
As flores se agitam
O fogo que se espalha
Lançam-lhes calores
Elas ainda não sentem
Mas já pressentem
Ainda que não sejam
Se tornarão o troféu
Serão a glória
A conquista final
Ainda perdidas na saudade
Ainda num claustro vestal...

Os pulsares das cavernas
Denotam a excitação
Os lábios se afastam
Os seios estão úmidos
As bocas sedentas
As línguas implorantes
Sequiosas pelos ósculos
As invasões atrevidas
O sucumbir das amantes...

As mãos voltam a cobrir
Os seios desprotegidos
As bocas se unem
Devoram-se com violência
Nódulos desfeitos
As carnes se agitam
Ainda não foi desta vez
Que a virgindade foi visitada
A caverna foi esquecida...

Duas almas procurando
Dois corpos se completando
Duas fêmeas se amando...

Uma precisa ceder a primazia
Permitir a conquista inicial
Afinal seus desejos são únicos
Os apelos são iguais
Objetivos convergentes
Não se deixam dominar
Tornam-se mútuos fins
Num intrínseco completar...

Até que o clímax
O apogeu do encanto
Transcendam-nas
Desfazendo as negativas
Rompendo as regras
Num único enlevo
Que se traduz num gemido
Muitas vezes um urro de furor
Contido no âmago mais profundo
Libertando-se na hora do gozo
Como se estivesse a rebelar-se
Confrontar seu alienado mundo...

E então jamais se considerará
Existir um nexo... um paradoxo
Por saber-se plena instância
Onde se procura por paralelas
Encruzilhadas perpendiculares
Em espaço absorvido por duas
Se tornando uma só
Onde antes eram... ELAS!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Muito prazer, Kalina II


Hoje acordei excitada, rolei na cama vazia e tudo que desejava era um bom orgasmo. Droga! Esta semana, mamãe e eu, estivemos com dois rapazes muito interessantes. Lindos, fortes, deliciosos e muito esforçados. Foi bom, mas isso aconteceu há dois dias, e agora quero gozar.

Tiro a calcinha e passo os dedos na vagina molhada, meu grelinho duro pede um carinho e fico rodando o polegar, alternando movimentos mais rápidos e lentos. Imagino uma língua macia, lambendo com gosto, abrindo os grandes lábios e enfiando os dentes, mordiscando e chupando sem parar.

Abro mais as pernas, dois dedos estão dentro, movimento, afundo, procuro o ponto de prazer e aperto com força. Estou tão melada, mas quero mais, ainda não foi o suficiente, pego o vibrador e enfio algumas vezes, tiro e ponho, contraindo a musculatura da bucetinha. Aumento a velocidade, ele esquenta e gozo outro vez.

Li uma receitinha e resolvo experimentar. Caminho até a cômoda e encosto o púbis na beirada, a altura é perfeita, me abro toda e separo os lábios, encosto o clitóris e uma dorzinha misturada com prazer me faz delirar. Fico roçando e mexendo sem parar, claro que a beirada não é tão pontuda, mas mesmo assim, funciona e tenho outro espasmo. Para uma manhã vazia, posso me considerar no lucro. Haja imaginação!

Desta vez acho que consigo me vestir e ir para a faculdade. Ainda estou apoiada no móvel, ouço batidas leves na porta, sei que deve ser meu café da manhã e mando a empregada entrar.
Ela já esta acostumada com minha nudez e não me incomodo. Na verdade, foi com a velha ex- babá que aprendi muitas coisinhas, olhando enquanto ela se esbaldava com o jardineiro no quartinho abafado. A velha safada adorava as mãos calejadas do homem, e eles metiam quase todas as noites, de porta encostada, enquanto eu ficava agachadinha espiando.

Eis que entra uma moreninha toda sem graça, imediatamente, gostei da menina. É a nova ajudante da empregada, é nosso primeiro encontro e nos apresentamos. Ela é novinha e muito bonita, simples e com uma pele de veludo. Descubro que temos a mesma idade! Mas ela nem em sonhos imagina o que passa na minha mente.Tem pernas grossas, bundinha arrebitada, tipica brasileira e com um jeitinho todo meigo de falar. Uma graça! Ah! Eu gosto de meninos e meninas, depende da ocasião e da necessidade.

Fico olhando enquanto Aninha arruma a cama e encontra meus brinquedinhos. Ela abafa uma risadinha nervosa e explica: - Minha outra patroa tinha muitos desses, sabe que eu nunca vi um tão bonito? É perfeito, só falta o resto do homem!- Ela mostra meu penis de borracha e sinto que existe uma brecha.

- Algumas vezes, ele funciona até melhor, nunca experimentou?

Ela balança a cabeça, e eu me aproximo:

- Por vergonha ou falta de oportunidade?- A menina não tira os olhos do meu corpo, encosto o seio no braço dela e olho bem dentro daquele olhos escuros. Ela está bem receptiva, acho que vai rolar alguma coisa.

- Ai! Os dois eu acho, mas a senhora sabe, sou noiva e não preciso destas coisas.- Ela está nervosa e disfarça, morde os lábios e cruza os braços.

- Também saio com homens Aninha, não tem nada a ver.E esquece este papo de senhora, você ou Kalina. Pode escolher.

Ela sorri com mais tranqüilidade e aproveito para tocar o rosto da moça. Aproximo minha boca e estamos quase nos beijando, mas não o faço, levanto a saia de Aninha e coloco a mão dentro da calcinha pequena. Afasto o elástico, a carne morninha me deixa doida de tesão. Aspiro o pescoço de Aninha, ela tem cheiro de leite de rosas, posso sentir através da pele suada, um odor que mexe com minhas lembranças de menina.

Começo uma siririca tímida, tateando a umidade abundante, prova que ela também está gostando. Minha mão brinca com todos os pontos, mexo a ponta dos dedos até fazer com que ela goze, então seguro o clitóris entre o polegar e o indicador e pressiono forte. Ela fecha os olhos e desliza para a minha cama, sem forças, não paro até que ela tenha outro orgasmo, então tiro a calcinha ensopada e com a língua limpo a bagunça.
Ela geme e segura minha cabeça, enquanto dou lambidinhas em volta, beijo a virilha, um chupão de leve entre as coxas, volto para o ponto principal e concentro tudo no clitóris. Ele cresce na minha boca, ela pede que eu pare, depois implora que continue, está completamente entregue e eu não deixo por menos. Quero que ela tenha o melhor boquete da vida, inesquecível ao ponto de querer sempre mais e mais.

Gosto do gosto de uma bucetinha e adoro ser a primeira, é um desafio a mais e fico empolgada, com as reações, gemidos, fluidos... Aninha é bem depilada e tem um tom arroxeado típico das morenas, os grandes labios são realmente grossos, fico brincando com eles.

Um cheiro forte e adocicado, entre as pernas da menina se acentua, levo um bom tempo e quando termino, tenho o rosto todo melado e a boca dormente de tanto sugar. Ela está mole e mal consegue se mexer. Deixo que minha nova amiguinha descanse e vou tomar um banho.
A bandeja do café da manhã ainda na mesinha, intocada, ficou esquecida, mas a esta altura estou praticamente saciada:

- Kalina, quer que ajude em alguma coisa? – é Aninha, muito solícita oferecendo para esfregar minhas costas, abro a porta do blindex e convido a morena.Ela começa a tira a roupa, desta vez está sorrindo e parece até mais bonita, iluminada e solta.

Eu também estou muito mais calma, trocamos nosso primeiro beijo de verdade e mordisco o bico do seio da minha moreninha. Hoje vou chegar atrasada.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Despedida- Lucia Czer


Sente o cadenciado balanço como se estivesse em movimento, no entanto sabe que não se moveu. Está escuro e abafado. Pergunta-se, intranquila, onde está? Não consegue identificar. Perdeu a noção como numa crise de labirintite. Só sabe que o ar está rarefeito e tem um odor adocicado e enjoativo. De quando em quando, parece que uma ínfima parcela de claridade entra no local onde se encontra. Já tentou gritar, bater, clamar por socorro. Só resultou em menos ar para respirar. Não consegue mexer-se porque o local é estreito. Percebe que está vestida e com sapatos. Ah, esse cheiro enjoado que entra pelas narinas parece com o de flores, uma profusão de flores mortas, maceradas. Alisa a veste e sente que é seda, nas mãos algo com contas e um... Crucifixo? Sim. É um crucifixo de metal. Reconhece, tateando a imagem em relevo feita em madrepérola, é o seu rosário. Que diabos estará fazendo isso em suas mãos? Terá rezado? Porque, agora, identifica o objeto como sendo um terço, o seu terço, presente da primeira comunhão. Não recorda o motivo de estar segurando-o.

O balanço cessa. Ouve uma ladainha numa voz monótona, alguém chora. Tenta, novamente, chamar a atenção. Ninguém a escuta. E esse barulho... Parece uma pá batendo... As narinas fremem captando o cheiro de ciprestes e maricás florescendo e, também, cimento fresco. Por que não a ouvem chamar?

De repente, tudo cessa. Sobre ela desaba alguma coisa. Não sabe o que é, mas por entre as poucas frestas da caixa entra um pó sobre ela, asfixiando-a. Passa a língua sobre os lábios, isso tem gosto de infância... É terra! Lembra bem do gosto dos bolinhos de barro feitos durante as brincadeiras de casinha.

E esse silencio agora? As pessoas se foram? O ar já está mais frio e a luz dourada não entra mais, ficou escuro como breu e faz frio. Tum, Tum, Tum... É seu coração batendo descompassado. A cabeça incha e dói. Já não consegue respirar. Sente medo. As lágrimas escorrem sem que as possa segurar. Aos poucos a noção se esvai como as sensações. Já não percebe mais o que se passa ao redor, fecha os olhos e se entrega à letargia que a domina e a carrega por um imenso vale de relva viçosa onde as flores de mal-me-quer iluminam com sua cor amarela. Ao longe, o último grito do quero-quero. Uma última lembrança: O nome do amado... E o turbilhão do nada a engole vorazmente.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dust in the wind



Dust in the wind
Composição: Steve Walsh



I close my eyes
Only for a moment
And the moment's gone
All my dreams
Pass before my eyes, a curiosity
Dust in the wind
All they are is dust in the wind

Same old song
Just a drop of water
In an endless sea
All we do
Crumbles to the ground
Though we refuse to see
Dust in the wind
All we are is dust in the wind, ohh

Now, don't hang on
Nothing lasts forever
But the earth and sky
It slips away
And all your money
Won't another minute buy
Dust in the wind
All we are is dust in the wind (x2)
Dust in the wind
Everything is dust in the wind (x2)
The wind


Poeira no vento

Eu fecho meus olhos
Só por um momento e esse momento se vai.
Todos meus sonhos
Passam diante dos meus olhos, uma curiosidade.
Poeira no vento
Tudo que eles são é poeira no vento.

A mesma antiga (ou velha) canção
Só uma gota d'água no oceano infinito.
Tudo que fazemos
Desintegra-se à terra, embora nós recusamos ver.
Poeira no vento
Tudo que nós somos é poeira no vento.

Não fique parado
Nada dura para sempre, só o céu e a terra.
Isso vai embora
Nosso dinheiro não vai comprar outro minuto.
Poeira no vento
Tudo que somos é poeira no vento (tudo que somos é poeira no vento).
Poeira no vento (tudo é poeira no vento)
Tudo é poeira no vento.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

JPalmaJr - Poesias



"no quarto,
em uma de suas fases
por vezes essa mulher
não quer suspiros
nem gemidos
ela só quer
brincar de ser menina
não usa o leito
como quem ama
pulando feito criança
vira a LUA
brincando na cama..."

MENINA NA CAMA
JPalmaJr




MINHA menina...

JPalmaJr

tu me vens
com os olhos firmes
a boca linda
vens como rainha
vem como nunca veio
outra mulher minha...
vens como dona
vens como aquela
que me domina
e ao chegar
tu sentes
no meu olhar
que toda a força
de mulher
vira amor
de menina...
te aquietas
te entregas
se dá
me dá
eu então
te dispo
com os olhos,
primeiro...
com as mãos
com a boca
logo após...
e ao final
a mulher forte
se aquieta dentro de ti
e o menino transmuta
em homem
na porta dos fundos
de teu ser
que me ofereces
eu me afundo
me aprofundo
me delicio
agora és
a menina meiga
que se dá
minha doce flor
e no fundo de
tua entrada
mais fechada
sou homem
teu homem
a te regar
com meu amor...

Néon


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