quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O APAGÃO - Madamme Mmey






Tudo começou no blecaute que atingiu a todos nos na noite da terça-feira, dia 10 de novembro de 2009. A partir desse dia minha doença se tornou crônica, uma febre que não passa, uma dor que causa prazer, determinação, loucura, devaneios e tantos outros sentimentos que não consigo descrever.

Eu estava descendo o elevador da empresa onde trabalho, tinha perdido a hora, eram mais de 22:00h e por isso era a única a sair. Tinha que me apressar, ir para casa naquela hora não era uma tarefa muito agradável, uma vez que os casos de assaltos aumentavam dia a dia na cidade.

O engraçado foi que olhei para o relógio do celular justamente as 22:13h, horário em que as luzes se apagaram. A porta do elevador tinha aberto no terceiro andar, eu vinha do décimo e ia sair no térreo. Alguém entrou, não prestei atenção pois olhava as horas naquele momento, a porta fechou e...As luzes se apagaram.
-Caramba! Tem gerador no prédio?

A pessoa que estava ali ficou muda, não se dignou a um monossílabo sequer. O clima começou a ficar tenso e eu senti minhas pernas moles.

-O senhor trabalha aqui? Nada. Fui até a porta e tentei abrir. Fechada. Deus! Será que era algum assaltante que eu dei o azar de cruzar justo no elevador?

-O senhor poderia responder por favor, está me deixando nervosa...

Senti o vulto se aproximando de mim e por pouco não desfaleço. Ele segurou meus dois braços e me empurrou firme até a parede. Eu estava imprensada ali sentindo sua respiração. Ele encostou seu corpo no meu, forçando contra a parede e segurou minha cabeça para que ficasse colada à dele de frente, sentindo respiração com respiração, lábios com lábios, nariz com nariz...Era uma situação muito inusitada. Suas pernas empurravam as minhas, suas coxas me seguravam ali, seu tórax pressionava os meus seios. Ele segurou minha cabeça com uma das mãos e com a outra mexeu delicadamente na minha orelha.

-Por favor moço...Minha voz sumia na garganta.

Ele desceu o dedo da orelha até meu pescoço, depois enfiou o indicador na minha boca fazendo um movimento circular, deixando-o molhado de saliva. Tirou-o e enfiou por baixo de minha blusa, buscando meu seio por baixo do sutien. Ele passou o dedo molhado no meu biquinho e enfiou sua língua entre meus lábios, me deixando mole e sem reação. Eu tremi antevendo o que viria. Ia ser estuprada com certeza. Ele, percebendo meu tremor, ergueu minha blusa e começou a beijar delicadamente meus seios, enquanto com as mãos acariciava o contorno de meu corpo, por cima da calça jeans.

-Por favor...Ele ergueu-se até minha orelha e respirou fundo ali. Minha calcinha ficou encharcada. Eu estava sentindo tesão, que droga...Eu não sabia quem era, não via seu rosto, mas desejava seus lábios, ardia em desejo de sentir seu corpo me amparando naquela parede.

Ele percebeu porque saiu para trás e começou a tirar minha roupa.

-Não. Não, por favor...Sem se importar com meus protestos ele tirou minha blusa e depois abaixou minha calça até o chão, tirando com rapidez enquanto abria sua calça.

Eu não podia ver direito, mas senti quando encostou seu pênis na minha vagina, era assustador como aquele contato me deixou com tesão. Ele abaixou e enfiou a cabeça entre minhas pernas iniciando uma série de chupadas no meu clitóris que me fizeram perder a noção do perigo. Segurei sua cabeça e gozei feito uma louca. Ele não deixou que eu terminasse e saiu, abriu minhas pernas e me colocou erguida em torno de sua cintura. Mirou seu membro na portinha de minha vagina e enfiou com vontade. Enfiava até o fundo e tirava, numa frenética série de estocadas que me levaram ao delírio. Eu gritava de tesão, enquanto ele ejaculava dentro de mim. Eu sentia os jatos quentes de seu sêmen me entupindo e isso me dava um tremor incontrolável. Eu perdi a noção do tempo.

Quando terminei de gozar ele continuou com seu pau dentro de mim por longos minutos, me deixando assim, presa por seu corpo. Engatados, quietos, permanecemos ali...Depois saiu e fechou sua calça.
Ele pegou minhas roupas e me vestiu. Blusa e calça, como se fossemos íntimos. Abraçou-me por trás e ficamos ali, juntos. Eu sentia seu corpo atrás de mim, me agarrando com firmeza. Ele estava encostado na porta do elevador e agarrado ao meu corpo, não deixava que eu me movesse. Não sei quanto tempo ficamos assim, até que as luzes voltaram e tentei me virar para vê-lo. O elevador abriu a porta e ele me empurrou firmemente e saiu correndo. Só pude ver de longe que era alto, jaqueta de couro preta e cabelos curtos. Eu o vi desaparecer no corredor e apertei o botão para o térreo. Na garagem ainda tentei ver se tinha alguém, estava tudo silencioso. Peguei meu carro e fui embora.

Nunca mais fui a mesma. Rezo todos os dias para que aconteça um novo apagão...

FIM



Madamme Mmey tem uma nova e sedutora maneira de contar histórias eróticas. Escritora, construiu esse pseudônimo para exercitar livremente esse estilo, sem as amarras do dia a dia e julgamentos preconceituosos.

Literatura erótica, segredos íntimos e confissões:
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