terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FANNY HILL OU MEMÓRIAS DE UMA MULHER DE PRAZER






Fanny Hill

John Cleland nasceu numa época em que o ganhar-dinheiro era uma religião, e tudo tinha para nela se tornar alto sacerdote. Nasceu em 1710, na Inglaterra, filho de alto funcionário amigo de filósofos. Foi à Westminster School, depois foi cônsul na Turquia. Depois entrou na Companhia das Índias e ascendeu até membro do Conselho da Bombaim. A vida de um burguês e colonizador.

Que só durou até seus trinta anos. Brigou com seus superiores e voltou a Londres sem tostão. Começou a escrever de aluguel. Sem muito sucesso. Naquela época havia prisão por dívidas e ele foi encanado não uma mas várias vezes.

Numa dessas férias contra a vontade ele teve a idéia de rever e ampliar uma coisica que tinha escrito anos antes. A história de uma garota de quinze anos que sai do campo para tentar a vida em Londres. Anos depois ela escreve uma carta a uma senhora mais velha. A garota deixou de ser garota, é uma jovem mulher, é casada, e deixou de ser pobre, a vida é razoável.O livro é a carta. O meio para melhorar de vida foi se tornar uma vendedora de alegria aos homens. O autor deu ao livro o nome de Memórias de uma mulher do prazer. Mas ele se tornou mais conhecido pelo nome da garota, Fanny Hill.

Fanny ao chegar à cidade era inocente de tudo. Foi morar na casa de uma certa Sra. Brown, onde já havia outras moças. E nesta casa ela aprende tudo o que não sabia.
Uma das mulheres que lá moram é sua guia neste novo mundo. Phoebe gosta de meninos, é verdade, mas também não despreza a carícia de outra moça – e os momentos em que toca o corpo jovem de Fanny são dos mais animadores do livro.

No trecho que vamos ler Fanny ainda tem medo de perder sua inocência. Teme dores, etc. Phoebe se refere a uma certa Polly, uma das meninas do bordel. Ela seria sustentada por um rapaz, comerciante genovês que pagar para tê-la com exclusividade. Phoebe leva Fanny para um quarto pelo qual por uma rachadora se pode ver o quarto vizinho.

Fanny vê o rapaz genovês, depois a jovem Polly. Dividem cálice de vinho, começam a se acariciar,e logo Fanny invejava os seios da menina, tão firmes que dispensavam espartilho, os bicos a apontar em direções opostas. Chegam ao prato principal:

A essa altura o jovem cavalheiro havia mudado a posição da moça, sobre o sofá, de transversal para ao comprido; mas as suas coxas ainda estavam bem abertas, e o alvo se mostrava muito claro para ele, o qual, ajoe¬lhando-se entre elas, forneceu-nos uma visão lateral daquela sua máquina fogosa e ereta, que ameaçava nada menos do que rachar a vítima tenra, que contemplava sorridente aquele malho erguido, e nem parecia a ele se recusar. O próprio rapaz olhou para a sua arma com al¬gum prazer e, guiando-a com a mão até a fenda convidativa, afastou os lábios para o lado e alojou-a (após algumas investidas, que Polly parecia até ajudar) até a metade. Mas lá ela parou, suponho, devido à sua grossura cada vez major.

Ele então a retira e, após umedecê-la com um pouco de saliva, volta a entrar, e agora com facilidade enfiou-a até o cabo, ao que Polly deu um suspiro profundo, cujo tom era bem diferente dos que expressam a dor; ele investe, ela ofega, a principio suavemente e numa cadencia regular, mas agora o enlevo começava a se tomar violento demais para poderem observar qualquer ordem ou medida, seus movimentos eram extremamente rápidos, Os beijos muito ardentes e fervorosos, para que a natureza pudesse suportar tamanha fúria durante muito tempo; ambos me pareciam fora de si, seus olhos lançavam faíscas de fogo; "Oh! Oh!... não agüento... é demais... eu morro... estou indo..." eram as expressões de êxtase de Polly.

Depois desse momento voyeur, Fanny disse adeus a todos os medos do que o homem pudesse fazer comigo. Ela pensava em achar um homem e oferecer-lhe aquela ninharia, cuja perda agora imaginava ser um ganho que não podia mais esperar proporcionar.




(*)CLELAND, John. Fanny Hill – Memórias de uma mulher do prazer. São Paulo: Estação Liberdade, 1989. Tradução de Eduardo Francisco Alves. Obra em 2 v.

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