sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O PEGADOR DE BARANGAS - Darkness


O PEGADOR DE BARANGAS





Ditoso e bem dotado

Tanto na beleza

Quanto na virilidade

O nababo ainda possuía

Riqueza de fazer inveja

Charme, lábia, carisma

Além de uma contagiante alegria.



O pegador da turma

Famoso conquistador

Deitava-se em todos leitos

Vencia qualquer mulher

Bastava desejar a incauta

E não tinha limites

Só parava depois de atendido

Era o terror dos namorados

Dos pais, noivos e maridos.



Mas a valentia exacerbada

Tirou-lhe o apetite

Olhava paras as bundas

Cobiçava os fartos seios

Brincava com as oferecidas

Mas já não sentia o tesão

Não lhe tocava o desejo

De ser o garanhão invencível

De servir de cavalgadura

De afundar-se em carnes macias

De se mostrar irresistível.



O desânimo em sua libido

Surgiu com o desapontamento

Vozes abafadas e covardes

Ditavam má fama a seu prestígio

Algumas dondocas desaforadas

Despeitadas por seres preteridas

Propalaram que tanto sucesso

Não era resultado da beleza

Não era habilidade na sedução

Tanto paparico só ocorria

Por causa de sua riqueza.




Para os mais íntimos era passível

Que o pegador se cansara

Depois de tantas bonequinhas

Tantos boquetes e sacanagens

Ele estava entrando em parafuso

Desdenhava as patricinhas

Por pura frescura e viadagem.



O pegador, que na verdade,

Era apenas um Don Juan

Sentiu-se ferido em seu brio

Passou a mal olhar os amigos

Por que o homem é tão interesseiro

Que não preza a hombridade

Ao invés de cultivar veros amigos

Preocupa-se com a aparência

Com as regras da hipócrita sociedade.



Seu lamento arrefeceu num rompante

Aos testemunhar uma agressão

Uma moça sem atrativos

Alvo de ignóbil humilhação

Seu descontentamento nasceu

De uma incisiva traição

Mas a moça sofria reveses

Por causa de sua condição.



Barranga! Rascunho do inferno!

Bruxa! Insossa e aberração!

Foram tantos os maus tratos

Que o nababo se enfureceu

Passou a cortejar a feiosa

Seus antigos companheiros

Ou ignorava com ironia

Ou fazia que esqueceu.



Estima recuperada

A moça lhe agradeceu

Não esperava que ele a namorasse

Sua atenção já valeu.

Mas o rapaz foi mais fundo

Levou a companheira ao motel

Uma noite de paixão

Afundando-se nas carnes

Peitos... bocas... coxas...

Ah, sim, sem se esquecer do bundão.



Aquele ano foi um deleite

Asmas línguas não descansaram

O conquistador mais realizado

Passou a ser azucrinado

De grande pegador de aviões

Foi motivo de muitas zangas

Que fosse, ainda, requisitado

Passou a ser pegador de barangas.


Os mais medonhos tribufus

As mais desengonçadas criaturas

Era vistas em sua companhia

Eram suas únicas conquistas.

Que as outras alfinetassem

Ele não se importava com o desdém

Graça e sensualidade, tesão...

Mesmo as mais feias e sem graça

aquelas que não são vistas tem!

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Néon


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