sábado, 24 de janeiro de 2009

Giovanni Giacomo Casanova




Ao contrário de outros grandes sedutores, Giácomo Casanova não é personagem de ficção. Nasceu em Veneza, a 2 de Abril de 1725, filho de actores pertencentes à pequena burguesia. Morreu a 4 de Junho de 1798. Tornou-se um personagem famoso graças à sua própria vida, que ele conta nos 16 volumes das Memórias.

Dizem que tinha um físico bastante agradável e uma viva inteligência. Recebeu uma excelente educação: doutor em direito, conhecia o grego, o latim, o francês e o hebreu, além do espanhol e do inglês. Possuía profundos conhecimentos de teologia, filosofia e matemática. Exerceu diversas profissões, que abandonou quase sempre logo em seguida: padre, militar, músico e agente secreto...
Dançava muitissimo bem e era excelente na esgrima e na equitação. Viajante incansável, era um homem fora do comum: bonito, inteligente, culto. Tinha tudo para agradar e, ainda por cima, uma paixão incontrolável: as mulheres.

Casanova queria seduzir todas as mulheres, ama-as a todas e não escolhe: "amontoado insensato de beleza e de lixo, de inteligência e de vulgaridade, verdadeira feira do acaso sem freio e sem escolha!" (afirma Zweig).

É essencialmente um ser do prazer. "gosta do prazer que proporciona às mulheres" (diz Marceau).
Não é um sedutor estratégico como Valmont (lembram-se de «Ligações Perigosas?»)

"Ele nunca prepara, com planos ou cálculos (não tem muita paciência), nem a menor das ações" (diz, dele, Zweig). Casanova é um ser de superfície, cujo exterior se confunde com o interior e cujo objectivo se esgota no instante presente.

Como é que Casanova seduz?
De uma maneira muito simples: dá-se sem reservas, abandona-se completamente.
As mulheres deixam-se possuir por ele porque sentem que ele é possuído por elas.
"Nada se pode ir buscar nesse mestre, nada se pode aprender com ele, pois não existem truques próprios de Casanova, não há uma técnica casanovense da conquista e da sedução. Seu segredo está na sinceridade do desejo, na expressão elementar de uma natureza apaixonada".

Casanova quer o corpo das mulheres, e não a alma. Cumpre as suas promessas; "graças a seu magnífico depósito de sensualidade, ele dá prazer por prazer, corpo por corpo e nunca contrai dívidas da alma". Não provoca nenhuma catástrofe. Fez muitas mulheres felizes e todas saem intactas de uma aventura sensual para voltar à vida quotidiana, ou seja, aos maridos ou a outros amantes. Nenhuma se suicida nem se abandona ao desespero; o seu equilíbrio interior não é abalado.
Não é difícil compreendê-las: Casanova deve ter sido um sedutor generoso que "só precisa ser o que é, ou seja, sincero na infidelidade de sua paixão".

"Je commence par déclarer à mon lecteur que, dans tout ce que j'ai fait de bon ou de mauvais durant tout le cours de ma vie, je suis sûr d'avoir mérité ou démérité, et que par conséquent je dois me croire libre."



Receitas do sedutor Casanova- Para cada mulher,um prato sedutor

Casanova afirmava que as louras tendem a preferir verduras frescas, frutos do mar, peixes na manteiga, aves, comidas adocicadas, cremosas, suaves e queijos não muito picantes. Bebem os vinhos brancos e o champanhe.

Já as morenas adoram as hortaliças de perfume intenso, ostras com limão, embutidos apimentados, risotos, carne vermelha, queijos fortes, doces recheados e chocolate. Gostam dos vinhos tintos, como o Bourgogne e o Bordeaux, e do champanhe.

Casanova também se referiu às ruivas, de pele muito clara e sensível. Estas, segundo ele, escolhem 'alimentos requintados e leves, mas por outro lado o temperamento as aproxima do fogo'. Tomam vinhos brancos secos, os Côtes du Rhône e os rosados. 'E champanhe, sempre', sublinha. Nada mais justo. Era seu combustível de combate".


Receita do capítulo:

Risoto ao Champanhe

Ingredientes:
1/2 cebola picada
3 col. de sopa de azeite de oliva
2 talos de aipo picados
300g de arroz italiano, de preferência o Vialone Nano
150ml de champanhe
30g de manteiga em pequenos cubos
1l de caldo de carne
30g de manteiga aquecida
3 col. de sopa de queijo parmesão ralado
queijo parmesão ralado grosseiramente para acompanhar
sal

Preparo:
Numa panela, murche a cebola no óleo ligeiramente quente. Misture o aipo e pulverize um pouco de sal. Junte o arroz e mexa bem. Coloque o champanhe e deixe-o evaporar. Continue o cozimento, adicionando o caldo quente à medida que o arroz for secando. Mexa constantemente. Quando o arroz estiver al dente, apague o fogo, coloque a manteiga em cubos e, em seguida, 3 colheres de parmesão ralado. Misture. Passe o risoto para os pratos e regue com a manteiga aquecida. Sirva imediatamente, acompanhado de queijo parmesão.

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