terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O MAGO



Em tempos de tecnologia avançada, shopping, computadores domésticos, dvd, enfim as modernidades mais chamativas, algumas atividades antigas enfrentavam o ostracismo. As companhias circenses eram uma delas. Os espetáculos já não atraíam mais o mesmo público de antes. Algumas atrações destacavam-se, mas quando ocorria de ser alvo de comentários mais diretos, acabavam deixando a companhia para uma aventura solo nos meios de comunicação de massa.
Por que alguém percorreria o caminho inverso? Esta pergunta não parava de martelar a mente do dono do Circo de Itália. Há seis meses um homem de aspecto estranho o procurara para solicitar espaço na companhia. Devido à falta de um mágico, ele aceitou a oferta, mas agora, começava a duvidar de que tivesse feito uma boa opção.
Não que o mágico fosse ruim, pelo contrário, era exatamente por achá-lo muito bom que vivia desconfiado. Além das habilidades, o mágico diferenciava dos outros por não trabalhar com nenhuma partner, não apresentar nenhum equipamento especial ou passar o tempo exercitando seus talentos. Sem dizer que seu trailer era território proibido a todos.
Naquela noite, ele iria ter uma conversa mais séria com o mágico. Alguns comentários, feitos pelos outros artistas, o estavam deixando muito preocupado. O mais crítico foi aquele que seu antigo domador fez. Mesmo considerando que Jumal andava depressivo pela extinção de seu número, afinal não podiam mais manter animais nos circos, mas não podia deixar de pensar na argumentação que ouviu:
-- Andam dando muita liberdade para este mágico. Nem sabemos quem ele é. E se descobrirmos que ele é algum bandido?
Ainda faltavam duas horas para o início do espetáculo e Giacomo decidiu ir até o trailer do mágico. Ao chegar próximo ao local, ouviu uma conversa delicada entre o homem e Lumara, a mulher de Jumal.
-- Por que não me joga em sua cama e faz aquilo que sei ter vontade?
-- Não costumo compartilhar do corpo de mulheres comprometidas.
-- O que tem demais? Jumal já me traiu tantas vezes.
-- Assunto para ser discutido entre vocês.
-- Pode se arrepender por recusar minha oferta.
-- Não tente nada que possa resultar em tragédia. O circo é uma família e todos seriam afetados.
Contrariada, a mulher abandonou o local. Giacomo aproximou-se lentamente permitindo que o mágico entrasse no trailer. Não desejava dar a impressão de ter ouvido a conversa entre eles. De qualquer modo, foi bom ter ouvido. A postura do mágico indicava que ele era um homem de caráter.
-- Melanto! Chamou sem bater.
A figura imponente e sombria do mágico surgiu à porta. Seus olhos emanavam uma energia tão forte que poucos ousavam mirá-lo.
-- Sim, senhor Giacomo.
-- Preciso ter uma conversa com você.
-- A respeito dos comentários.
-- Você já sabe?
-- O circo não é tão grande assim.
-- Entendo. Isto facilita tudo. Não posso exigir mais do que me apresentou, mas se tivesse algo mais para fornecer...
-- Sinto muito, mas apresentei tudo que podia. Outras informações são pessoais demais.
-- Não me entenda mal, mas os truques que realiza... bem, poderia estar se apresentando em salões de qualquer parte do mundo.
-- Não me interessa a fama. Gosto de mostrar minha arte para as pessoas simples.
-- Isto é que me intriga. Por que esta aversão ao dinheiro?
-- Não se trata de aversão ao dinheiro, mas incompatibilidade com a fama.
-- Acredito que seja verdade, mas poderia estar ganhando muito mais em outro ramo.
-- Dinheiro não me falta. Se desejar, deixo a companhia.
-- Não. Não é meu desejo que nos deixe.
-- Sendo assim, só me resta pedir que confie em mim.
Após a conversa, o dono do circo seguiu para seu motor home. Antes de chegar ao veículo, foi detido por Jumal. Seus olhos estavam vermelhos e frios. Aquele homem metia medo em qualquer um que se colocasse em seu caminho.
-- Então?
-- Então o que?
-- Como foi a conversa com o estranho?
-- Melanto é um homem de princípios nobres. Não deveria duvidar de sua honra.
-- Mas ele é um estranho!
-- E no entanto deu provas de integridade difícil de se ver.
-- Provas! Que provas ele apresentou?
-- Não gostaria de saber.
-- Diga-me, eu exijo!
-- Antes de exigir algo, deveria tomar conta de sua esposa.
A sentença saiu sem que Giacomo desejasse expor com tamanha frieza, mas sei sangue italiano fervia facilmente e Jumal não estava facilitando em nada a conversação.
-- O que tem Lumara?
-- Pergunte a ela o que foi fazer no trailer do mágico.
-- Mentira! Lumara não iria...
Jumal deteve sua frase. Desde que Lumara descobrira suas traições, vivia ameaçando pagar na mesma moeda. Será que aquela rameira teve a ousadia de cumprir aquilo que prometera? Se fosse verdade, iria parti-la em pedacinhos.
Sem nem mesmo se despedir, virou-se como um cão raivoso e partiu para seu trailer. Estava tão furioso que quase arrancou a porta ao entrar.
-- Mulher vadia, o que foi fazer no trailer do mágico! Vociferou assim que a porta bateu.
-- Anda me espionando, agora? Acredito que seja um pouco tarde para isto.
-- Maldita! Eu a mato se tiver tido o atrevimento de me trair!
-- Por que? Não é exatamente o que vem fazendo comigo?
-- Eu vou fazer você arrepender-se de achar que pode me desafiar.
-- Nem mais um passo! Lumara havia se colocado em pé e o encarava com ira. Se ousar encostar um só dedo e m mim, terminará a noite em uma cela da imunda delegacia desta cidade.
-- Não teria coragem!
-- Tente!
As pessoas, que ainda compareciam ao circo para assistir as apresentações, costumavam fazer uma idéia romântica da vida dos artistas que assistiam. Não imaginavam o quanto comum era a rotina de todos. Tão mais próxima da realidade de todos do que supunham, mas era exatamente esta aura de magia e perspectiva de aventura que sempre encantava os mais sensíveis, talvez seja justamente a maior perda de todas.
Jumal não era mais domador do circo, as apresentava-se fazendo números de malabares e equilibrismo que desafiavam o perigo. Seus números eram arriscados, mas seguros. Tudo bem planejado e treinado.
Quando Melanto aparecia tudo mergulhava em uma penumbra enevoada e silenciosa. O picadeiro mostrava-se tão nu quanto uma vedete de boate. Diferente de outros mágicos, ele se apresentava só e sem qualquer equipamento visível.
Durante vinte minutos ele entretinha o público com números de fazer o queixo cair. Seus companheiros de circo era o mais assombrados. Melanto jamais repetia uma mágica. Os números eram sempre diferentes.
Naquela noite, especificamente, dentre as quase cinco dezenas de pessoas presentes, encontrava-se Lara. No frescor de seus vinte anos, ela ainda acalentava a aura romântica que a maioria de suas amigas já haviam abandonado desde a o início da adolescência.
Fosse por esta índole sonhadora, fosse pelo ar de mistério que dominava o ambiente durante a apresentação do mágico ou por algum motivo ainda desconhecido, ela sentiu-se atraída pelo enigmático artista. Tão enigmático que nem mesmo o rosto era possível ver. Uma sisuda máscara cobria-lhe o rosto.
-- O que foi? Perguntou-lhe Amélia, sua prima que a acompanhava.
-- O que?
-- Parece à milhas daqui.
-- Ah, não é nada, não.
-- Não sei que graça você vê em vir até esta pocilga. Poderíamos ter ido ao shopping.
-- Amanhã o shopping ainda vai estar lá.
-- O circo também vai estar aqui.
-- Não. Hoje é a última apresentação.
-- E daí?
-- A última vez que saí com meus pais, foi para ir a um circo.
Amélia, que não era romântica, mas sentia afeto por sua prima, absteve-se de expressar novo argumento em contrário. Depois de quase dez anos convivendo com a prima, sabia o quanto o assunto ainda doía no sensível âmago de Lara.
-- Bem, o espetáculo deve estar para acabar.
-- Pode me esperar um pouco?
-- Onde pretende ir?
-- É só um instante.
-- Certo, mas não demore muito.
Anne deixou a prima sentada na cadeira e saiu da tenda. Assim que colocou os olhos sobre o mágico, sentiu seu coração disparar. A emoção que tomou conta de seu coração embotou qualquer racionalidade. Ela decidiu procurar pelo mágico assim que o número tivesse sido concluído.
Como todos estavam ocupados com um ou outro detalhe das apresentações, ninguém interrompeu seus passos. Com segurança, foi percorrendo os veículos estacionados na parte de trás do circo. Não estranhou que aquele que procurava fosse o último deles.
-- Olá! Tentou chamar a atenção do ocupante.
O silêncio só era quebrado pelo insistente assobiar do vento. A noite estava fria, mas ela não parecia incomodada pelo tempo. Seu coração ainda se mostrava agitado.
-- Pois não?
O timbre incomum da voz a fez arrepiar-se. Não era como um timbre aveludado, igual a dos muitos galanteadores que já haviam tentado seduzi-la, nem fria como o das pessoas que encontrava eventualmente. Aquele timbre guardava um mistério que alimentou sua fantasia.
-- Oi, será que podemos conversar?
-- Não costumo receber ninguém, mas me deixa curioso por sua atitude.
-- Também não estou habituada a tais arroubos, mas não pude me controlar. Seu desempenho na arena foi deslumbrante.
-- Ah, veio para comentar meu número.
-- Na verdade, não sei bem porque vim. Senti que deveria vir e estou aqui.
-- Impulso! Pode se meter em séria encrenca se sair agindo por impulso.
-- Como lhe disse, não costumo agir assim.
-- Está bem, mas o que poderia lhe oferecer?
-- Não sei. Não pensava em nada quando decidi vir.
-- Não sabe o que procura?
-- Não. Quer dizer, penso que saiba, mas não estou bem certa.
-- Um diálogo informal?
-- Talvez.
-- Quer entrar?
-- Posso?
-- Não é comum permitir que entrem em meu trailer, na verdade não permito que ninguém entre, mas vou abrir uma exceção.
A exclusividade de tratamento aumentou a excitação de Lara. Tudo que cercava aquele homem misterioso a deixava mais e mais dominada por uma emoção inédita. Seu coração pulsava e sua alma vibrava como nunca houve acontecer.
O interior do trailer era simples. Além de um assento, que podia ser transformado em cama, um pequeno fogareiro, um freezer, um armário e o banheiro. Nada mais podia ser observado.
-- Onde guarda seus equipamentos de magia?
-- Não uso nenhum.
-- Mas os truques que apresentou foram incríveis.
-- Mente!
-- O que? Não estou mentindo.
-- Oh,não! Não disse que mentia, mente, aqui ó!
Melanto apontou para a cabeça indicando que suas mágicas tinham a ver com a mente humana.
-- Como assim?
-- Já ouviu falar em hipnose, não?
-- Sim, mas hipnotizar todo mundo?
-- Não eram tantas pessoas, assim.
-- Mas nem todas estavam concentradas em sua apresentação.
-- Não preciso que estejam. Posso sentir suas vibrações e manipulá-las como precisar.
-- Isto o torna uma pessoa muito perigosa.
-- Seria, se fosse alguém mal intencionado. Garanto-lhe que não é o caso.
-- Onde aprendeu a arte?
-- Não aprendi. A habilidade que possuo é inata. Quando adquiri consciência do dom que possuía, precisei apenas aprender como orientá-lo de modo a poder controlá-lo conscientemente.
-- Sozinho?
-- Não. Pesquisei muito e quando tinha maturidade suficiente para poder diferencias as pessoas, procurei por um bom e legitimo mestre.
-- Entendo.
-- Satisfeita?
-- Sinto que não.
-- Mas contei-lhe mais do que a qualquer um que me conheça.
-- Não foi atrás de informações sobre seu passado ou seu dom que vim até você.
-- Por que foi, então?
-- Vim atrás do homem que se oculta sob a máscara do mágico fantástico que hipnotiza a multidão.
-- Não estou entendendo.
-- Desejo que realize a mágica mais maravilhosa de todas.
-- O que?
-- Torne-me mulher!
Melanto olhou fixo para a moça. Seu corpo transpirava sedução e calor. Uma onda energética de pura eletricidade emanava do corpo sereno e sensual. Como se tivesse atingido por uma explosão violenta, ele compreendeu que não poderia furtar-se ao contato. Tudo que os envolvia era mágico e convidava a uma entrega sem limites.
-- Seu pedido é um tanto inusitado.
-- Sei que é, mas não estou atrás de laços que possam nos prender. Sinto que meu desabrochar lhe pertence. Não ignore minha oferta.
-- Deveria, mas não sei se consigo resistir.
-- Não resista.
Ao mesmo tempo em que trocavam frases sussurrantes, a distância ia sendo devorada pelos passos silenciosos de seus corpos. Num átimo, seus lábios estavam tão juntos que suas respirações uniam-se num único emanar. O beijo primevo foi um toque suave de duas carnes instigadas por uma aura espectral.
Olhos mirando-se em silêncio, os lábios voltaram a se unir, mas desta vez como se tivessem desejo de se devorarem mutuamente. As línguas se roçavam cm volúpia e as mãos avançavam pelos cabelos e costas.
-- Assim. Sei que você é meu prometido.
-- Se é em que acredita...
A dança da carne principia sua evolução. Os lábios teimam em permanecerem colados enquanto as mãos se alternam em tocar os mais variados pontos dos corpos. Sem movimentos bruscos ou pungentes demais, elas envolvem, suavemente, áreas totais.
No ardor da dança, os lábios se separam e as bocas cobrem partes ainda ressecadas. As orelhas ganham beijos e mordidas leves, as línguas invadem os canais auditivos provocando suspiros e arrepios esfuziantes. A libido se intensifica no mesmo ritmo dos amantes.
Entre um beijo e outro, a exploração prossegue serenamente. As bocas avançam sobre a superfície superior levando suas umidades até os pescoços. Outra vez se encontram permitindo que as línguas voltem a se enroscar com sofreguidão.
Assumindo a iniciativa, Melanto deixa-se escorregar um pouco. Acolhe os seios em suas mãos sentindo a rigidez dos mamilos, lentamente solta os botões que os aprisionam. A liberdade é total, uma vez que Anne não os reprime com outra peça.
Seu bailado é suave e ritmado. Como se estivesse tocando pétalas aveludadas e frágeis, ele alisa os montes peitorais incentivando a excitação. Delícia infinita, dedilha os mamilos com a mesma suavidade.
Aos poucos vai vencendo a distância que separa sua boca dos seios pulsantes. Seu desejo é prolongar o ato até a eternidade e, para tanto, segue com a mesma letargia. A umidade da boca mistura-se a seiva corporal, os sentidos denotam o calor que os domina.
Um leve beijar cobre os mamilos. A quentura do hálito que o toca deixa a moça quase entregue. Não há um sugar mais vivo, apenas beijos leves que aumentam a sensação de delírio. Os mamilos intumescidos ardem de desejo de serem mamados com ardor.
Finalmente a boca decide-se por devorar os agitados seios. Primeiramente dedica-se ao enlevo do mais próximo. A língua que se enroscava com a outra, agora passeia por sobre o mamilo escolhido. Mas a atenção deve ser dividida; o outro monte também anseia pelas mesmas carícias.
Em compasso alternado, ele vai atendendo ao apelo da companheira. Não existe um tempo ou uma norma a seguir. Colhe os seios com avidez, sem se preocupar com a demora ou a rapidez que os suga. É certo que o faz com maestria, pois a fêmea geme e treme.
Antes que ela possa controlar-se, ele queda ainda mais. Ao mesmo instante que sua boca segue na direção mais desejada, suas mãos cuidam em desfazer-se dos óbices flanelados. A calça desaba sem o apoio dos botões, expondo um par de coxas macios, porém firmes e bem torneados.
O aroma, da flor em brasa, chega às narinas do mago fazendo-o revirar os olhos. Quanta docilidade ainda a explorar... Sem desfazer-se do minúsculo tecido que lacra a caverna, ele massageia a deliciosa bunda. Estando para colidir com a pélvis, comprime a bunda com mais vigor.
Mesmo por sobre o pano, é possível sentir todo calor que consome aquela carne esfomeada. Melanto adia o descerrar da entrada e volta a subir até o peito. Seu agir a deixa inconformada, mas logo percebe o intento do mago.
Tomando-a em seus barcos, eleva-a do chão conduzindo-a até uma cama que ela não notara existir ali. Abstraindo-se um pouco das carícias, surpreende-se ao não reconhecer o ambiente. Onde estariam os elementos que havia visto ao entrar?
O lapso de distração foi curto demais para mantê-la ocupada com tal pensamento. Tão logo sente o contato macio do leito em seu dorso, volta a atentar apenas para a dança do sexo. Melanto admira sua formosura e suspira embevecido. Tanto tempo sem ter a companhia de uma mulher e eis que surge uma ninfa encantadora.
Com agilidade, ele volta a acariciá-la. Novamente sorve da rigidez de seus seios, estimulando seus mamilos. Sofregamente apodera-se de seus lábios invadindo sua boca com sua língua desvairada. O balé reinicia-se em alta voltagem.
Aprumando-se, deixa que suas mãos percorram o delicioso corpo nu. O deslizar suave a deixa totalmente entregue. Sente que valeu a pena ter esperado tanto tempo. Seu coração não a enganou, está na companhia do homem que sempre esteve em seus sonhos.
Sem que ela percebesse, as mãos hábeis descerraram a caverna permitindo que o mago admirasse toda sua formosura. De olhos fechados, ela tentava adiantar-se às ações que ele praticava, mas não encontrava eco a suas aspirações. Como para provocar-lhe sensações divergentes, ele sempre agia em uma parte que ela não aventara ser tocada.
Deslizando sobre o corpo, ele fez sua língua percorrer o espaço que a separava da tão desejada sedução. Iniciando o percurso nos seios, avançou lentamente sentindo a pulsação de cada centímetro do corpo. Aos poucos, ela foi se dando conta do próximo passo.
O sopro quente chegou ao monte pubiano. Os pelos eriçaram fazendo com que seu corpo tremesse sob impacto de uma descarga violenta. Sua flor estava preste a ser sugada e invadida pela boca e pela língua que ainda há pouco devorava seus seios.
Como que para provocá-la ainda mais, ele esnobou a fervente gruta e beijou suas coxas. Deslizou até o final da perna, colou-se a outra e subiu até voltar ao monte pubiano. Segredos e mistérios povoavam a mente de Anne enquanto sua carne tremia sob efeito das carícias.
Finalmente o beijo mais esperado. A boca colou-se a vagina, a língua invadiu-a com destreza. Sentindo o odor adocicado da flor, Melanto sorveu o rígido apêndice que tanto tesão propiciava a sussurrante moça. O clitóris tremeu com a mesma intensidade do corpo, Anne delirava.
Instintivamente ela contraiu as coxas prendendo-o entre ambas. Mesmo sentindo-se sufocado, ele não abandonou seu exercício; deslizava sua língua com a mesma vontade do início. O tesão era tanto que ao abrir os olhos por um segundo, ela se viu em pleno ar. Sentiu como se nada tocasse seu corpo além do corpo de seu amante.
Solta como estava, ela planava sem temor. A língua de Melanto a pousar em seu grelinho ou bailando em sua gruta, fazia-a sentir-se a mulher mais realizada; por que se deixaria incomodar por descobrir-se em um ambiente totalmente vazio?
Repentinamente ela sentiu que a língua procurava outra abertura. O anelzinho piscante sentiu quando o músculo tocou-o com ousadia. Em movimentos circulares, ele o preparava para sensações de múltiplos estertores.
Era, enfim, o momento de sua realização. O homem que a tinha por completo, a faria conhecer todos prazeres que a carne pode receber e ofertar. Se sua grutinha já se sentia preparada para a defloração, seu anelzinho começava a receber a mesma atenção.
Sem qualquer elemento para servir de referencial cartesiano, ela movia-se com total liberdade. Suas mãos procuraram o corpo do amante e quando encontrou um apoio, prendeu-se a ele como se fosse a única salvação em um oceano sem fim.
Melanto sentiu quando sua cabeça foi agarrada com força desmedida. Sentiu que unhas penetravam em seu couro cabeludo, mas ignorou a incipiente dor e continuou em sua exploração. Sentir aquele orifício ainda virgem piscando sob efeito de sua ação, o deixava quase insensível a outras sensações.
O delírio aproximava-se de seu auge; os tremores que dominavam o corpo da fêmea se intensificavam; ela já não gemia, urrava de tanto prazer, suas mãos agitavam-se e voltavam a prender-se n cabeça que sorvia sua graça. Com violenta pressão, voltou a prender a cabeça entre suas coxas, cravou as unhas no dorso do amante e encheu o ar com seu grito de satisfação. Mesmo antes de sentir-se mulher, experimentava o prazer dos prazeres, suspirando de modo intermitente, ela saboreava as sensações de seu gozo.
Passada a tempestade, o silêncio imperou absoluto. A carne refazia-se lentamente enquanto as energias se reequilibravam. Anne sentia-se solta como se nada a estivesse sustendo. Sentia como se fosse um corpo a deriva em uma vazio sem fim.
Melanto empregava seu dom envolvendo-a com sensações que alienavam a realidade. Aproximou-se encostando seu corpo ao dela. O calor de ambos permitiu que ele sentisse as vibrações que ainda a dominavam. Paciente, ele esperaria até que ela estivesse pronta para recomeçarem.
A proximidade do corpo do amante, fez Anne sentir-se tão bem que ela o enlaçou com seus braços. O contato silencioso e imóvel prolongou-se por alguns minutos. Toques involuntários, originados do roçar dos corpos, começaram a despertar a libido. Anne gemeu levemente e abriu os olhos como que convidando Melanto a voltar a explorá-la.
-- Quero senti-lo em mim!
O êxtase maior ainda estava para ser vivenciado. Melanto a deixou livre para poder contemplar sua formosa nudez. Sorriu com carinho fazendo-a sentir-se plena de segurança. A amplitude do vazio os tocava com tanto envolvimento que eles eram como dois corpos soltos a vagarem por um espaço sem limites.
Melanto incentivou-a a sentir o mesmo prazer que ele sentiu quando explorou seu corpo. Com movimentos suaves e carinhosos, ele a fez ver o que esperava de sua amante. Beijando-a ternamente, segredou-lhe os pormenores dos próximos passos a serem realizados.
Segura de que somente prazer poderia nascer daquele encontro, ela aceitou as indicações e sorriu dominada por uma felicidade que não sentira jamais. Ser mulher a estava deixando muito mais satisfeita do que poderia imaginar.
Os beijos trocados incendiavam-na provocando arrepios por todo seu corpo. Lentamente ela foi distribuindo seus beijos por partes múltiplas. A boca e os lábios já não se satisfaziam mais em tocarem seus iguais, a nuca, as orelhas, os olhos, o peito desnudo, o ventre agitado... ah, que instrumento magnífico ele tinha.
Não contida como ele fora, ela beijou sofreguidamente o membro rijo que parecia mirá-la desafiadoramente. Ao sentir o odor e sentir o sabor do membro, ela recuou. A sensação inédita provocou um misto de desejo e recusa em abocanhar a dura vara. Somente os carinhos constantes de Melanto a fizeram olvidar o pejo incentivando-a a prosseguir em seu intento.
Sem a mesma habilidade do amante, ela enfiou todo o cacete em sua boca. O impacto foi imediatamente repelido. Sua respiração ofegou e ela receou repetir o gesto. Melanto chegou em seu ouvido e sussurrou:
-- Devagar, como se estivesse chupando um sorvete.
Anne olhou-o entre indecisa e desejoso de atendê-lo, mas ao cruzar com o olhar ardente, sentiu como se labaredas incandescentes eclodissem em seu âmago. O fogo subiu-lhe a vulva e sua bucetinha ficou molhada e pulsante.
Olvidando a primeira sensação, ela voltou a abaixar a cabeça em direção ao potente membro. Menos afoita, encostou a cabeça do cacete em seus lábios, premiu-o, esfregou-o nos carnudos corpos labiais, segurou-o pela base e foi engolindo-o lentamente.
Seguindo a orientação de Melanto, imaginou-se chupando um delicioso sorvete; antes que o membro a fizesse engasgar, retirou-o da boca. As mãos afáveis de Melanto percorrendo a extensão de sua bunda, convenceu-a de ter agido corretamente. Sorriu e voou a repetir o movimento.
Aos poucos ela foi se soltando e controlando sua impetuosidade. Com movimentos suaves, engolia e expulsava o cacete sem que ele chegasse a sair totalmente de sua boca. Melanto afagou-lhe os cabelos e gemeu com satisfação.
Enquanto ela seguia em sua exploração, ele foi se ajeitando até que sua boca ficou colada a sua coxa esquerda. Mais um pouco de jeito e ele conseguiu colocá-la na posição desejada. Com sua cabeça entre as pernas dela e com ela sobre seu corpo, estavam prontos para iniciar um delicioso sessenta e nove.
Ainda insegura, ela continuou a chupar o falo sem incomodar-se com a movimentação do amante, mas assim que sentiu o contato da língua com seu grelinho, arrepiou-se toda e gemeu como quem é atingida por uma descarga eletrizante. Para alguém que se guardara para um momento especial, este momento estava se revelando muito além de qualquer expectativa.
Melanto conduzia a relação objetivando o prazer e a realização de sua companheira. Já tivera parceiras demais para deixar se levar por seus próprios desejos, não que não estivesse sentido prazer, mas seu maior prazer nascia da satisfação que propiciava a sua companhia.
Com sua habilidade, distribuía seu carinho entre a bucetinha e o cuzinho sem estender-se neste ou naquela mais do que o mesmo tempo. Anne sentia-se plenamente dominada por sua libido e mostrava um pouco de dificuldade em retribuir os carinhos que recebia. Por diversas vezes afastou o cacete da boca para poder soltar profundo suspiro ou violento gemido.
Os movimentos eram cadenciados e os corpos entregavam-se sem limites, mas o instinto do macho alertou o amante para que eles não fossem além do desejado. Anne já gozara incentivada por sua língua e aquela posição deveria servir apenas como preâmbulo para o desfecho do ato.
Um leve tapa na bundinha macia fez Anne elevar-se e olhá-lo com ar indignado. Melanto sorriu da reação e aproveitou que ela abandonou seu cacete para levantar-se. Ergueu-a delicadamente, aproximou-se com suavidade e sussurrou:
-- Está na hora de se tornar mulher.
-- Vai invadir minha grutinha com sua vara?
-- Como gostaria que fosse?
-- Não sei, estou um pouco nervosa.
-- Deite-se e confie em mim.
-- Confio plenamente.
Com delicadeza ele a fez deitar-se. Espargiu um líquido oleoso pelo corpo de seu pênis e preparou-se para a investida. O aroma adocicado do óleo que ele usou provocou um relaxamento imediato em sua amante. Expert como era, ele sabia que produtos usar para cada ocasião.
-- Vem, me faz mulher! Ela gemeu com lasciva.
Melanto cobriu seu corpo, apalpou a entrada da bucetinha e encostou a cabeça do membro. Antes de afundá-lo nas entranhas umedecidas e ardentes, ele beijou-a nos lábios, nas orelhas, no pescoço, nos seios... enquanto a distraía com seus beijos, foi afundando a vara com movimento lento e suave.
-- Ahhh, como é gostoso! Ela gemeu.
Como se não tivesse ouvido nada, ele prosseguiu em seu movimento. Cada centímetro avançado era uma conquista para ambos. Anne sentia-se vencida e vitoriosa; Melanto sentia o sabor virginal e a resistência carnal serem conquistados pouco-a-pouco.
Quando finalmente sentiu que suas bolas tocavam a parte inferior da bundinha, ele afrouxou o apoio de seus barcos descendo seu corpo sobre o dela. Por alguns minutos ele não se moveu nem tomou qualquer outra atitude. A imobilidade concedeu tempo para que a bucetinha acostumasse com o volume e se moldasse a massa que tinha em seu interior.
Segurando-a pelas costas e arcando um pouco seu quadril, ele começou com o movimento de vai e vem. À medida que a vara deixava o interior de sua bucetinha, Anne sentia como se um vazio gigantesco tomasse conta de sua intimidade, mas quando a vara voltava a afundar-se em sua carne, ela regozijava por sentir-se novamente preenchida.
A cadência do movimento foi sendo alternada entre lenta e célere. Sempre que sentia a excitação, de sua amante, chegar próxima do momento crítico, ele diminuía suas investidas na intenção de prolongar a relação. Quando ela sentia que ele arrefecia, aproveitava para adaptar-se ainda mais a união de seus corpos, suas pernas trançavam-se nas costas e seus braços envolviam-no pelo dorso superior.
A suavidade dos movimentos fazia-a abstrair-se de tudo que não estivesse relacionado a suas sensações carnais. Sua mente viajava por paragens tão distantes da realidade que o ambiente perdia-se em um aglomerado de cores e odores indistintos. Seus instintos a levavam por caminhos que jamais imaginara trilhar e seu desejo a preenchia com uma satisfação inédita.
Conduzida com segurança pelo amante, ela prolongou sua entrega por tempo infinito. Perdida nas carícias que recebia, não atinava mais com o lapso temporal que os envolvia, só sentia o prazer de ser tornada mulher por um amante tão experiente e carinhoso.
Um pouco mais de investidas suaves e Melanto concluiu que não dava mais para adiar o momento do êxtase maior. Acelerou seus movimentos atingindo velocidade vertiginosa. O entra e sai mais as batidas das bolas em sua bunda, forneceram a Anne o estimulo final para que sua libido explodisse em um gozo arrebatador.
-- Ahhh, é muito bom, uma delícia!
O gozo trouxe o relaxamento total. Melanto sentiu a frouxidão do corpo requisitar repouso e permitiu que ela se acomodasse no leito. Sem querer ou provocativamente, ela virou-se deixando toda exuberância de sua bunda exposta ao olhar guloso do amante.
Sem esperar que ela voltasse a assumir nova posição, ele deitou sua boca no oferecido rugoso e passou a chupá-lo com sofreguidão. A atitude dele foi como uma surpresa para ela que acreditava já ter experimentado de tudo, mas não demonstrou nenhuma contrariedade, ao contrário, sentiu-se muito bem em receber carícias mesmo depois de ter explodido seu tesão.
A língua de Melanto brincou com o anelzinho por longos minutos. Sequiosamente invadia-o até o limite que a rigidez do músculo permitia. Sua saliva deixava o botãozinho molhado e fazia-o piscar descontroladamente. Anne estranhou sua reação. O fato de estar relaxada a fazia acreditar que ainda demoraria um longo tempo até excitar-se novamente.
Ao perceber as contrações mais repetitivas do cuzinho, Melanto preparou-se para executar aquela que era sua mais ardente vontade no momento. Besuntou o membro com o mesmo óleo que usara e aproximou-o da entrada do buraquinho tão desejado.
-- O que faz?
-- Vou proporcionar-lhe todo prazer que merece.
-- Mas aí atrás?
-- Apenas deixe que sua mente se perca no prazer.
Ao sentir a cabeça oleosa encostar-se na porta de seu cuzinho, ela sentiu uma corrente poderosa percorrer todo seu corpo. Mesmo estando lubrificada pela saliva dele e o membro todo untado, a resistência do anel era muito grande. As primeiras pregas que se romperam causaram-lhe um desconforto persistente, mas ela não tentou nenhuma recusa na investida do amante. Seu desempenho anterior a deixava segura de que o prazer viria.
Mais suavemente do que quando invadiu a bucetinha, Melanto foi fazendo sua vara avançar dentro do buraquinho apertado. Assim como o rugoso sentia as pregas serem rompidas, ele sentia que seu cacete era esfolado a cada avanço. A dor inicial antecedia o prazer e ele prosseguiu em sua invasão.
Acariciando-a nos seios, no grelinho, na bunda e em todas as partes que suas mãos conseguiam chegar, ele foi fazendo-a olvidar o desconforto causado pela imensa torra que rompia suas pregas. Algumas mordidas na base da nuca e outros beijos no dorso, provocaram reações agradáveis em Lara.
Lentamente o membro avançou dentro do cuzinho e logo nada mais havia para ser colocado para dentro. Sem iniciar o movimento de vai e vem, ele passou a mover-se lateralmente fazendo o membro balançar dentro do canal recém conquistado. O roçar das bolas em sua bucetinha, começou a excitá-la.
O rodopio do membro em seu rabo, resultou em uma acomodação das pregas e permitiu que o cacete movesse-se mais livremente quando Melanto decidiu retirá-lo do cuzinho. Anne sentiu cada centímetro que o membro moveu em dentro de seu rabo. Ia sentir o alívio de tê-lo vazio quando a pressão voltou a aumentar e o cacete penetrou-o novamente.
Um grito, misto de dor e prazer, perdeu-se no ar.
A partir de então, Melanto passou a mover-se para dento e para fora do ardoroso rabinho. Se a princípio ela resistiu um pouco, não demorou a que rebolasse com tanta sofreguidão quanto ele a invadia. O tesão voltara a despertar e ela sentia que sua carne tremia e era constantemente tomada por descargas elétricas.
Dominada por um macho competente e carinhoso, seduzida por sua própria vontade, ela rebolou e gemeu com tamanha fúria que Melanto teve que se esforçar para não explodir antes do momento desejado. Seu cacete já não encontrava mais resistência alguma em invadir o cuzinho. As pregas haviam sido rompidas e ele tinha livre trânsito pelo canal.
Suas carícias nas partes de Anne estimularam-na tanto que ela apertava os músculos do cu como se desejando refazer suas pregas, mas o máximo que conseguia era que as estocadas se tornassem mais contundentes e as batidas das bolas, em sua buceta, a deixassem ainda mais excitada.
Gemidos, gritos, sussurros, aranhões, tensões, excitação... o conjunto de todas reações, sensações e motivações prementes ao ato levaram-nos a uma explosão sem igual. Urrando como uma louca desvairada, Anne sentiu seu gozo eclodir ainda mais violentamente. Melanto, que se reservava como um valente, despejou todo seu tesão no rabinho de Lara. A porra jorrou com tanta impetuosidade e ardência que ele premiu ainda mais o corpo de sua amante.
Desejos atendidos, corpos extenuados, instintos satisfeitos, eles quedaram no leito e, enlaçados como estavam, entregaram-se a um repouso restabelecedor. A mente de Anne ainda vagava por um ambiente muito diverso daquele que os envolviam. Ela sentia-se como se ainda estivesse solta em pleno espaço e deitada sobre uma sedosa nuvem celestial.
Ao despertar, ela olhou seu amante com felicidade. Sentia-se muito bem e agradecida. Ter se tornado mulher foi muito mais satisfatório do que havia idealizado. Demorou a se entregar a alguém, mas encontrou o homem certo para fazê-lo.
-- Em que está pensando? Ela perguntou ao notar que Melanto a admirava.
-- Agradeço o quanto soeu feliz por ter tido o privilégio de tê-la em meus braços.
-- Também estou muito feliz por ter desfrutado de momentos tão adorados.
-- Será a única?
-- Acredito que sim. Você me fez mulher, mas tem seu caminho a seguir. Eu ficarei aqui, esperando que um dia possa encontra outro tão bom quanto você.
-- Que esta espera seja breve, então.
O espetáculo estava para acabar quando Anne voltou a sentar-se ao lado de sua prima.
-- Onde esteve? Perguntou-lhe Amélia.
-- No céu.
-- O que?
-- Nada não. Depois eu te conto, agora quero curtir tudo que ainda sinto em mim.
-- Andou trepando?
-- Psiu, depois de conto tudo.
Amélia estranhou o sorriso de satisfação que decorava o semblante da prima, mas soube conter-se. Sabia que fosse o que fosse que tivesse se passado, ela se deliciaria ouvindo o relato da prima. Sentindo que a narrativa envolvia muito sexo, sorriu também, afinal sempre que elas conversavam sobre assuntos picantes, acabavam se amando ardentemente.

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