sábado, 26 de abril de 2008

Na noite carioca


Por: Pedro Faria

Ele a avistou próxima do Copacabana Palace, na Avenida Atlântica. Ela era ruiva, usava uma mini-saia de vinil roxo e um top branco. Seus seios eram pequenos e seu cabelo era curto.
Ela era perfeita.
Sem dizer nada, ele parou seu carro próximo à ela e abriu a porta do passageiro. Ela fez sinal para sua amiga, que assentiu e voltou a se oferecer aos carros que passavam. A ruivinha entrou no carro e fechou a porta.
- Qual é o seu nome, querido? -, perguntou ela, tímida. Ou era muito nova na profissão, ou fingia muito bem.
- Papai. Apenas me chame de “papai”.
- Aonde vamos, papai?
- Fique quieta, querida.
- Sim senhor. Ela não disse mais nada.
Eles dirigiram por vários minutos. Durante o caminho, “papai” colocava a mão nas pernas da pequena ao seu lado, e ia subindo até a entrada de sua vagina, e pensava no que faria com ela. Ele já tinha tido várias putas como essa, magrinhas e branquinhas, de peitos pequenos. Lembravam a ele sua filha. Para falar a verdade, ele ainda preferia sua pequena Irina, porém ela se certificou que ele nunca mais a tocaria, cortando seus pulsos na banheira.
“Primeiro a foderei, depois talvez eu a estrangule ou esfaqueie. Ainda não sei qual dos dois”, era o que ele pensava durante sua viagem. Ela, por outro lado, ficou quase que completamente calada, fora alguns gemidos que soltava quando o dedo dele roçava em seu clitóris.
Chegaram à uma área florestada, na Tijuca. Estavam completamente sozinhos.
Ele removeu a capota do carro e mandou ela se sair. Ela se levantou, calada, e ele logo a seguiu. Abraçou-a próximo a si, segurando em suas nádegas.
- Agora você vai agradar o papai, não vai, querida?
Ela olhava para baixo. Ele segurou seu queixo, levantou sua cabeça e olhou em seus olhos. - Não vai, querida? - Sim, papai. -, foi sua resposta. Ele ficou mais alguns segundos esfregando-se nela. Então, sentou-se no banco traseiro e mandou ela se ajoelhar.
Abriu sua calça e retirou seu pênis. Notou os olhos dela se arregalando. “Um bom toque”, pensou ele. Não era tão grande assim. Ele sabia que ela estava fazendo um teatrinho. E adorava.
- Agora, chupa o papai, chupa.
Reclinou-se e fechou os olhos enquanto ela timidamente segurava seu pau, movendo o prepúcio para cima e para baixo.
- Sim, sim -, murmurava ele.
Ela passou a punhetar mais rápido, lambendo ao redor da glande. Depois, começou a chupar, enfiando o pau até o fundo de sua garganta.
Ele adorou. Ela mantia seu pênis em sua garganta, e fazia movimentos de engolir. Ele, reclinado em bancos de couro já acostumados a receber corpos de putas mortas, pensava em mil maneiras de vióla-la, após sua morte.
“Fazer um buraco em sua bochecha e foder ali mesmo... é uma boa. Ou então comer seu cú até as pregas rasgarem. Mas tudo ao seu tempo”.
Enquanto isso, ele, deitado de olhos fechados, sentia algo que nunca havia sentido antes. A maneira com a qual ela chupava, era celestial! Ele sentia que seu pau ia explodir, de tão bom que estava.
Visões de morte permeavam seu pensamento. Era um psicopata, e adorava isso. Mal sabia aquela pobre putinha, que iria morrer depois de ser fodida.
Sentindo um êxtase até então nunca sentido, ele abriu os olhos e olhou para baixo.
Era no mínimo engraçado.
Os olhos da menina haviam mudado. Tinham se tornado negros, completamente. Sua testa adquiriu rugas estranhíssimas, quase que inumanas.
Quase não, inumanas mesmo. E o mais estranho não era isso.
A boca dela tornara-se um buraco negro. Ele se viu quase meio corpo para dentro dela, porém não sentiu isso. Sentiu o maior dos prazeres que já havia experimentado até então.
Ele se viu afundando cada vez mais, e pensou na ironia que era a vida.
“Não parece uma maneira tão ruim assim de morrer”, pensou ele.
“Ah, mas é”. Ele ouviu isso em sua mente, uma voz tão horrível, que mesmo essas poucas palavras lhe causaram um terror que nunca sentira antes.
Após ouvir isso, a dor começou.
Ele começou a gritar. Parecia que estava entrando em um triturador de lixo. Seus pés foram primeiros, estilhaçados. Suas canelas, joelhos, coxas. Quando chegou a vez de seu pau, a dor já se misturava em um turbilhão em seu cérebro, e ele não distinguia mais nada. Ela, por seu lado, gemia e soltava sons de prazer.
Enterrado até o pescoço, triturado da cintura para baixo, ele olhou nos olhos dela. Negros como a noite.
“Eu como por fome. Mas você, eu comerei por diversão”.
E ele afundou completamente naquele poço da morte, já morto quando sua cabeça entrou por fim na boca daquele demônio.
Ela se levantou, boca de tamanho normal, olhos verdes e testa lisinha. Olhou para o carro do homem a quem acabara de ingerir.
E sorriu, saciada e contente, antes de voltar para seu ponto, curiosa para saber se sua amiga também se dera tão bem naquela noite.

2 comentários:

Néon


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