quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Back to black- Amy Winehouse - por Giselle Sato


Amy Winehouse- Back to black







Nunca havia ouvido Amy Winehouse até bem pouco tempo, acompanhei algumas notícias sobre seu comportamento e nada além. O que esqueceram de dizer é que ela além de ser dona de uma voz incrível, compõe a dor em arranjos e letras cruas, chocante algumas vezes justamente pela sinceridade. Ela consegue tocar fundo. Impossível ficar impassível, fecho os olhos e imagino uma cantora negra, surge uma leve comparação ao timbre grave de Nina Simone que adoro e depois lembro que é apenas uma garota de vinte e sete anos expondo os podres do seu dia a dia.




As letras fazem referencia às drogas, usam palavrões como interjeições e parecem um atraente mosaico , muito bem armado para confundir à primeira vista e depois seduzir. É inegável a atração que um cenário destes exerce, há quem aposte quanto tempo ela vai durar, sempre existirá os que torcem a favor da desgraça total. Torço para que Amy lance ainda muitos discos, talento e potencial para explodir o mercado sobram, apenas pequenos percalços no mundinho nublado podem interferir. Mas foram justamente as que me seduziram por completo, eu enxergo um mundinho que não pode ser ignorado, é cada vez maior o número de viciados e eles estão começando tão cedo que alguns nem chegarão ao final da adolescência. Amy não faz apologia a este labirinto, ela abre o verbo e mostra que está sangrando.




Em um verso de Black to back , minha canção preferida ela consegue resumir tudo:'' i died a hundred times, you go back to her and i go back to....us'' . Eu entendo que uma mulher perdeu seu ''cara '' para a cocaína e não tem o menor pudor de contar que ele fica ''meia bomba'' mas não larga a vida onde sente-se seguro. É duro mas o viciado não está incomodado em dar prazer, neste ponto ele é egoísta e o que ele não quer perder é a ''viagem''. Esta história acontece todos os dias, em lugares que nem sonhamos, com jovens cada vez mais despreparados e inseguros.
Eles mergulham mais fundo e acompanhando a letra da canção, a existência da parceira transforma-se em uma pequena moeda rolando pelos canos... Isto significa que levam ao esgoto, não tem saída nem ninguém percebe que estão lá, a não ser que entupam as pias. Parece um pedido velado de socorro. Amy tem frequentado clínicas de reabilitação. Mas para ficar limpa teve que largar seu maior vício: o amor doentio pelo seu ''cara''.

Drogas sempre foram pivôs de separações, até o momento estavam ocultas nas sombras e ninguém tocava no assunto. Chega Amy e escancara as cortinas: Olhem a minha realidade é igual à de todos vocês, só que eu preciso falar sobre isto!- ela parece gritar-




Reli novas críticas, agora no papel de fã e alguns concordam que a voz de Amy é fantástica mas que ela terá um final trágico. O mais triste é há quem torça para que isto ocorra e ela transforme-se em um mito, lenda cult de um bando de abutres.

Não acredito nesta Amy acabada em uma sarjeta, embora já tenha sido resgatada há bem pouco tempo de um beco sujo sem saber nem o próprio nome. Por trás da aparente fragilidade, existe uma mulher inteligente e capaz de dar uma virada e mudar o rumo da história. Ela diz que adoraria ter vivido nos anos cinquenta e se veste como tal. Aquelo foi uma época em que as cantoras viviam a música, personificando mulheres intensas, sofridas ao extremo por amores fatais, capazes de morrer de paixão.

Opa! Não e é isso que ela é ? Uma romântica além da conta ,apaixonada demais, bêbada e dopada até o limite tropeçando pelos palcos usando saltos altíssimos? Quer figura mais impactante? Some tudo à um visual ''over'' e é Amy enterrando o próprio coração, magoada ao extremo por um grande amor. Personagem ou não, é uma cena forte e de fácil identificação.




Naturalmente escuto todos os dias a voz embargada e embora ninguém compreenda esta afinidade, ouso dizer que existe um pouco de Amy em toda mulher que chamam de errada ou perdida. Aquelas que amam cafajestes e estão sempre brincando na beira do precipício, malfaladas e escandalosas. Anomalias na sociedade aparentemente plácida, elas não escondem a sujeita debaixo do tapete. Estão nos bares e baladas, virando a madrugada à procura de alguma coisa que às vezes nem sabem o que é...mas que sentem falta. Talvez seja o alento que lhes falta à alma em forma da compreensão do que são de verdade.




Mulheres- Amy em compasso de espera. Há um evento e a cantora vai soltar a voz e quem quiser embarcar nesta viagem que capriche no glamour, pegue uma pitada da sensualidade das pin-ups,abuse na pintura dos olhos e no batom vermelho. Depois vá em frente. É só relaxar e curtir o clima.

Da fria Londres ao Rio de Janeiro, Amy desembarca para um show que promete... mil coisas imprevisíveis. Afinal, é Amy!














Back to Black- Composição: Amy Winehouse / Mark Ronson



He left no time to regret
Kept his dick wet with his same old safe bet
Me and my head high
And my tears dry, get on without my guy
You went back to what you knew
So far removed from all that we went through
And I tread a troubled track
My odds are stacked, I'll go back to black

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
I go back to us

I love you much
It's not enough, you love blow and I love puff
And life is like a pipe
And I'm a tiny penny rolling up the walls inside

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

Black, black, black, black
Black, black, black...
I go back to
I go back to

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black

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