quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os 120 Dias de Sodoma ou a Escola da Libertinagem- Marques de Sade


O romance que o leitor pode agora desfrutar foi objeto de especial estima por parte do marquês de Sade. Tendo dado por perdido o rolo em que o escrevera, ao ser retirado às pressas da Bastilha, às vésperas da Revolução, o autor morreu sem saber que o manuscrito seria mais tarde recuperado, e finalmente publicado, no início do século XX. A trágica circunstância desse desaparecimento o levou a verter ?lágrimas de sangue?, conforme suas próprias palavras. Por esse apreço do criador pela criatura, pode-se deduzir o quanto dele está aqui impresso com todas as letras, no limite do fôlego. Maurice Heine, um dos grandes divulgadores da obra sadiana, chegou a afirmar que Sade tentou remediar essa perda em todos os seus escritos posteriores. Ou seja: os despudorados fantasmas de Os 120 dias de Sodoma rondaram-lhe a mente e a pena até o fim de sua vida. Mas é com o próprio livro, esse ?Decamerão? libertino, que o leitor vai se defrontar plenamente nessa nova versão brasileira, rigorosa e afinada com a escrita vertiginosa de seu autor. Um livro incomum, sem dúvida, de leitura perturbadora para muitos, cuja chave-mestra talvez seja o humor. A bem da verdade, um humor negro, algo sombrio, genuinamente perverso, e, no limite, absurdo.



Editora: Iluminuras

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