sexta-feira, 6 de março de 2009

BUNDAS! DA OVERDOSE AO PESADELO- DARKNESS


A noite não havia sido como ele esperava. O suor ainda descia por sua fronte espalhando-se pelas faces e outras partes mais escondidas do corpo. Os olhos esbugalhados e a respiração acelerada indicavam que a experiência recém concluída não lhe trouxera nada de agradável. O quarto ainda estava envolto pela escuridão da madrugada e nenhum som indicava que mais alguém já tivesse despertado. O pânico, em sua mente, tolhia seus movimentos mantendo-o aprisionado em seu leito.

Lentamente ele foi recobrando o controle fazendo as palpitações irem perdendo a intensidade e seu coração voltar aos batimentos normais. Depois de sentir que já não estava mais dominado pelo pânico, sentou-se recostando as costas no encosto da cama. O pesadelo havia sido muito real, tão real que ele sentia-se compelido a tomar uma decisão irrevogável:

-- Nunca mais vou olhar ou mexer na bunda das meninas.

O frescor da adolescência concedia a liberdade irrestrita a seus representantes. Marcelo não era diferente dos outros meninos de sua idade, mas refreava seus instintos devido à timidez doentia que sentia. Enquanto outros flertavam abertamente, ele apenas sonhava ou, quando muito, arrumava uma maneira, discreta é claro, de encostar-se em uma ou outra garota.

A predileção pelos glúteos avantajados nasceu quando ainda tinha poucos anos de vida. Caçula de uma família composta por cinco mulheres, as mesmas não consideravam sua presença como fator que interferisse em suas privacidades. Desnudavam-se e andavam com naturalidade em sua presença. Algumas vezes, por descuido dos adultos, presenciou o pai dando palmadas na bunda da mãe. Os comentários que ouvia era outro fator a despertar sua atenção para esta parte consideravelmente apetitosa do corpo feminino:

-- A Ana está ficando com um traseiro muito atraente. Melhor ficar de olho nas companhias com as quais ela sai.
-- Que é isto, querido, ela é apenas uma menina.
-- É, mas tem muito urubu botando olho gordo naquele traseiro.

Em uma outra oportunidade foram as irmãs que chamaram sua atenção:

-- Menina, você não vai acreditar! Exultava sua irmã mais velha ao falar com a segunda.
-- O que aconteceu?
-- O Paulinho quase se acaba encostado em minha bunda.
-- O que?
-- Ah, foi tão divertido! Ele ficou se esfregando em minha bunda e só não se acabou porque um bisbilhoteiro apareceu.
-- Mas onde vocês estavam?
-- Na cozinha da escola.
-- Vocês podiam se dar muito mal. E se fosse um professor ou um dos inspetores?

Até completar onze anos, Marcelo não entendia o motivo de tanta fissura por aquela parte tão rechonchuda das meninas. Tirando a vez em que o pai esqueceu-se de trancar a porta do quarto, ele nunca flagrou nenhuma atitude mais comprometedora, porém foi justamente quando ultrapassou a barreira da ingenuidade infantil que o caso, mais determinante, ocorreu.

Ele estava jogando seu vídeo game sossegado quando a irmã mais velha chegou com um amigo. Sem dar a menor atenção para ele, foram direto para o quarto da menina. Tudo ia bem até que ele começou a ouvir uns sons estranhos. Primeiro parecia que a cama estava balançado, depois foram uns gemidos entrecortados e baixos.

A curiosidade é um dom pertinente a todo ser humano.

Pé ante pé, ele caminhou até o quarto da irmã. Os sons ficavam cada vez mais altos e ele deixou de cuidados em seu caminhar. Tentou forçar a porta, mas ela não cedeu. Abaixou-se na esperança de poder olhar através do buraco da fechadura. A cena que contemplou foi totalmente confusa. A irmã estava encostada na cômoda, a bunda totalmente nua, enquanto o rapaz encostava-se nela, também totalmente nu. Mais admirado ele ficou ao notar o pinto do rapaz enfiado no meio da bunda da irmã.

Além da curiosidade, a ignorância também é uma particularidade humana.

No afã de extravasar sua excitação, o menino não perdeu tempo e foi contar o fato para um de seus amiguinhos. Mente vazia é um gigantesco receptáculo para todo tipo de informação ou desinformação. O ânimo dos meninos extrapolou o comedimento e um dos irmãos mais velhos do coleguinha ouviu a conversa dos dois. Sem revelarem que a menina em questão era conhecida, relataram o fato para o interessado moleque.

-- Puta que pariu! Você viu uma cadela dando a bunda para um safado!

O palavreado era comum ao moleque e nenhum dos meninos se importou com os palavrões, mas não entenderam muito bem aquele negócio de cadela e dando a bunda.

Usando toda verborragia pertinente a sua inclinação, o moleque desandou a relatar muitos outros casos semelhantes aos meninos. Informação, quando exata, é muito benéfica, mas desde que respeitada a capacidade daqueles a quem é destinada. Não foi o caso em questão e os dois meninos ficaram ainda mais atrapalhados.

Mesmo sem sabe bem o motivo, Marcelo sentiu-se excitado a flagrar a irmã em um nova situação semelhante. Os dias foram se passando e nada do caso se repetir. Apesar de nada comentar, seu estado chamou a atenção da mãe. Com todo jeito que uma mãe tem, ela acabou extraindo uma confissão do filho.

De um momento para outro, uma verdadeira guerra se instalou dentro da modesta residência. A mãe colocou a filha contra a parede exigindo que ela confessasse o deslize. A menina tentou negar desconversando, mas acabou assumindo a relação. Depois de tudo, a irmã não voltou a falar com o menino.

Enquanto tudo seguia seu curso, Marcelo continuava sem entender, mas a cena não tinha como ser esquecida. Além de tudo que ouvira e presenciara como resultado de sua bisbilhotice, muito mais ele ouviu. Cada um que tinha uma opinião ou um caso para relatar, só fazia aumentar sua curiosidade e sua excitação. Assim foi que um ingênuo menino se viu jogado no mundo da sensualidade e teve seu desejo sexual despertado para os glúteos femininos.

A partir de então, ele só tinha olhos para as bundas das meninas e mais nada. Era uma fissura sem igual. Mesmo sendo extremamente tímido, ele não perdia uma oportunidade para tirar uma casquinha das coleguinhas de turma. Era uma encostada na fila de entrada, outra na fila do lanche, outra, ainda, na fila da saída. Até um furo na parede do banheiro feminino ele chegou a fazer.

Em casa, ele tornou-se um menino tão reservado que quase não notavam sua presença. O que nenhuma de suas irmãs sabia, muito menos seu pai ou sua mãe, era que ele havia disfarçado um buraco na parede do banheiro e, sempre que uma delas ia ao dito cômodo, ele se colocava a observá-las com atenção. Em pouco tempo, percebeu que a mãe tinha a bunda mais cheia e atraente. Desprovido de uma orientação mais condizente com sua idade, ele não tinha como avaliar se seu comportamento era correto ou não.

As ereções aconteciam independente de sua vontade. Sempre que seu pinto ficava duro, ele lembrava-se do pinto do amigo da irmã entrando e saindo do meio da bunda da garota. Um desejo muito forte de experimentar o mesmo começou a dominar sua mente.

O coleguinha mais confiável era tão desinformado quanto ele. As conversas entre ambos sempre acabavam com os dois muito excitados. O estado de excitamento chegou ao ponto deles tirarem as calças e olharem a bunda um do outro, mas não era o mesmo que olhar para a bunda de uma garota. Tivessem sentido o mesmo e, talvez, tudo terminasse ali, mas como não foi o que sentiram, a febre permaneceu latente.

O delírio foi se intensificando tanto que a imaginação ultrapassou qualquer limite. As estratégias e armações, para poderem saborear segundos de uma sensação que lhes deixavam tão maravilhados, foram se tornando cada vez mais ousadas. Depois de um tempo, não era apenas a bunda das meninas que desejam ver, mas a das professoras, das moças da cantina, das mulheres na rua, enfim, desejavam ver a bunda de qualquer uma.

Diferente do amigo, Marcelo tornou-se obcecado pela visão do bumbum feminino. Ao término de dois meses, o amigo se cansara de olhar para a bunda das mulheres dedicando-se a outro passatempo menos insosso, como ele mesmo definia, mas o mesmo não se deu com Marcelo.

Dia-a-dia sua fissura ia num incremento incontrolado. Já não se satisfazia mais apenas olhando suas irmãs e a mãe quando elas iam até o banheiro. Passou a espioná-las mesmo quando em momentos corriqueiros. De calça, vestido, saia ou shorts, não importava.

Seus sonhos eram todos permeados por bundas e mais bundas. As mulheres desfilavam suas bundas e ele as observava placidamente deitado sobre macias almofadas. Em seus devaneios, qualquer mulher tinha a bunda perfeita para se ver. Mesmo aquelas que traziam o corpo cobertos pelas rugas do tempo, tinham a bunda lisa e durinha.

Após mais um sonho dominado por bundas, Marcelo acordou sentindo um desconforto úmido em sua calça. Temeroso de que tivesse feito xixi na cama, correu ao banheiro, mas quando se despiu, notou que o líquido não era xixi. Viscoso, quente e esbranquiçado, ele alarmou-se. Que droga de líquido era aquele?

Outra vez a ignorância falou mais alto. Atrás de uma explicação para o acontecido, ouviu os mais disparatados comentários. Só ficou mais tranqüilo quando sua mãe o interpelou a respeito da cueca jogada no banheiro.

-- Precisamos conversar. Ela falou entre carinhosa e séria.
-- Sobre o que?
-- Encontrei sua cueca lá no banheiro.
-- Não é xixi, eu juro que não é! Ele defendeu-se.
-- A mamãe sabe que não é. Pode me dizer como aconteceu?
-- Não sei. Quando acordei estava assim.
-- Tudo bem.

O olhar benevolente da mãe serviu para lhe assegurar que não havia feito nada de errado. Esperou que ela lhe dissesse o que havia ocorrido, mas ela permaneceu calada.

-- Mãe!
-- O que foi?
-- Que líquido é este?
-- É po... a mãe deteve-se antes de completar a palavra.
-- Porra?
-- O que? Quem lhe disse algo assim?
-- O irmão do Marquinhos disse que era porra.
-- Sêmen! O nome correto é sêmen!
-- Mas por que aconteceu comigo?

De maneira carinhosa, a mãe explicou, mesmo escondendo alguns detalhes, o fato. Marcelo entendeu a sua maneira e acreditou que não aconteceria de novo.

Assim que o marido chegou, a mãe de Marcelo pediu que ele conversasse com o filho. Estava na hora dele saber de certos assuntos masculinos. Diferente da mulher, o pai chutou o pau da barraca. Despejou todos conceitos errôneos que acreditava ser o certo e acabou despertando o instinto do filho para a masturbação.

-- Isto é próprios dos machos. Na certa você deve ter ficado tesudo com alguma coleguinha e gozou enquanto dormia.
-- Ficado o que?
-- Tesudo, de pau duro!

Marcelo tentou acompanhar as explicações do pai, mas toda vez que interrompia fazendo uma pergunta, a explicação era ainda mais difícil de entender.

-- Está na hora de você começar a bater suas punhetas.
-- O que?
-- Vou dar algumas revistas para você ver e sempre que sentir que seu pau tá duro, é só olhá-las e bater uma, entendeu?
-- Não.
-- São fotos de mulheres peladas. Tranque a porta do seu quarto e bata uma bela e demorada punheta. Quando gozar, vai sentir-se melhor.

Uma nova peregrinação atrás de maiores explicações. Marcelo teve que conversar muito até descobrir como era esse negócio de bater uma punheta olhando fotos de mulheres peladas. Quando acreditou que sabia tudo, correu para seu quarto, apanhou uma das revistas que o pai lhe dera e a folheou avidamente.

Um tanto desapontado, verificou que as fotos não mostravam muitas bundas. A maioria delas era em posições onde a bunda ficava oculta ou de lado. Foi abrindo uma-a-uma até encontrar aquela que lhe agradou mais. Com uma mãe segurando a revista e a outra o pinto, ele fez como haviam lhe ensinado. Quando a porra jorrou pela mão, ele fechou os olhos sentindo-se aliviado.

Com o passar do tempo, as revistas do pai já não bastavam. Os “amigos” forneceram mais algumas e ele pode deleitar-se com outras tantas mulheres glamourosas. Em pouco tempo aquilo que era para ser um relaxamento, passou a categoria de vício.

Assim foi que o deslumbrado Marcelo havia se deitado na noite anterior ao despertar agitado daquela madrugada. A cabeça tomada pelas imagens de incontáveis bundas. O pau duro e o desejo ardendo em seu âmago. Era questão de fechar os olhos e sonhar com as divas de sua adolescência.

O cenário que o acolheu não era bem aquilo que imaginara. As ruas desertas de uma cidade estranha era tudo menos aquilo que esperava encontrar. Olhando as construções que ladeavam as ruas visíveis, notou que não eram iguais as casas e edifícios que existiam em sua cidade. As construções pareciam poltronas, mas onde deveria ficar o assento, uma espécie de cavidade, um buraco, era o que havia.

Para onde quer que olhasse, só via aquele tipo estranho de construção. Chegou a pensar tratar-se de alguma espécie de casa com o centro tendo um jardim e, portanto, sem teto, mas não chegou a se convencer da veracidade de sua suposição.

Estava distraído olhando para as edificações quando percebeu uma imensa sombra projetar-se sobre o chão. O formato arredondado da mesma o fez pensar que fosse um balão planando sobre o lugar, mas ao olhar na direção do objeto originador da sombra, caiu boquiaberto.

-- Mas como! Exasperou-se.

Abriu e tornou a fechar os olhos repetidas vezes. Procurou por algo que pudesse lhe mostrar que não estava enxergando direito, mas não foi capaz de divisar nada além daquilo que seus descrentes olhos lhe mostravam.

-- Mas não pode ser, como uma bunda ia sair por aí sem o resto do corpo?

Marcelo demorou a compreender que a imensa bunda que planava estava deslocando em sua direção. Somente quando o rego abriu-se mostrando um imenso vão escuro foi que ele caiu em si, mas então era tarde demais. A imensa bunda desceu sobre ele engolindo-o por inteiro.

O primeiro sintoma que lhe assomou a consciência foi uma falta de ar tão forte que ele quase perdeu os sentidos. Era quase impossível respirar e seu peito parecia dominado por uma labareda incandescente. Seus olhos verteram lágrimas de desespero e temor.

Ao sentir que a pressão diminuía, conseguiu respirar um pouco mais aliviado e permitiu que a razão voltasse a comandar suas sensações. O escuro era absoluto e o silêncio sufocante. Não tinha como imaginar uma maneira de fugir daquela prisão.

Cessado o torpor, a corrida foi sua única reação. Engolido pela escuridão, qualquer que fosse a direção escolhida, o resultado seria o mesmo. Repentinamente, ele viu algumas sombras alaranjadas seguindo sua trajetória. Deteve a corrida para poder identificar seus perseguidores. Exasperado, constatou que era um bando de bundas.

Voltou a correr enquanto as bundas seguiam em seu encalço. A falta de pontos que pudessem lhe fornecer uma referência dimensional, tornava sua correria uma verdadeira maratona às cegas. Em seu desespero, ele não atinava mais em nada que pudesse despertar sua racionalidade.

Em determinado instante, ele sentiu que seu corpo desabava em um vertiginoso abismo. Agora nada mais existia além do vazio escuro, nem mesmo bundas o perseguindo. Enquanto caia, prometeu que nunca mais iria dar tanta importância àquela protuberante parte do corpo feminino.

Olhos cerrados, entregou-se a única tábua de salvação que ainda era capaz de recordar, a oração. Vomitou tudo quanto foi prece que sua mente transtornada ainda conseguia evocar. Apesar de não ter certeza se as proclamava corretamente, sabia que não tinha condições de fazer melhor.

Ao voltar a abrir os olhos, o pesadelo aproximou-se de seu auge: conseguiu divisar um fundo para o abismo que o engolia, mas o que viu deixou-o ainda mais apavorado; uma gigantesca bunda aguardava o fim de sua queda; para piorar, ela abria e fechava o imenso rego que separava suas partes. Assim que esta segunda bunda gigantesca o engoliu, despertou aos berros.

Até que conseguisse recobrar a calma e raciocinar, demorou uns minutos tão vagarosos que ele supôs jamais fossem ter fim. Os olhos esbugalhados e os cabelos todo desarrumado certificavam o quanto ele se apavorou com o pesadelo. Neste momento, ele pronunciou seu juramento:

-- Nunca mais vou olhar ou mexer na bunda das meninas.

A madrugada ainda se estendeu por mais algumas horas e ele permaneceu acordado com medo de voltar a ter o mesmo pesadelo. Ao ouvir o som do despertador, jogou-se da cama enfiando-se no banheiro atrás de um relaxante banho. A água fria conseguiu acalmá-lo o suficiente para que pudesse encarar seus familiares como naturalidade.

Junto aos colegas, nada indicava o pesadelo que o havia abalado. O sorriso descontraído, as gozações habituais, as vantagens exageradas, enfim, tudo seguia seu curso normal até que o sinal soou. A indecisão que se desenhou no rosto de Marcelo só foi notada pelo mais íntimo de seus amigos.

-- O que foi?

-- Nada!

-- Está com uma cara de quem viu um fantasma.

Marcelo seguiu titubeante até o local onde a fila de sua sala se formava. Os olhos perdidos no nada e a mente rezando para que um menino ou umas das baleias da turma se posicionasse a sua frente. Para desespero maior, a mais gostosa das garotas foi quem ficou a sua frente.

-- Não vai tirar uma casquinha? Desafiou-o seu amigo.

Marcelo olhou para o avantajado e sedutor traseiro da menina, revirou os olhos ao recordar-se do pesadelo, voltou a olhar para a bunda da menina, novamente o pesadelo chegou-lhe a memória. Um dilema sufocante o estava deixando numa sinuca.

-- O que foi cara, o que está esperando? Vai fundo!

O incentivo não ficou apenas na frase encorajadora. Um empurrão decidido jogou-o sobre a gostosa. Assim que recebeu a carga, ela virou-se com o olhar mais furioso que podia apresentar, mas tão instantaneamente quanto ele assomou seu semblante, desfez-se deixando um suave sorriso ornar-lhe o rosto.

-- Oi Marcelo!

A voz macia e o sorriso convidativo o deixou alienado de qualquer outro elemento que não fosse a linda colega de sala. Extasiado com a reação da menina, ele engoliu o nervosismo e respondeu ao cumprimento feito pela menina:

-- Oi Salma!
-- Espero que fiquemos no mesmo grupo na aula de educação física.
-- Será muito bom.

Nada mais se ouviu da menina, mas nem precisava. Marcelo pisava nas nuvens. Sua cabeça excluía todos os outros meninos e todas as outras meninas de seu mundo particular. Mesmo sem querer, lançou seu olhar para a bunda de Salma.

-- Cara, isto que é cartaz! Comentou seu amigo.
-- É, ela é bem legal.
-- Legal! Ela lhe deu a maior bola.
-- É?
-- Vai, cara, dá uma encoxada na mina.

Marcelo experimentou uma sensação inédita. Sua mente viu-se envolvida pelo desejo e pelo temor. A visão da bunda de Salma confrontava-se com as bundas de seu pesadelo. Olhou para o amigo e voltou a olhar para a bunda da colega. Um suspiro profundo perdeu-se à frente de sua boca.

-- Diabos! Exclamou antes de encostar-se à menina. A sensação de sentir aquela bunda em contato com seu corpo o fez olvidar qualquer pesadelo. Ao perceber que ela demonstrava estar gostando, olhou para cima e emendou uma escusa para sua própria consciência:

-- Eu sei que prometi, mas o que posso fazer, é mais forte do que eu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Néon


RockYou FXText

Porno Tube