terça-feira, 25 de novembro de 2008

A uma mulher amada - SAFO




A uma mulher amada

Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia

eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.


de "Clássicos do erotismo- VOLUME 2


“Mais alva do que o leite
Mais suave que a água
Mais harmoniosa que a lira
Mais garbosa que o cavalo
Mais delicada que as rosas
Mais macia que o próprio manto
Mais preciosa que o ouro”
(Sappho, poeta grega)




Safo (séculos VI-VII a. C.), poeta grega, nascida na ilha de Lesbos, de família nobre. Após a morte do pai, foi viver na cidade de Mitilene, onde dedicou-se à poesia e ao canto. Com a queda do regime aristocrático, substituída por tiranos oriundos da classe mercantil, exilou-se na Sicília, onde se casou com homem rico e influente. Safo reuniu à sua volta um círculo de jovens mulheres, que chamava de hetairas ("companheiras"), a quem ensinava poesia, música e dança, e com quem teria ligações sentimentais. Chamada de "A Décima Musa", Safo é considerada, desde a Antigüidade, uma das principais vozes da poesia lírica helênica. Por seu conteúdo erótico, foi censurada pela Igreja Católica, na Idade Média. Restaram alguns poucos poemas e fragmentos de sua obra.

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