segunda-feira, 10 de março de 2008

Tereza rabo de tatu


Tereza rebolava seu traseiro coalhado, lembro de suas axilas raspadas e o relógio de parede pendurado logo ao seu lado numa parede rosa, cujo ponteiro era um caralho duro, fazia um barulho estranho, Tic Tic, anos depois, no meio de uma trepa com uma morena de largos beiços, eu lembrei do relogio, Tic Tic, sei lá que porra de horas eram. Só sei onde estava, isso eu lembro. Acho que a boate chamava-se “Pentelho de menina prenha”, perto do sindicato dos trabalhadores enfermos, alcoólicos ou pernetas. Não me lembro ao certo o diabo das horas.

Seu rabo era capaz de deixar qualquer um doido, naquela noite dançava para uma platéia de bêbados e prostituas e parecia, sinceramente, que todos a excitavam e se quisessem possuí-la naquele momento ela abriria as pernas e gemeria apenas quando pedido. Seu corpo era sensual e quando andava parecia oferecer o rabo como um artigo desejado e de luxo. Ainda sonho com esse rabo toda noite, eu beijo todinho suas curvas e depois trepamos apertados em um berço de criança e Tereza faz-me uma papa de chocolate e nós devoramos a papa assistindo tv.

Ela agitava os próprios seios com a mão esquerda e com a outra brincava com o buraco preto de seu anus. Era um buraco feio, um anus realmente pavoroso. Tereza escondia o anus, não mostrava o buraco a troco de pouquinho não, fazia bem. Deixava a mostra a xoxota queimadinha de lábios roxos e pelos sininhos rosadinhos de seus seios jorravam mel! Era uma maravilha de se ver, uma obra de arte, com tudo que se é preciso ter em uma obra de arte. Caos, imundice, beleza e repulsa.

Mas o rabo é sagrado!

Aos dezessete o rabo já estava completamente destruído. Seu apelido era Tereza rabo de tatu. Mas os homens gostam de rabos mijões, rabos como o de Tereza. Que grande e shakesperiano rabo era aquele, deus do céu!? Era um rabo terrivelmente assombroso e completamente fora de tabela. Os homens pagavam caro por uma visão como aquela. Um rabo horrível e caro. Madame Bovary deveria ter um rabo como aquele, Sonia deveria ter um rabo como aquele, Helena de tróia deveria ter um rabo como aquele, Maria Madalena deveria ter um rabo como aquele, Sheila Mello deveria ter um rabo como aquele, ou tem, não sei. Que rabo!

Na boate, enquanto Tereza improvisava seu numero, os homens na primeira fileira masturbavam-se, os da segunda fileira riam e bebiam um conhaque misturado com água e cachaça, os da terceira ou dormiam ou negociavam com uma vadia de quarenta e dois anos convencida de que tinha um bom boquete. Tereza gostava daquilo. Cantarolava uma musica do Roberto Carlos enquanto a banda de musica empurrava o numero aos bocejos. Tereza atirava beijos para a platéia de seus lábios carnudos pintados de rubi, esfregava-se pelo chão como um bicho.

Vestia um cachecol preto com detalhes vermelhos e uma mini saia justa rasgada nos fundos e com uma enorme mancha de merda, os seios sempre a mostra. Eram pequenos, mas bonitos, cabiam na palma da mão, inteirinhos em minha boquinha.

Da platéia eu assistia tudo quieto. Uma mulher me segurava no colo, alisando minha cabeça, tentando me colocar pra dormir em meio a toda aquela barulheira, ao cheiro nauseabundo do vinho, a fumaça dos cigarros e ao perfume barato de seus seios. Lembro bem, como uma paisagem invadida pela fumaça, quando um homem de jaqueta preta adentrou o palco e meteu três facadas certeiras em Tereza pelas costas, enquanto a safada rebolava de cócoras, passando a mão pelo corpo e o buraco do anus humilhado, a mostra. Eu vi seu anus e as facadas. Eu vi.

Depois disso só lembro de gritos, alguns tiros e o cheiro ruim que não era da bebida ou do perfume barato das mulheres. Ainda sinto esse cheiro em toda buceta que como. As vezes trago putas para minha quitinete somente para cheirar suas bucetas e tentar lembrar-me de Tereza. Eu vi as facadas e seu anus abrindo e fechando como se respirasse pela ultima vez. O sangue era coadjuvante de seu rabo.

Tinha cinco anos quando tudo aconteceu. Os safados não me deixaram acompanhar minha mãe até o hospital, me disseram que ela tinha ido fazer um stripper particular para papai do céu e iria demorar-se, quem sabe arranjasse outros bicos, um bom emprego por lá. A ultima imagem que guardo de minha mãe é seu rabo de tatu aberto e feio, enquanto de suas costas o sangue ruim fedia todo o palco.

Que rabo tinha mamãe.

4 comentários:

  1. Credo!
    devia ter parado nas facadas.
    pqp!
    rsrsrsrs

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  2. kkkkkkkkkkkk
    Que história! Daria um filme do cacete, mas repetiu muito a palavra rabo, causou desconforto isso daí... rs, Desconforto no rabo. Oh, céus, que gostoso. rsssss

    Muito criativo.

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  3. Estufetada. Existe? Olha que já li de tudo.
    Só daria uma enxugada com a Ükma disse...

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  4. Que conto espetacular! A gente vai levado a reboque pelo fluxo de conscîência do personagem, indo desembarcar em um final supreendente quando se revela sua ligação com tereza e seu rabo.

    Genial!

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Néon


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