domingo, 16 de agosto de 2009

Vício




Sei que realmente preciso
Dessa vontade de ti almoçar
Como um pedaço de carne
E em seguida a sobremesa...
Talvez louca eu esteja
Mesmo cobrindo teu corpo
Mesmo tomando tua febre
E todos teus suores breves
Não sacio minha vontade...
Uma saudade de quem nunca se foi
Uma fome obstinada de nós dois
E agora, te sentindo dentro de mim
Sei ,que daqui a pouco, mesmo assim
Vou querer mais, como se não tivesse tido...
Acordo nas noites infindas
Apavorada com a incerteza
De te ver ali ao meu lado
Teu corpo nu, prostrado
E não te dou paz, quero-o no sono
Consciente, inconsciente, presente
Como se fosses embora
E não voltasse mais...
Fico sujeita e intempéries
Escrava de tuas formas
Submissa aos teus desejos
E quando pensas que sou tua
Te vejo mais que meu dono
Um escravo atrás da máscara
Ciente de servir aos meus agrados...
E como droga, no banheiro, no vaso
Me limpo, me banho, me lavo
Para te seduzir, te enfeitiçar
Ser teu objeto falso
Um viciado, em te devorar...

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