quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu te Amo (Resenha)


Nunca houve uma mulher como Sônia Braga, pelo menos no cinema tupiniquim. A diva nacional arrasa quarteirões no filme Eu te Amo, dirigido em 1980 por Arnaldo Jabour. Paulo, em interpretação visceral de Paulo César Pereio, é um homem à beira de um ataque de nervos. Falido e abandonado pela mulher cuja imagem o assombra pelas telas da TV espalhadas por seu apartamento. Conhece durante uma bebedeira Maria, também saída de uma relação tumultuada. Pensando se tratar de uma prostituta, ele a contrata para passar uma noite em seu apartamento. É um encontro recheado de confissões, catarses e muito sexo, em cenas de dar água na boca. Sônia Braga é do tempo em que as mulheres tinham corpos naturais, ancas largas e seios deliciosamente caídos, em oposição às pedras siliconizadas dos símbolos sexuais padronizados dos nossos dias. Sua entrada em cena, dentro do sensual vestido que ilustrava os cartazes e foi copiada na capa acima, fez a festa no imaginário de muito marmanjo na década de 80.
Vera Fischer, musa das pornochanchadas e de beleza decadente no atual horário nobre global, faz um contraponto loiro à brejeirice morena de La Braga sem, contudo, ofuscar o brilho da morena.
Após este filme, Sônia Braga aventurou-se em terras norte-americanas. Ficou em Eu te Amo, o registro mítico de sua sensuallidade.

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