sexta-feira, 4 de julho de 2008

PALHINHA - Lara


- Pára, pára quieto com isso! dizia ela e ele naquele prazer de vê-la
um niquinho de palha um bocadito seco de alguma erva
podia mesmo ser papel de seda ou papel de mortalha
ele a enfiar a palha nos decotes dela
ele a roçagar-lhe os bicos das maminhas e ela a desviar-lhe a mão
um dia e depois mais outro sem mais do que isso
um beijinho de nada nem língua nem um mordisco aquela coisa deslavada
um beijo uma festinha na perna despida de saia
só na coxa de fora que nem pensasse em subir à virilha
- pára quieto, e ria-se desviando-lhe a mão sacolejando as pernas
Ele entretinha-se naquela brincadeira nas maminhas
Hoje ela destapou-as assim num de repente
- mas nem toques
- tira daqui a mão, e ri-se agarotada
Desejosa é o que pensa ele, mas não sabe ainda quase nada
-desvia essa boca, é o que diz ela e ele nem pensara o gesto
A palhinha que apanhou há nada, dançarica-a num daqueles piquinhos castanhos muito escuros, contorna-lhe o doirado da auréola
- que enorme que é o bico da mama, pensa ele
Lamber, tocar só com a mão, apertar entre dois dedos a pontinha do seio
- Pára! grita ela, e ele só pensando e dançando a palha e ela a voltar-se de lado
O rabo sai-lhe do calção curtinho que alarga mais na perna esquerda
devia ter elástico lasso ou descosera-se e ela nem notara
ficava uma nalga mais gorda que a outra e ele jogando a mão e ela a encolher-se
- Podes ficar quieto?!
E ele nem percebe se o que ela diz é convite, se pedido, se ordem e fica-lhe no ar o suposto gesto
Deitados na manta de quadrados debaixo da nogueira o ribeiro correndo manso
Já tomaram banho, já nadaram, já comeram salada e melancia
o suco a escorrer-lhe, ela a deixar que corresse vermelho para dentro do decote
que lhe molhasse fresco as duas maminhas
ainda ela as não soltara do fato de florinhas
ela a oferecer-lhe que ele fosse lambê-lo e a negar-se rindo, rindo demais
E ela a tirar as alças assim num de repente
E ele a querer tocar-lhes e ela rindo rindo, retorcendo o corpo
que lhe parece a ele mais gozo que brincando

ela deitada de lado, fingindo-lhe desprezo
ela respirando muito devagarinho
o rabo dela com uma bochecha mais gorda que outra saindo do calção
e as maminhas desviadas dele
ele a beijar-lhe um ombro a lambê-lo a afagar-lhe o braço
ele a roçar-lhe apenas a borda do seio
a afagar-lhe as costas com os lábios desliza uma mão no cabelo molhado
ele a morder-lhe a orla rosada da orelha e ela muito quieta respirando

Ele a segurar-lhe devagar a maminha
Ele a encostar-se e ela que se roda inteira despida
E o céu a dar-se em chuva os bagos grossos caindo
E eles revolteando nem sabe ele de maminhas se de rabo se de ombro se de costas
afaga-lhe a borda do cabelo na testa
Repuxa-lhe ela o calção de banho, segura-o, aperta-o
chupa-o
num repente é ela que morde que afaga que beija
- Pára com isso, está quieta… diz ele e sabe que mente
ele espantado dela cheirando a melancia
E ela ri-se ri-se sempre muito
dobra o riso quase em gargalhada diverte-se a boca aberta vermelha
a boca dela como fruto a ficar maduro
as maminhas soltas bailando-lhe muito virgens
ele beijando-as sugando cada um dos bicos

Eles inventando gestos não ensinados nunca eles aprendidos
gestos descobertos no corpo um do outro na manta de quadrados junto ao rio
O corpo dele oferece
O corpo dela recebe
Ou que seja o oposto
Ri-se ela e ri-se também ele, riem-se muito os dois
e a chuva caindo
a chuva muito fresca misturando os líquidos dos seus corpos

(uma palhinha tonta olha-os esquecida sobre a manta)

3 comentários:

  1. Lara nos brindou com um conto sensual.
    Esta escritora lusitana tem a graça nas palavras e sabe temperar como ninguém.

    Parabéns e seja bem vinda.

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  2. fico sem jeito
    o porno não me seduz, mas não queria deixar de aceitar
    obrigada, Giselle

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Néon


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