segunda-feira, 14 de julho de 2008

A fêmea ejacula- Thiers R >








Hoje mulher queimei pestanas

na calçada da agonia

deste-me a lava

incandescente do vulcão

semeado em doce delírio.

-"macio pêssego aberto entre as coxas"-

Pari na voz da garganta

um louco sussurro do entardecer.

Fêmea, abre-me a porta

engole a casca de meus dedos

penetra a voracidade da lua a gritar

me ame.

Desnorteada luz

finge-se opaca.

encosto lábios quentes

na aurora de tua fenda.

Enrosco-me e me odeio.

Amo-a no deslize dessa tortura

penetro braços de desejos

antagônicos.



Thiers R> - Escritor Convidado

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