terça-feira, 6 de maio de 2008

Poema de Amor


A loucura a duras penas contida
Irrompeu num assomo de luxúria e desejo
Um lampejo
Do que pode ser e acontecer
Mas, não pode!
Por que não pode, não deve, não faça, não aconteça?
O espírito resiste,
Recalcitra
Mas o desejo insiste
Permanece, se avoluma
Hemácias, leucócitos, plaquetas ardentes
Corpos em brasa que embatem-se em desvario
Quero Você
Devorar seu coração, seus seios, seu sexo
Fundir nossos corpos num só Ser
Andrógino, perfeito, impuro, profano
Insaciável
Potente
Animalesca-fumegante-abundante-simbiose
Troca de fluidos
Prazer essencial
Explosão devastadora de sensações
Lúbricos sentidos
Que sentem e ressentem
O calor causticante consome nossos medos
Revelam-se segredos
Consumação-êxtase-junção
Amor animal
Descomunal
Bestial

Quero beijar você
Lamber você
Sugar você
Cheirar você
Abraçar você
Apertar você
Arranhar você
Constringir você
Chupar você
Penetrar você
Consumir você até nada mais restar senão a exaustão
E nossos corpos suados, arfantes, amontoados no chão.

Carlos Cruz

4 comentários:

Néon


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