quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Triste resplendor- Lucia Czer
De repente, no manto azul da noite
Fez-se um brilho maior
Surge uma nova constelação
Nenhuma reluz melhor
Mal sabe a humanidade
Que nesses brindes do céu
Escondem-se mil tristezas
Amores jogados ao léu
Do pranto da princesa
Tantas lágrimas respingaram
Que os anjos comovidos
Em estrelas transformaram
O coração em pedaços,
Desfez-se em poeira incandescente
Sem que se pudesse juntá-los
Viraram estrela cadente
O brilho do seu olhar
Tão difícil de apagar
Os deuses se apiedaram
Na lua nova juntaram.
E, assim, desfez-se em fáctuo
O sonho acalentado
Viaja como pó em pleno vácuo
Todo o pranto derramado
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