Quero bordá-lo assim,
passando as unhas
nas linhas da urdidura
atravessada de mordidas
do seu falo.
Quando entregar os pontos
vou coroar de dentes
e cravejar nele meu nome,
ouvindo entrementes,
encharcados,
queixumes roucos de arame farpado.
Quero bordá-lo forte,
puir a pele nesse enredo incerto.
E que ele agonize
súplice
afundando ao máximo
no cilício exato
desse gozo fácil.
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