domingo, 27 de abril de 2008
Traições
Enquanto caminhava pelas ruas de Botafogo Glória ia pensando na vida. Sentia-se leve e feliz. Havia deixado Cláudio há poucos minutos e já estava com saudades.
A princípio achou que não daria certo. Tinham gostos muito diferentes. Ele gostava de dançar, ela de ler, ela queria namorar e ele não sabia o que queria. Mas ambos adoravam sexo. Este foi o ponto decisivo da relação.
Glória nunca tinha namorado um homem “mignon” até conhecer Cláudio. Baixo, magro e perfeito em todos os aspectos. A aparente delicadeza do namorado deixava-a louca de desejo. Literalmente desejava devora-lo de todas as formas. Estava apaixonada.
Pernas, bunda , seios e coxas em abundância compunham a opulenta baixinha. Alegre e muito divertida além de um apetite imenso para as maiores sacanagens.
Resolveu voltar no meio do caminho. Faria uma surpresa e tiraria uma dúvida que
estava atravessada em sua garganta. Cláudio havia praticamente colocado Glória para fora do apartamento.
O porteiro já era conhecido e ela foi subindo sem precisar ser anunciada. Tocou a campainha com insistência. Nada. Ligou e ouviu o celular chamando.
Tocou tanto que não houve jeito. A porta entreaberta, ele com cara de culpa, atendeu fingindo surpresa:- Oi amor, que aconteceu? Estava dormindo.
-Porque não me deixa entrar?
-Espere um pouco, vamos descer e conversar
-Acho melhor você abrir e eu entrar, os vizinhos já estão esperando o escândalo.
Pela porta entreaberta viu uma mulher com cara de assustada tentando se esconder na varanda.
Não havia nada que justificasse a traição. Era uma pessoa comum, sem graça e até mesmo feia:- mande esta vadia sair daqui, cinco minutos para não levar uns tapas e estou contando...
A outra saiu apressada, toda mal arrumada, Cláudio muito nervoso e atrapalhado não esperava esta reação:- E agora Glória? Vergonha. O andar todo está espiando pelo olho mágico.
- Engraçado, na hora de fazer suas trapalhadas não pensou nisso? De onde saiu esta coisa? É tua empregada? A tal diarista que você nunca deixou que eu conhecesse?
- Não. Era só uma amiga que veio me visitar. Você vê maldade em tudo, nem pude explicar
-Ela estava na banheira com você. O chão está todo molhado. Os cabelos da ordinária deixaram um rastro na sua sala. Mentiroso. Não entendo. Porque esta compulsão traidora?
-Não sei explicar. Eu a conheci na aula de dança de salão. É uma menina interessante, veio conversar e quis experimentar a hidromassagem.
-E você não ia fazer esta desfeita para a pobrezinha. Compreendo. Sabe o que é pior? Nunca fiz contigo metade do que tinha vontade sabia? Esta insegurança, sempre desconfiada, seus sumiços...
Cláudio era muito simpático. Atraía mulheres como um pote de mel. Era carinhoso e despertava o instinto protetor em todas apesar de não ser nem um pouco carente:
- Você é um pilantra da pior espécie. Você para mim morreu
-Eu não morri, estou aqui, pode gritar, xingar, fale a vontade. Eu mereço ouvir o pior. Mas antes me explica esta história das tuas vontades insatisfeitas.
- Agora não interessa mais. É tarde. Não vou fazer nada mesmo
-Mas veja bem, de repente era isso que estava faltando. Nunca conversamos sobre este assunto.
-Olha aqui, você nunca se queixou e para mim não era ruim.
-Mas não era bom. O que faltava?
-Ah Cláudio, faltava mais agressividade, sei lá, você ficava me tratando como princesinha delicada, gosto de um sexo mais selvagem entendeu?
-Tipo tapas e mordidas?
- Tipo você ser mais possessivo, tomar posse, gosto de sentir que sou conquistada
-Então tire esta roupa. Vou te mostrar o que eu também gosto
Glória estava com raiva. E muito excitada.
Mal arrancou o vestido e sentiu o abraço apertado, as mãos de Cláudio tocavam seu corpo apertando suas carnes.
O beijo foi profundo, longo, explorando a boca um do outro com urgência e desejo.
Despudorado abriu a vagina, apertou o clitóris entre os dedos arrancando um gemido alto, abafado pela boca que mordiscava seus lábios, face e pescoço, seios...
Glória tocava o pênis duro do namorado com vontade, sentia que ele estava trêmulo e cheio de tesão.
Foi forçada a descer e sentiu o pau invadindo a garganta. Atrapalhada quase engasgou com o esforço de continuar os movimentos.
Praticamente arrastaram-se até o tapete da sala e iniciaram uma sessão de chupões e mordidinhas. Tinham perdido a inibição e eram puro instinto.
Cláudio pegou o vibrador e passou a usar na mulher de todas as formas.
Alternava o brinquedinho com a língua e dedos. Gloria estava no céu. Nunca havia gozado tanto:- Nem sabia que você tinha isto Cláudio, porque não usamos antes?
-Não sei, achei que você não ia entender...esquece...
-Mas usava com as outras...
Pela primeira vez ousaram um anal com o vibrador na freqüência máxima enterrado na vagina. Os primeiros tapas estalaram deixando a bundinha ainda mais empinada:
- Era assim que você queria? Fala minha cadela, minha cachorra gostosa...
-Mais forte. Me come com vontade...
Os primeiros palavrões e xingamentos surtiram efeito. Glória e Cláudio finalmente sentiam-se liberados. Queriam ousar todas as possibilidades sem censura ou sentimentos.
Glória observou o namorado largado e exaurido.
Tão cedo não acordaria, e quando o fizesse ela estaria longe, distante daquele apartamento.
Aquela transa foi apenas para ele sentir o que havia perdido. Apesar do amor, sentiu-se humilhada com a traição e sabia que sempre seria enganada.
Cansada de tantas desculpas e mentiras preferiu terminar de vez a agonia. Bateu a porta do com força e saiu para nunca mais voltar. Levou o vibrador só por vingança.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Xi, ela volta...
ResponderExcluirCara! é exatamente isso q ocorre em certos casais... Prazeres contidos q qndo são postos externamente... Tomam uma vazão deliciosa e animalesca.... Mais enfurecida... Adorei o conto!!!
ResponderExcluir