Nesta noite tão fria,
Partículas pulsam quentes em meu corpo.
Me torno imprevisível: instabilizo, devasto;
Afloro em potencial perigo,
quase desejável.
Mesmo assim
O frio insiste.
E me toca.
Do estado de dormência
latente que me encontro,
Posso passar ligeiramente
ao estado altivo do vulcão
prestes a uma erupção.
Mas com sua indiferença,
o frio conseguiu.
Me domar.
E o restante
da noite continua.
Tão frio.
.
(foto Ricardo Pozo)
"Mas com sua indiferença"
ResponderExcluirIndiferença? Olhando a foto e o texto, quem teve coragem de ficar indiferente?
Para ficar indiferente diante de tudo isso, ou era cego, ou era broxa, ou era louco...